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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:18:09 06/11/2024 |INSTITUCIONAL |NORDESTE
Ultima atualização: 18:24 07/11/2024
Para promover uma escuta ativa com organizações sociais das comunidades e favelas de Salvador (BA), representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) realizaram nesta quarta-feira, 6, a 2ª edição da “Caravana BNDES Periferias”, com a participação de mais de 40 organizações da capital baiana e de sua região metropolitana, para ouvir as principais demandas dessas organizações da sociedade civil e planejar futuras ações sociais da instituição.
Durante o evento, que aconteceu no auditório da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), no bairro de Costa Azul, foram promovidas uma oficina e dinâmicas com os participantes, além de rodas de diálogos e discussão sobre temas específicos do segmento. O objetivo é subsidiar futuras chamadas públicas do Banco, como ações para a promoção de qualidade de vida e redução de desigualdades sociais em periferias urbanas do País. A Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades integrou a caravana na capital baiana.
“O BNDES Periferias é resultado de um diálogo iniciado em 2023 com as comunidades e queremos ampliar essa escuta sempre, porque cada realidade exige ação específica, respeitando a cultura e as experiências do local”, diz a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello. Segundo a diretora, as informações e demandas levantadas nessa escuta com a Caravana “vão fortalecer ainda mais a atuação do BNDES nas periferias, gerando ações mais efetivas e com maior impacto social, nas chamadas públicas que serão lançadas em 2025”.
“Muito interessante esse encontro, sempre muito positivo para que as próprias comunidades, as organizações possam enunciar os seus problemas, que muitas vezes são muito próprios de determinados territórios e que tem características específicas”, afirmou Cláudia Pinho, que participou da dinâmica em nome do Movimento de Mulheres do Subúrbio – Ginga. A organização, que existe há 13 anos, trabalha com questões relacionadas a saúde e a violência contra a mulher, e, para ela, as principais dificuldades enfrentadas nesses anos de atuação são a captação de recursos, a descontinuidade de ações e necessidade de profissionalização dos integrantes do coletivo.
“O BNDES Periferias é uma iniciativa que lançamos em março desse ano, e a ideia é que seja um conjunto de ações que a instituição vai lançar com foco nos territórios periféricos, e por isso estamos começando essa caravana pelas regiões Norte e Nordeste”, explicou a chefe do Departamento de Inclusão Produtiva e de Educação do BNDES, Celina Tura.
Ainda de acordo com Tura, o momento de escuta é justamente para que os representantes da instituição conheçam os principais desafios e questões que as organizações enfrentam no seu cotidiano. “Em cada cidade, em cada território, quem está na ponta é que sabe das dificuldades para a realização de trabalhos tão importantes para a sociedade. E que essas informações coletadas nos ajude a realizarmos ações mais eficazes e eficientes e para que possamos pensar mais iniciativas para o futuro”, detalhou.
BNDES Periferias - A primeira chamada pública para apoiar especialmente projetos que fomentem o empreendedorismo em territórios periféricos urbanos foi lançada em março deste ano, com a destinação de até 100 milhões, sendo R$ 50 milhões de recursos não reembolsáveis do Fundo Socioambiental do BNDES e o restante dos parceiros na iniciativa. Doze organizações tiveram suas propostas selecionadas para fase dois. Já a segunda chamada pública, também com até R$ 100 milhões, foi lançada no início de outubro e está com inscrições abertas até janeiro de 2025.
A iniciativa seleciona propostas apresentadas por instituições sem fins lucrativos para duas frentes de atuação: Polos BNDES Periferias, com foco em construção e revitalização de espaços para integração e ações coletivas da comunidade com geração de emprego e renda; e Trabalho e Renda da Periferia, para realização de diagnóstico, capacitação, mentoria e aporte de recursos.
Na frente dos Polos BNDES Periferias, serão criados espaços multidisciplinares e adaptáveis, em territórios periféricos, para integração e oferta de serviços à comunidade voltados para a geração de emprego e renda. Cada polo terá característica própria, adaptado para funcionalidades e usos definidos coletivamente pelas comunidades, com base em suas potencialidades e vocações. Na segunda frente, Trabalho e Renda da Periferia, o objetivo é contribuir para melhoria do resultado dos negócios, ampliação de mercados e acesso a financiamentos por meio de capacitação e mentorias.
“As periferias são diferentes em cada lugar do Brasil. Começamos esse trabalho pela região Nordeste e depois vamos para o Norte, justamente para entender as dificuldades das organizações sociais para realizarem seus trabalhos. E todo esse processo vai nos subsidiar para que possamos ter uma ação mais efetiva em nossos editais, em chamadas e iniciativas que teremos no âmbito do BNDES Periferias”, disse a gerente Juliana Jonas, do Departamento de Inclusão Produtiva e de Educação do Banco.
Quem pode participar — As inscrições para apresentações de projetos no 2º Ciclo do BNDES Periferias estarão abertas até 31 de janeiro de 2025, no site do banco. Podem participar da chamada pública entidades privadas sem fins lucrativos, atuando em rede ou não, que tenham experiência na implantação e operação de projetos similares nos territórios contemplados pela iniciativa. Serão apoiadas propostas de favelas e comunidades periféricas dos municípios do Programa Periferia Viva do Ministério das Cidades. Neste 2º Ciclo, além de beneficiar negócios de mulheres e jovens na seleção, o BNDES adotou o critério de diversidade racial na gestão, beneficiando entidades com 30% ou mais pessoas autodeclaradas negras em sua gestão.
As próximas paradas da caravana, que já passou por Recife (PE) em outubro, serão nas cidades de Belém (PA), São Luís (MA) e Manaus (AM).