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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:17:48 12/05/2023 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Em reunião com centrais sindicais do Codefat, Mercadante anuncia fórum permanente BNDES-Trabalho

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reuniu-se nesta sexta-feira, 12, com representantes das centrais sindicais que integram o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat). Na ocasião, ele anunciou a criação do Fórum Permanente BNDES-Trabalho, a fim de abrir um canal de diálogo sobre as pautas da categoria.

O FAT é a principal fonte de recursos do BNDES. Atualmente, mais de 50% do funding do Banco é composto de repasses do Fundo. Seu conselho deliberativo – formado por representantes dos trabalhadores, dos empregadores e do governo – é responsável, entre outras funções, por elaborar diretrizes para alocação de recursos e acompanhar seu impacto social.

“Devemos transformar essa reunião em um fórum permanente. Reuniões bimestrais para alinhar o diagnóstico e para que o BNDES esteja mais aberto, tanto às pautas especificas quanto à discussão da pauta mais geral, do BNDES e do País”, propôs o presidente do Banco.

A ideia é que o primeiro encontro do Fórum, a ser coordenado pela diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, possa reunir entidades ligadas ao mundo do trabalho e da produção, tais como a OIT, a Finep, o Ministério do Trabalho o MDIC e outros bancos de desenvolvimento.

Participaram da reunião desta sexta, no escritório do Banco em São Paulo, os presidentes da CUT, Sérgio Nobre; da Força Sindical, Miguel Torres; da UGT, Ricardo Patah; da CNST, Moacyr Tesch (interino); da CTB, Adilson Araújo; e da CSB, Antonio Fernandes; além dos respectivos representantes de cada entidade no Codefat. Os diretores Alexandre Abreu e Nelson Barbosa e a diretora Tereza Campello também compuseram a equipe do BNDES.

Durante o encontro, o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, assessor técnico das centrais sindicais, apresentou a “Agenda da classe trabalhadora”, documento que reúne a pauta da classe, “com 63 propostas cujo eixo é a retomada de um crescimento socioambientalmente sustentável”, explicou.

“Precisamos encontrar um caminho para retomar o desenvolvimento, o crescimento econômico e a geração de empregos de qualidade, e o BNDES é o principal instrumento que temos para isso”, avaliou o presidente da Força Sindical, Miguel Torres.

Para Santos Neto, da CTB, o efeito da sequência de demissões das big techs no exterior está se fazendo sentir no Brasil agora. “A pandemia desestruturou as relações de trabalho”, avaliou. “Empresas estão sendo penalizadas pela estrutura que se apresenta hoje, com consequências sobre o emprego”, concordou Patah, da UGT.

Moacyr Tesch, da NCST, e Renan Arrais, da CTB, reiteraram a importância dos empregos gerados pelos financiamentos do BNDES: “Estamos numa situação complexa. O desemprego e a precarização afligem a classe trabalhadora. O trabalho intermitente ainda avança, então é fundamental que o BNDES, ao fazer um empréstimo, tenha como lastro a dignidade do trabalho da classe trabalhadora”, disse Arrais.

“Entendemos que o BNDES é um banco de fomento muito importante para a população, para a indústria. Precisamos avaliar um meio de atrair empresas que gerem empregos aqui, e empregos de ponta. Lembramos a importância de que nossos empréstimos ao Banco sejam vinculados à garantia de emprego”, completou Tesch.

Tereza Campello informou, nesse sentido, que o Banco já iniciou um debate com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) para buscar formas de viabilizar ações preventivas que garantam condições dignas de trabalho em empregos associados ao crédito do BNDES. Ficou ainda acertado, durante o encontro, que, dentre os seminários que estão sendo promovidos pela Comissão de Estudos Estratégicos do BNDES, um deles abordará o mundo do trabalho, com participação de representantes das centrais que representam os trabalhadores.