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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:17:20 17/11/2023 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 17:53 17/11/2023

Davilym Dourado - Divulgação BNDES

Melhor desempenho do BNDES em 2023 indica aumento da confiança na economia

Um importante indicativo sobre a retomada da disposição do mercado para novos investimentos produtivos são as consultas por empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com volume de consultas da ordem de R$ 199,2 bilhões registrada ao final do terceiro trimestre de 2023, o BNDES obteve 94% de aumento na comparação com os primeiros nove meses de 2022.

No mesmo período, o Banco desembolsou R$ 75,4 bilhões, crescimento de 20% na comparação ao desempenho registrado nos primeiros nove meses de 2022. Considerando os nove meses acumulados em 2023, houve aumento expressivo em outras fases de operação do Banco comparativamente a 2022, como contratações (aumento de 43%, atingindo R$ 94,2 bilhões) e desembolsos (crescimento de 20%, ao atingir R$ 75,4 bilhões). Os números foram divulgados em entrevista coletiva de imprensa, em São Paulo, nesta sexta-feira, 17, da qual participaram o presidente Aloizio Mercadante, e os diretores Alexandre Abreu (Financeiro) e Nelson Barbosa (Planejamento).

“O aumento das consultas é importante porque aponta para o investimento futuro, o que é um sinal de confiança nos fundamentos da economia brasileira”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. O incremento ocorreu também em todos os setores econômicos: agropecuária, infraestrutura, indústria, comércio e serviços. O desembolso às exportações, de R$ 7,2 bilhões, cresceu 243% em relação a 2022. As cooperativas também foram destaque, respondendo por 28% dos desembolsos indiretos do Banco, um recorde.

O papel do BNDES se fortaleceu também no apoio às micro, pequenas e médias empresas, destacou o presidente do Banco: “Viabilizamos mais de R$ 65 bilhões em financiamentos até outubro (10 meses de 2023), seja por crédito aos clientes através dos agentes financeiros repassadores do BNDES, ou financiamentos apoiados pelos nossos fundos garantidores, FGI e FGI-PEAC”, acrescentou Mercadante.

O diretor de Planejamento, Nelson Barbosa, revelou que dos 75,4 bilhões emprestados em 2023, R$ 61,5 bilhões foram com taxa de mercado. “Somente R$ 13,9 bilhões são subsidiados, basicamente o Plano Safra, que não é operado apenas pelo BNDES. Nem todo crédito de banco público é crédito direcionado. Nem todo crédito direcionado é subsidiado. Então a expansão do BNDES não cria qualquer risco para a redução da taxa de juros”, detalhou Barbosa. O diretor de Planejamento destacou ainda que a diretoria trabalha com três cenários para o futuro: “o primeiro é manter o tamanho do Banco estável; o segundo, um crescimento gradual de até 1,4% até 2026; o terceiro, mais otimista, de 2% do PIB desembolsado por ano, o que corresponderia a cerca de R$ 200 bilhões em 2026. Em 2023, a previsão é R$ 119 bilhões”.


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Lucro
– "No terceiro trimestre de 2023, houve aumento no crédito, aumento no resultado recorrente e inadimplência baixa. É muito raro ter três resultados positivos assim combinados: a sequência de aumentos é algo inédito nos últimos anos", comemorou o diretor financeiro do BNDES, Alexandre Abreu.  Abreu explicou que a carteira de crédito do BNDES alcançou o maior número desde o primeiro trimestre de 2019, há 4 anos, com R$ 495,2 bilhões no total. “Para aumentar a carteira, é necessário ter um desembolso superior ao retorno dos créditos”, ressaltou.


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No acumulado dos nove primeiros meses do ano, o lucro líquido recorrente alcançou R$ 6,6 bilhões, após apuração de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre (alta de 21%). O aumento no lucro líquido recorrente foi influenciado pela elevação do produto da intermediação financeira, com destaque para o crescimento da carteira de crédito expandida, atenuado pela redução no saldo médio de tesouraria, em virtude, principalmente, das liquidações antecipadas de dívidas junto ao Tesouro Nacional realizadas em 2022.

O lucro líquido (não recorrente) no terceiro trimestre foi de R$ 4,9 bilhões, acumulando R$ 14,4 bilhões nos nove primeiros meses do ano. O resultado foi impactado por receitas de R$ 7 bilhões de dividendos e Juros sobre Capital Próprio (JCP), basicamente oriundas da Petrobras, e reversão de provisões de crédito, em especial pela recuperação de créditos provisionados em exercícios anteriores, principalmente por honra do Fundo Garantidor de Exportação junto ao BNDES.

Ativos – Os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 719,3 bilhões em 30 de setembro de 2023, aumento de R$ 35,5 bilhões (5,2%) em relação a dezembro de 2022, destacando o acréscimo de R$ 15,7 bilhões na carteira de crédito expandida e o aumento de R$ 8,9 bilhões na carteira de participações societárias.

A carteira de crédito expandida, que abrange financiamentos, debêntures e outros ativos de crédito, cresceu R$ 15,7 bilhões e alcançou R$ 495,2 bilhões em 30 de setembro de 2023, representando, assim, 68,9% dos ativos totais. É o maior volume nominal desde o primeiro trimestre de 2019. O aumento foi influenciado, em especial, pelo crescimento dos desembolsos e pela apropriação de juros e atualização monetária. Dentre os desembolsos, destacam-se os investimentos em ofertas públicas de debêntures na área de infraestrutura.

Inadimplência – A inadimplência (+90 dias) em 30 de setembro de 2023 manteve-se em 0,01%, mesmo percentual de 30 de junho e inferior aos 0,13% em 31 de dezembro de 2022. Essa taxa permanece expressivamente inferior à inadimplência do Sistema Financeiro Nacional (3,49% geral e 1,33% para grandes empresas), comprovando que o BNDES não sentiu os efeitos da piora do mercado de crédito em sua carteira própria e indireta.

A boa qualidade da carteira de crédito e repasses permaneceu, com 94,6% das operações classificadas nos mais baixos níveis de risco, compreendidos entre AA e C, em 30 de setembro de 2023. Esse percentual se mantém superior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional, que atingiu 90,8% em 30 de junho de 2023 (última informação disponível).

A carteira de participações societárias totalizou R$ 71,3 bilhões em 30 de setembro de 2023. O acréscimo de 14,2% frente a dezembro de 2022 ocorreu, basicamente, pelo aumento do valor justo dos investimentos em não coligadas. As principais empresas investidas em termos de carteira total seguem sendo Petrobras, JBS, Eletrobras e COPEL.

Fontes de recursos – Em 30 de setembro de 2023, FAT e Tesouro Nacional representavam 57% e 6,6%, respectivamente, das fontes de recursos do BNDES. O FAT manteve-se como principal credor do Banco, sendo o saldo atual de R$ 391,5 bilhões.

O valor remanescente devido pelo BNDES ao Tesouro Nacional atingiu R$ 45,1 bilhões em 30 de setembro de 2023, redução de 0,9%. Os pagamentos ordinários de R$ 1,2 bilhão foram atenuados por apropriação de juros e correção monetária de R$ 0,7 bilhão, não tendo havido antecipações de recursos em 2023.

O passivo com captações externas totalizou R$ 22,8 bilhões em 30 de setembro de 2023, decréscimo de 15,8% no trimestre. No período, houve amortização de R$ 5 bilhões de bonds, em razão do vencimento de um título do Banco no mercado internacional.

Patrimônio líquido – O patrimônio líquido do BNDES atingiu R$ 147,9 bilhões em 30 de setembro de 2023, acréscimo de 12,7% em relação ao saldo no encerramento de 2022. O resultado decorre, principalmente, do lucro líquido nos nove meses, de R$ 14,4 bilhões, além do impacto positivo do ajuste a valor de mercado de ativos (ações e títulos públicos) e da não distribuição de dividendos extraordinários junto à União, interrompendo trajetória de redução do PL.

Limites prudenciais – Base para o cálculo dos limites prudenciais, o Patrimônio de Referência totalizou R$ 186 bilhões em 30 de setembro de 2023.

O Índice de Basileia manteve-se em situação confortável: 34,4% em junho de 2023, muito acima dos 10,5% exigidos pelo Banco Central. Essa informação é a última disponível, dada a prorrogação de prazo pelo BACEN para as implementações decorrentes da Resolução BCB nº 229, de 12/05/2022, em vigor a partir de 1º de julho de 2023, que alterou os procedimentos para cálculo do requerimento de capital. Para acessar as demonstrações financeiras completas do BNDES e suas subsidiárias, acesse o Portal de Relações com Investidores: bndes.gov.br/relacoes-com-investidores.