Estudo analisa mudanças na escolaridade dos brasileiros
Por meio de uma análise empírica sobre a mobilidade intergeracional de educação no Brasil, o Texto para Discussão 136 apresenta evidências e demonstra, com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2014, qual o grau de influência exercido pelo nível de escolaridade dos pais sobre a trajetória dinâmica da educação dos filhos.
Fazendo referência a especialistas como Langoni (1973), Barros e Lam (1993) e Pastore e Silva (1999) e à metodologia proposta por Ferreira e Veloso (2003), os autores avaliam como se comportaram os indicadores de mobilidade educacional entre as Pnads de 1996 e de 2014 e identificam tendências para o futuro.
Uma das conclusões trazidas pelo artigo é a de que o grau de persistência educacional entre gerações se reduziu substancialmente desde os anos 1990, para todas as regiões, raças e situações de domicílio. O fato se explica pelo aumento da escolaridade de filhos de pais pouco educados e pela estabilização da escolaridade dos filhos de pais mais educados em 11 anos de estudo. Apesar disso, a mobilidade ainda é menor para os filhos de pais menos escolarizados.
Saiba mais no Texto para Discussão 136, Revisitando a mobilidade intergeracional de educação no Brasil, de autoria de Rodrigo Mahlmeister, Sergio Guimarães Ferreira, Fernando Veloso, Naercio Menezes Filho e Bruno Kawaoka Komatsu, publicado pelo BNDES.
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