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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:12:07 17/05/2019 |MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS |SUL
Ultima atualização: 15:19 17/05/2019
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, lançou nesta sexta-feira, 17, em Joinville, Nordeste catarinense, o BNDES Crédito Direto Médias Empresas, produto voltado para empresas de médio porte. A nova linha apoiará investimentos no valor mínimo de R$ 10 milhões, em operações que poderão ser contratadas diretamente com o BNDES.
Os recursos podem ser investidos em obras civis, montagens e instalações, móveis e utensílios, máquinas e equipamentos e inovação, dentre outros. O objetivo é induzir ganhos de produtividade, sustentabilidade, competitividade e governança nas companhias apoiadas.
De acordo com Levy, as médias empresas são um segmento prioritário para o BNDES, por sua capacidade de gerar emprego e incorporar novas tecnologias. “Estamos lançando um produto para apoiar o investimento, mas que também tem um componente de giro, dando um oxigênio adicional enquanto a empresa vai crescendo e se desenvolvendo”, afirmou. O novo produto foi apresentado por Levy durante o Dia BNDES da Média Empresa, que começou às 8h30 no Perini Business Park, polo empresarial multissetorial da maior cidade catarinense.
Com o BNDES Crédito Direto Médias Empresas, o banco de fomento pretende atuar em um nicho ainda pouco atendido. Considerando o peso do segmento (29% do PIB industrial do País), a avaliação é de que melhorias nas empresas desse porte tendem a gerar impacto positivo na economia do País. A estimativa é contratar cerca de R$ 2 bilhões por ano.
Condições – Além dos investimentos em obras civis, montagens e instalações, móveis e utensílios, o BNDES Crédito Direto Médias Empresas poderá destinar para capital de giro até 40% do valor contratado. Os gastos podem ocorrer em até 5 anos.
O prazo total de pagamento será de até 120 meses para investimentos (incluindo até 24 meses de carência) e de 48 meses para giro (incluindo até 12 meses de carência). O custo financeiro será a Taxa de Longo Prazo (TLP), mais spread de risco e remuneração básica, que varia de 1,7% ao ano (para investimentos) a 2,1% ao ano (para capital de giro). O banco apoia a totalidade dos itens financiáveis.
O diretor da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) para Santa Catarina, Ovandi Rosenstock, ressaltou a importância do crédito para que as médias empresas brasileiras possam atingir bons resultados diante do mercado competitivo e fez um apelo: “Mais do que nunca precisamos do apoio do BNDES. A indústria brasileira precisa de mais prazo para pagar e de um juro mais compatível com a economia mundial”.
Adequação – Segundo o BNDES, o desenho da nova linha de crédito buscou moldar-se à realidade das empresas médias, ao mirar no tipo de investimento que companhias desse porte de fato realizam. Com prazo de utilização mais longo e possibilidade de apresentar o detalhamento dos projetos na fase de desembolsos, o produto busca facilitar o alcance do valor mínimo de R$ 10 milhões e dá às companhias grande flexibilidade na elaboração e implementação de seus planos estratégicos.
Com prazo mais longo e possibilidade de detalhar os projetos na fase de desembolsos, a linha busca facilitar o alcance do valor mínimo de R$ 10 milhões e flexibiliza elaboração e implementação de planos estratégicos.
A ideia de oferecer um produto customizado para a necessidade do perfil de cliente foi a mesma que orientou a criação do BNDES Crédito Pequenas Empresas, lançada no mês passado e que tem como principal atributo a agilidade e como foco a geração de empregos por empresas de micro e pequeno porte. As duas linhas compõem o novo portfólio do BNDES para as MPMEs, segmento que já responde por mais de 40% dos desembolsos do banco público.
Palestras e negócios – Além de apresentação de Levy, o Dia BNDES da Média Empresa ofereceu palestras sobre acesso ao crédito, ministradas por técnicos do BNDES e do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). A programação do evento também inclui atendimento empresarial e agendamento de reuniões de negócios. Bradesco, Itaú, Santander e Desenvolve SP, agentes financeiros repassadores de uma série de linhas do BNDES, participaram como convidados.
O presidente do BRDE, Marcelo Haendchen Dutra, lembrou que há quase 60 anos a instituição atua fortemente no estado de Santa Catarina. Segundo ele, em 2018, a carteira do banco totalizou R$ 13,5 bilhões em crédito. “Nossos esforços agora estão em ampliar a capacidade de fornecer o crédito e fomentar a economia nesse momento que a economia vive essa expectativa de uma retomada e uma guinada”, afirmou.
Durante o evento, foi apresentado o caso da empresa regional Krona, fabricante de tubos, conexões e acessórios de PVC que cresceu de média para grande com apoio do BNDES. A empresa, instalada no Perini Business Park, foi visitada por Joaquim Levy, cuja agenda em Joinville inclui ainda visita à empresa catarinense de tecnologia industrial Pollux.
O evento, que teve ainda a participação do prefeito de Joinville, Udo Döhler, faz parte da diretriz do BNDES de fomentar novos negócios e se aproximar de potenciais clientes. Na avaliação da instituição, há segmentos ainda não atendidos na sua carteira, mas que já superaram barreiras de crescimento e agora precisam aumentar produtividade e governança, atributos com que um banco de desenvolvimento pode contribuir por meio de crédito e expertise setorial.
“O BNDES está aberto, buscando estar mais próximo do cliente. Nossas equipes estão indo a diversas cidades, conversando com empresas, e adaptando os nossos produtos para atender cada vez melhor nossos clientes”, ressaltou Levy.