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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:09:18 21/11/2024 |MEIO AMBIENTE

Ultima atualização: 10:06 21/11/2024

Com vistas a Belém, BNDES reúne Secretaria Nacional de Mudança do Clima e bancos de desenvolvimento na COP29

• Objetivo foi discutir a COP30 com o setor financeiro não apenas sob a ótica do evento, mas também da negociação que se dará na Conferência

• Estabelecimento de critérios para objetivar o conceito de transição justa também esteve em pauta

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu reunião multilateral em Baku, no Azerbaijão, entre a secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com bancos de desenvolvimento presentes na COP29, que acontece até o próximo sábado, 22, em Baku, no Azerbaijão.

O encontro contou com representantes do International Development Finance Club (IDFC), que congrega 26 bancos públicos de desenvolvimento associados, e de outras dez instituições, desde bancos nacionais - como o Vnesheconombank, da Rússia, e o KfW, da Alemanha – até órgãos financeiros multilaterais, como o Banco de Desenvolvimento da Europa (BEI) e o Banco de Desenvolvimento dos Países Islâmicos (IsDB). O objetivo foi colher as perspectivas do setor financeiro internacional em relação à COP30, no Brasil.

De acordo com a secretária nacional de mudança do clima, o Brasil tem interesse em discutir a COP30 com o setor financeiro não apenas sob a ótica do evento, mas também em relação à negociação que se dará na Conferência, na qual o País terá uma agenda baseada em três pilares: adaptação, transição e alinhamento do fluxo financeiro ao Acordo de Paris.

“Estamos aqui para entender como vocês estão orientados para a COP30. Isso é importante para nós. No G20, já colocamos a governança e o financiamento climático no centro das discussões, e seguiremos com eles na COP. Queremos ter uma presidência da conferência que entregue isso”, disse Ana Toni.

O superintendente de Meio Ambiente do BNDES, Nabil Kadri, conclamou os bancos a construírem juntos parâmetros que orientem a comunidade internacional em relação à transição climática justa. “Quando falamos em transição justa, estamos abordando um conceito moral, então precisamos ter indicadores concretos sobre o que seria isso. É algo que podemos tentar construir juntos”.

A secretária destacou que o Brasil está em processo de implementação de sua taxonomia sustentável (cuja consulta pública foi aberta na segunda, 18) e que isso vai estabelecer um parâmetro para o País, embora permaneça o desafio de definição de um critério internacionalmente aceito.

Alguns participantes, como o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento (EBRD), destacaram estar trabalhando em agenda similar, assim como a Agência de Investimentos e Garantias do Banco Mundial (MIGA), que se disponibilizou para ajudar o Brasil a implementar suas metas até a COP30. O grupo reunido em Baku tentará organizar, como próximo passo, uma reunião de alto nível com os ministros da Fazenda de cada País.