BNDES - Agência de Notícias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reuniu na terça-feira, 12, e quarta, 13, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap), em Brasília, secretários ou chefes de unidades responsáveis pela agenda de concessões e parcerias de 24 Estados e do Distrito Federal. Ao todo, mais de 100 pessoas participaram do workshop que debateu tendências e melhores práticas relacionadas a concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

Além de apresentar a atuação e a experiência do banco de fomento nos diversos setores, o evento promoveu discussões de perspectivas e tendências e a troca de experiências entre os agentes públicos para lidar com essas parcerias. O BNDES e as autoridades federais apresentaram aos secretários um amplo espectro de possíveis parcerias, envolvendo, principalmente, setores de logística, saneamento básico, creches e presídios.

O presidente Gustavo Montezano destacou o propósito do BNDES em mudar a vida dos cidadãos brasileiros e reforçou que o banco quer se tornar um hub que une Estados, municípios, investidores e outros agentes para promover investimentos no País, principalmente em áreas sociais. “Estamos aqui para atender as senhoras e os senhores, que estão em contato com a população, e vamos fazer isso prestando serviços, como assessoria financeira, fábrica de projetos e crédito, que vamos continuar fazendo”, garantiu.

O diretor de Infraestrutura do BNDES, Fábio Abrahão, disse aos secretários que a instituição, com sua experiência de 67 anos no setor público, está à disposição dos Estados e municípios para apoiar desde a elaboração de projetos até a realização de leilões, promovendo parcerias com a iniciativa privada para fazer a infraestrutura nacional avançar. “Tenho uma crença muito forte na maturidade do gestor público brasileiro e o BNDES é a ferramenta para podermos emergir valor dos ativos já presentes nos Estados a partir de concessões e PPPs”, frisou.

Fábrio Abrahão, diretor de Infraestrutura do BNDES

Na avaliação do secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues Júnior, com parcerias, os governos podem viabilizar investimentos em um cenário de restrição fiscal, e os cidadãos poderão contar com melhores serviços e equipamentos públicos. O secretário especial de Desestatização, Desenvolvimento e Mercados do Ministério da Economia, Salim Mattar, por sua vez, defendeu que o Estado tem de zelar pela qualidade de vida dos cidadãos, e não deve “empresariar”. O secretário de Fomento e Apoio a Parcerias de Entes Federativos da Secretaria do Programa de Parcerias de Investimento (PPI), Wesley Callegari Cardia, afirmou que o Estado faz pior aquilo que o setor privado pode executar.

Para o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Administração (Consad), Fabrício Marques, a capacidade de coordenação e cooperação entre os Estados permite que eles tomem decisões melhores. “Não existem oásis de investimentos: um ou outro Estado estar preparado não é suficiente para atrair recursos, por isso eles precisam se unir e o BNDES está catalisando essa discussão em nível nacional”, sentenciou.
O workshop foi promovido por BNDES, Enap, Consad e Conselho Nacional dos Secretários de Estado de Planejamento (Conseplan). Anfitrião do evento, o presidente da Enap, Diogo Costa, destacou o papel da escola como o espaço onde o conhecimento flui para que decisões públicas melhores sejam tomadas.