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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:18:12 08/11/2023 |INSTITUCIONAL
Ultima atualização: 18:11 09/11/2023
Aconteceu nos dias 7 e 8 de novembro, no Palácio Itamaraty, em Brasília, a sexta edição do Brasil Investment Forum (BIF), maior evento de investimentos estrangeiros da América Latina. Organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o evento pretende estimular a atração de mais investimentos estrangeiros para o país, terceiro maior destino de capitais internacionais no mundo.
Na abertura do evento, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a transição para uma economia verde, com indústria e agricultura mais tecnológicas e negócios mais inteligentes. Lula destacou que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) “vai voltar a ser o banco de investimento e desenvolvimento, que foi para isso que ele foi criado, para que a gente possa reestabelecer a possibilidade de emprestar dinheiro a taxa de juro baixa, juro de longo prazo, para que a indústria brasileira se transforme numa indústria competitiva”, disse.
Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que foi palestrante no evento, há uma oportunidade histórica para o Brasil, que oferece estabilidade geopolítica para uma ordem instável, economia diversificada para novas cadeias produtivas globais e condições ambientais para liderar a questão climática. Para Mercadante, o Banco está mais uma vez na vanguarda da transformação. “Nos grandes momentos da história econômica brasileira, o BNDES esteve no centro da formulação. Hoje, o Banco, maior financiador de energia limpa no mundo, está com a carteira em expansão, com crescimento das aprovações de financiamentos”.
O presidente da Apex Brasil, Jorge Viana, vê a possibilidade de o Brasil atingir US$ 1 trilhão por ano em intercâmbio comercial. Em 2022, a corrente de comércio brasileiro com o resto do mundo movimentou US$ 600 bilhões. “O Brasil tem um potencial nas suas empresas, nos seus setores econômicos, que é extraordinário, de commodities agrícolas até aviões da Embraer”, defendeu Viana.
Também estiveram presentes na abertura do evento o vice-presidente, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.
Diretores - O diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa, apontou o papel do Banco na estruturação de iniciativas sustentáveis, o que é fundamental para o “Novo Acordo Verde” do país. “Além de banco, o BNDES é prestador de serviços. Nós estruturamos projetos para governadores, prefeitos, associações etc. Os gastos para estruturar são grandes, então a gente diminui os custos. Nossa carteira, com cerca de 130 projetos, vai de manejo de floresta a usina nuclear, de geração distribuída a transporte urbano”.
Para o diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luis Gordon, a nova gestão investe com força na indústria, abandonada nos últimos anos. “Nós temos para os próximos quatro anos a maior soma de recursos alocados para a atividade de inovação: são R$ 60 bilhões. R$ 40 bilhões a taxas extremamente baratas. E R$ 20 bilhões não reembolsáveis. Parte no BNDES, parte na Finep”, disse. Segundo ele, o BNDES dobrou o desembolso no apoio à exportação em relação ao ano anterior. “Ano passado, foram apenas 9 aeronaves da Embraer. Em 2023, até o meio do ano, foram 28. 40% do que a Embraer exporta depende do Banco”.
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, lembrou que os principais projetos de energia sustentável no Brasil passam pelo BNDES, que tem expertise setorial para cooperar com investidores. “Nenhum grande país tem tanta energia eólica on shore e off shore quanto o Brasil. A gente pode ter o quilo de hidrogênio verde mais barato do mundo. Nenhum país tem o nosso potencial de biomassa, biogás e biodiversidade”, afirmou.
Já a diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natalia Dias, tratou do venture capital, investimento focado em pequenas e médias empresas, que correspondem a aproximadamente 31% do PIB e mais de 70% do emprego formal. “A gente começou a investir nos anos 2000. Hoje, temos 52 fundos no portfólio, que incluem 18 setores da economia, 20 estados da federação e 290 empresas”, disse. Segundo ela, os fundos permitem mais capilaridade e inovação, o que está para além da tecnologia.
Natalia também falou sobre o programa de mentoria de startups BNDES Garagem, focado em negócios de impacto. “Selecionamos não só startups focadas em impacto, mas também adicionamos diversidade, equidade e inclusão como fatores preponderantes de seleção. Na última rodada, privilegiamos pequenas empresas geridas por mulheres ou que solucionassem negócios femininos. Uma delas tinha um aplicativo para denunciar violência doméstica. E, na última rodada, 60% dos empreendedores eram negros”, acrescentou.