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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:18:44 08/07/2024 |CULTURA |INSTITUCIONAL |MEIO AMBIENTE |NORTE
Ultima atualização: 12:02 09/07/2024
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e instituições parcerias lançaram nesta segunda-feira, 8, o Museu das Amazônias, em Belém (PA). O novo espaço cultural será um dos principais legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), a ser realizada na capital paraense, em 2025, e vai unir interatividade e com conhecimento científico e saberes tradicionais da Amazônia, contemplando o olhar de todos os países que compõem o território. A cerimônia de lançamento, no Palácio dos Despachos, contou com a presença do governador do Pará, Helder Barbalho, da ministra de Ciência e Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
O museu é uma parceria do BNDES com Governo do Pará, MCTI, Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e Instituto Cultural Vale. O MCTI anunciou investimento de R$ 20 milhões na iniciativa, enquanto o CAF doou 800 mil dólares. O BNDES participa com assessoria técnica e articulação de apoiadores.
O espaço será um museu a céu aberto instalado no Porto Futuro II e terá quatro eixos temáticos: Amazônia Milenar – que promove os saberes ancestrais indígenas; Amazônia Secular – um olhar para os ribeirinhos, quilombolas, extrativistas, seringueiros, pescadores e outros povos que ocupam a região há séculos; Amazônia Degradada – alertando o risco sobre a região e o mundo; e Amazônias Possíveis – um debate sobre os rumos do bioma.
Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o museu vai ser um mergulho na realidade de várias amazônias, provocando os representantes de todos os países presentes na COP 30 para necessidade de sua preservação. “Será um legado para COP de Belém. A vida no planeta precisa cada vez mais da Amazônia e o museu é parte da estratégia do BNDES como um banco verde, um banco que liderou no mundo o financiamento de energia renovável e sustentável e que está na linha de frente da descarbonização da indústria e da agricultura. Se gente não engajar as lideranças políticas, não vamos conseguir reverter essa crise que continua aquecer o planeta”, afirmou Mercadante.
A criação do Museu terá participação da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia, assim como a colaboração da sociedade civil, por meio de um cronograma de escutas sob coordenação do Museu Emílio Goeldi. O plano de trabalho do projeto é fruto de acordo de cooperação já firmado pelo governo paraense com o IDG. Os recursos do CAF serão destinados ao desenvolvimento do desenho e à implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu, assegurando a qualidade técnica, os critérios de sustentabilidade e o alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica, incluindo o estado do Pará e o município de Belém.
A diretora Socioambiental do BNDES lembrou que o banco tem sido historicamente o maior investidor em patrimônios no país. “É um lado do BNDES que muita gente ainda desconhece, esse papel de fomentar não só o desenvolvimento econômico, mas também o desenvolvimento cultural. Para nós é uma alegria enorme está aqui. Estamos colocando mais um tijolo nessa construção que fará da COP do Pará a COP das COPS”, afirmou Tereza Campello.
“Dada nossa experiência de mais de 25 anos de apoio a patrimônio cultural e museus, o BNDES contribuirá no modelo de sustentabilidade financeira do futuro museu”, destacou a chefe de Departamento de Desenvolvimento Urbano, Patrimônio e Turismo do BNDES, Luciane Gorgulho. Para ela, um espaço contribuirá para disseminar o conhecimento e a reflexão sobre a Amazônia.
A cooperação internacional inclui também o desenvolvimento de programas de investigação, inovação, desenvolvimento tecnológico e de conhecimentos tradicionais locais e ancestrais, sob os conceitos programáticos do Museu. Além disso, está previsto o estabelecimento de um plano museológico e de programas de capacitação para docentes, educadores e investigadores e redes colaborativas entre atores-chave, promovendo o intercâmbio de experiências, a colaboração e o desenvolvimento contínuo das práticas educacionais e científico-culturais relacionadas à Amazônia.
A construção do conteúdo museográfico e expográfico terá a parceria do Museu Goeldi (MCTI), que também atuará na articulação com centros de pesquisa e produção científica da Pan-Amazônia.