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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:14:39 13/10/2023 |INFRAESTRUTURA |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

BNDES / Divulgação

BNDES vence prêmio internacional por apoio à Linha 6 do Metrô de SP

O prêmio de “Financiamento do ano à infraestrutura” no “Project & Infrastructure Finance Awards 2023”, organizado pela revista LatinFinance - especialista em economia da América Latina e Caribe - foi concedido à operação de empréstimo de R$ 6,9 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à construção da Linha 6 (Laranja) do metrô de São Paulo. A linha 6 tem investimento total previsto de R$ 17 bilhões.

O financiamento ao projeto da Linha 6 do metrô de São Paulo — considerado o maior empreendimento de mobilidade urbana da América Latina, com previsão de atendimento a 650 mil passageiros/dia — envolveu um consórcio de onze bancos, incluído o BNDES, no modelo project finance non recourse, no qual o risco é mitigado com operações de garantia e seguros.

O BNDES foi o vencedor em outras duas categorias da premiação: “Financiamento do ano em moeda local”, por operação com a Ecovias do Araguaia, e “Financiamento do ano a energia”, por crédito para a usina termelétrica a gás GNA II.

Para a definição dos vencedores foram considerados critérios como aspectos estruturais da operação, incluindo complexidade, inovação e tamanho; alcance geográfico e sustentabilidade e impacto ESG do projeto. Os prêmios foram concedidos a financiamentos estruturados no período de junho de 2022 a maio de 2023. A cerimônia promovida pela LatinFinance, uma das principais publicações de língua inglesa especializadas no setor de infraestrutura e energia, ocorreu em Nova Iorque, no dia 5 de outubro.

linha 6 laranja
Obras da futura Estação Brasilândia da Linha 6 (Laranja) do metrô de São Paulo. Foto: Linha Uni/Divulgação

“Receber uma das premiações mais importantes do mercado mostra que o BNDES não só é decisivo para o financiamento de longo prazo, como tem cumprido sua missão de forma inovadora. Disseminar o uso de ‘project finance non recourse’ é, do ponto de vista econômico, uma grande contribuição do Banco para a economia brasileira, além de os projetos vencedores contribuírem para a transição energética do País”, avaliou Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES.

As operações premiadas contam com financiamento do BNDES e parceria com diversas instituições para projetos de mobilidade urbana, rodovias e geração de energia no Brasil.

Essa estrutura se aproxima do formato de financiamento a projetos de infraestrutura em mercados desenvolvidos e, também, de outros mercados em desenvolvimento, que precisam atrair investimentos maciços. A não exigência de garantias dos acionistas ou de fianças bancárias é fator determinante para aumentar o patamar de investimento, pois amplia a atratividade para investidores internacionais e nacionais, ao limitar o risco assumido em cada projeto. O financiamento deve viabilizar quinze estações e seus acessos em 15,3 quilômetros de via, três terminais de ônibus, um pátio de estacionamento de trens, aquisição de 22 novos trens (132 vagões) e sistemas, além de contar com investimentos sociais em comunidades do entorno.

A operação com a Ecovias do Araguaia (“Local Currency Financing of the Year – LatAm”) contou com estrutura de cofinanciamento, envolvendo R$ 3,8 bilhões do BNDES — sendo R$ 3,2 bi via BNDES Finem e R$ 600 milhões relativos a debêntures — e parceria com o Banco da Amazônia, representando mais R$ 400 milhões. O projeto de concessão de 850,7 quilômetros de rodovias federais, divididos em três  rodovias (BR-153, BR-080 e BR-414), liga o Meio-Norte e o Centro-Sul do País. Com trechos das rodovias BR-153, BR-080 e BR-414, nos estados de Goiás e Tocantins, é uma das principais rodovias de integração nacional.

“Power Financing of the Year – LatAm” do ano, o projeto da usina termelétrica a gás GNA II conta com financiamento do BNDES no valor de R$ 3,9 bilhões, o que equivale a 56% do investimento total. O empreendimento compreende a construção, operação e manutenção da usina, movida a gás natural, com 1.670 MW de capacidade instalada e previsão de início de operação comercial em janeiro de 2025. A GNA II integra o projeto de desenvolvimento do Complexo Termelétrico Porto do Açu, em São João da Barra (RJ), um polo de importação, armazenagem e escoamento de gás natural liquefeito importado. Futuramente, deve receber, processar, consumir e transportar gás natural a ser produzido nas Bacias de Campos e Santos (pré-sal).