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BNDES - Agência de Notícias

Sat May 31 02:17:45 CEST 2025 Sat May 31 02:17:45 CEST 2025

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:19:40 28/05/2025 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 19:47 28/05/2025

Diretora do BNDES, Maria Fernanda Coelho assume presidência da ABDE para o biênio 2025-2027

  • Com mais de R$ 2 trilhões em operações concretizadas, rede de bancos públicos de desenvolvimento fortalece o Sistema Nacional de Fomentos com 45% do crédito concedido no país

Diretora do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Maria Fernanda Coelho assumiu, nesta quarta-feira, 28, a presidência da Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) para o biênio 2025-2027. A solenidade de posse da nova diretoria da associação foi realizada na Sede Nacional do Sebrae, em Brasília, e contou com a presença de autoridades, gestores públicos e agentes financeiros.

Segunda mulher na história a assumir a liderança na ABDE, a pernambucana irá conciliar as atividades com a atuação na Diretoria de Crédito Digital para MPME e Gestão do Fundo do Rio Doce, do BNDES. Para os trabalhos na associação, ela revelou que aposta em ações mais alinhadas para o fortalecimento e a ampliação do desenvolvimento sustentável do Brasil.

Uma das frentes de destaque são as iniciativas voltadas à regionalização, segundo afirmou a nova presidente. “Muito importante darmos continuidade à parceria com estados e municípios, para cada vez mais ampliarmos o crédito, especialmente para micro, pequenas e médias empresas, de forma sustentável”, defendeu Maria Fernanda, ao revelar que 98% do crédito concedido a esse segmento é realizado por meio das associações que compõem o SNF.

WhatsApp Image 2025-05-28 at 10.22.41Foto: Bruno Spada/BNDES


A nova gestão também deve impulsionar ações de inovação já implantadas por Celso Pansera, que passou a Presidência da ABDE para Maria Fernanda, a quem apoiou a candidatura. Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Pansera observou o momento como oportunidade para consolidar o compromisso com o desenvolvimento mais inclusivo, sustentável e regionalmente equilibrado. Ele também destacou algumas conquistas de sua gestão - como a formação da Frente Parlamentar do Sistema Nacional de Fomento (FPSNF), as Letras de  Crédito de Desenvolvimento (LCD) e o programa Nova Indústria Brasil, entre outros - .

“Trabalhamos com afinco para dar uma girada nas nossas ações em torno dos programas. E deu muito certo. Expandimos as fronteiras e a relevância da ABDE e a relação com o nosso ecossistema. Agora, deixamos essa grata tarefa nas boas mãos da Maria Fernanda, que também conhece muito bem o ecossistema e fará uma grande gestão”, afirmou Pansera.

Segundo o deputado Eduardo Bandeira de Mello, que representou a presidente da Frente Parlamentar, deputada federal Luísa Canziani, ainda há uma longa jornada para ampliar ações como as LCD e propor inovações legislativas de proteção e defesa das pequenas agências estaduais, que possuem peculiaridades diversas dos grandes bancos. “Realidade que requer tratativas com o parlamento”, ponderou.

“Na segunda-feira, na Sessão do Congresso, nós aprovamos um projeto de extensão da atuação do Banco do Nordeste através de subsidiárias que é absolutamente necessária. É a capilaridade que os bancos têm que ter, mas que também teve muita resistência”, revelou Bandeira de Mello ao explicar a importância do debate junto ao Legislativo. Emocionado ao recordar os 36 anos de atuação no BNDES, tendo contribuído na formulação e criação de grandes programas, como o Fundo Amazônia, Bandeira de Mello felicitou a nova gestão da ABDE.

A criação da Frente Parlamentar foi um passo importante para reforçar e garantir ampliação de investimentos e de parcerias. Algumas áreas devem ser priorizadas, segundo o deputado federal Vitor Lippi, membro da FPSNF. “Principalmente financiar mais o Finep e ter uma parcela do Fundo Social do Pré Sal para a Ciência, a Tecnologia e a Inovação. Sempre que a gente promove Ciência, Tecnologia e Inovação, a gente ajuda o financiamento do país. Isso tudo significa mais desenvolvimento econômico, mais desenvolvimento social e um crescimento econômico que o Brasil precisa”, reforçou o deputado.

A agenda de curto prazo é um dos desafios, segundo Lippi, uma vez que o Sistema já sente necessidade de ampliar os recursos das Letras de Crédito e busca aprovação de projeto legislativo que amplie a possibilidade de financiamento para exportação.

Outro ponto crucial para avanços no SNF é a Reforma Tributária, com a simplificação de tributos e a previsão de um regime específico para serviços financeiros. Apesar da constante alta de juros — a exemplo do recente ajuste no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) —, a conjuntura econômica é favorável, segundo o deputado federal Luiz Carlos Hauly.

“Se a economia vai melhor, as empresas também vão melhor. E nesse momento que nós aprovamos a Reforma Tributária do IVA [imposto sobre valor adicionado], vai melhorar muito mais a economia”, previu o parlamentar.

Carlos Hauly observa como pontos de segurança a média estável da inflação, em torno de 4% a 6%, desde o Plano Real; composição de reservas robustas de dólares, estimada em U$ 350 bilhões; e déficit público menor que os índices medidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“Diante disto, o que eu posso dizer é que o Brasil continuará crescendo” afirmou Hauly. “Eu acredito no Sistema, ele é fundamental para que o desenvolvimento aconteça e o BNDES é, assim, esse carro-chefe de toda essa estrutura de crédito no Brasil”, concluiu o deputado.

WhatsApp Image 2025-05-28 at 10.34.31Foto: Bruno Spada/BNDES


Diretores do BNDES também prestigiaram a posse de Maria Fernanda e dos novos diretores da Associação. O desenvolvimento sustentável associado à agenda ambiental, social e climática deve ser central para os bancos de desenvolvimento. Esse é um dos grandes desafios para as instituições, segundo Tereza Campello, diretora Socioambiental do BNDES.

“Aquela ideia de que a indústria cresce independente já está ultrapassada. E a Maria Fernanda já chega com toda uma trajetória de atuação, de conhecimento da agenda social e da agenda ambiental, envolvida com o modelo de transformação e transição ecológica que o país precisa”, avaliou a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Walter Baère, diretor Jurídico, enfatizou a importância da experiência executiva da presidente empossada no papel de induzir desenvolvimento regional, com ações conexas à pauta do BNDES elaboradas pelo presidente do banco, Aloizio Mercadante, junto à Diretoria. “É um orgulho ter a diretora Maria Fernanda à frente da ABDE, que é tão importante para a articulação da rede de desenvolvimento do Brasil. A ABDE está em excelentes mãos”, celebrou.

Helena Tenório, da Diretoria de Pessoas, TI e Operações, observa que, mais do que toda a experiência técnica de Maria Fernanda, a ABDE contará com uma gestão de coordenação entre as agências e bancos de fomento, o que fortalecerá a agenda do SNF. “A atuação coordenada é muito mais valoroza e consegue trazer muito mais impacto para o país, e é isso o que a gente quer”, declarou.

Nova Diretoria da ABDE - Composta por Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFD), a ABDE contribui com o planejamento de ações que fortaleçam o Sistema Nacional de Fomento (SNF). Junto às 34 instituições associadas, esse sistema financia os principais setores da economia. São cerca de R$ 2,5 trilhões de investimentos que corresponde a 45% do mercado de crédito de R$ 6 trilhões.

Além de bancos de desenvolvimento, como o BNDES, participam bancos públicos federais, bancos cooperativos, agências de fomento e outros. Por meio de 11 Comissões Temáticas e do Grupo de Trabalho de Relacionamento Institucional, a associação promove troca de informações e experiências que permitem aprimorar práticas e formular novas propostas de políticas públicas e de propostas operacionais regulatórias.

A Diretora do BNDES Maria Fernanda terá ao seu lado na ABDE um time de nove diretores. A Associação passa a contar com Euler Mathias, do Banco do Brasil, como primeiro vice-presidente. Heraldo Neves, do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), permanece no cargo de segundo vice-presidente.

Também tomaram posse os diretores Alexandre Barbosa, do Sicredi; Cláudio Stábile, da Fomento Paraná; Cledir Magri, da Cresol; Jean Benevides, da Caixa; José Aldemir Freire, do Banco do Nordeste; Marcelo Saintive, do Bandes; Márcia Maia, da AGN; Marcos Vinícius de Castro, da AFEAM; e Roberto Batista, do Banco da Amazônia.

Currículo - Maria Fernanda Coelho possui ampla experiência na gestão pública. Presidiu a Caixa Econômica Federal (2006-2011) e também chefiou o Conselho de Administração da Caixa Participações (Caixapar) e compôs os Conselhos de Administração da Caixa e da Caixa Seguros. Foi secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário, subsecretária de programa do Consórcio Nordeste e diretora de Relações Institucionais da Concessionária do Aeroporto de Guarulhos — um dos mais movimentados do país. Até junho de 2024, atuou como secretária-executiva da Secretaria-Geral da Presidência da República, de onde saiu para assumir posição no BNDES.




WhatsApp Image 2025-05-28 at 10.22.40Foto: Bruno Spada/BNDES