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BNDES - Agência de Notícias

Fri Jun 21 07:32:18 CEST 2024 Fri Jun 21 07:32:18 CEST 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:18:44 21/05/2024 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 16:13 23/05/2024

Patrícia Garrido - BNDES / Divulgação

BNDES e grupo do G20 dizem em documento que financiar a sustentabilidade é o novo normal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sediou nesta terça-feira, 21, a entrevista coletiva de encerramento da reunião do grupo G20 – Finance in Common, em que foi divulgado documento conjunto com contribuições e aprendizados alcançados durante o evento organizado pela presidência brasileira do G20, em parceria com o BNDES, o Instituto Clima e Sociedade e o Finance In Common (FICS). O registro propõe e identifica oportunidades de sinergia entre as agendas do G20 e do FICS, de modo a aprimorar o papel dos bancos públicos de desenvolvimento na arquitetura financeira global e integrar estratégias e operações.

O FICS reúne 533 bancos públicos de desenvolvimento de países (nacionais e subnacionais) e multilaterais. Segundo o relatório, um dos principais papéis a serem desempenhados pelos Bancos de Desenvolvimento (BDs), a partir de agora será direcionar os financiamentos para a sustentabilidade de modo a não deixar “ninguém para trás”, o que requer mais organização e mobilização.  

Outro entendimento expresso no documento é o de que os BDs têm  papel crucial no enfrentamento das crises e desafios atuais, graças o seu mandato público pra integrar governos e setor privado, tanto no plano doméstico quanto internacional. Para tanto, cabe a estas instituições financiar e prover soluções financeiras que cheguem efetivamente na ponta, e fazer da sustentabilidade o novo normal das finanças.

WhatsApp Image 2024-05-21 at 17.45.44Foto: Patrícia Garrido  BNDES / Divulgação


Participaram da entrevista coletiva, o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do BNDES, Nelson Barbosa; Ivan Oliveira, subsecretário de Financimento do Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Fazenda; Rémy Rioux, chairman do FICS e CEO da AFD (Agência Francesa de Desenvolvimento); Maria Netto, diretora executiva do Instituto Clima e Sociedade; e Sergio Suchodolski, representante brasileiro no FICS.

Durante a entrevista, os presentes defenderam a criação de novas plataformas de investimento que permitam aos países acessarem recursos para financiar os investimentos necessários para o enfrentamento das mudanças climáticas. Citaram ainda a importância de se criar inovações financeiras que passam, inclusive, por estruturas de garantias e sistemas de ratings adequados a governos nacionais e subnacionais.

Rémy Rioux lembrou que a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul pode trazer experiência importante para todo o planeta sobre a reconstrução com base em infraestruturas resilientes aos eventos climáticos extremos. Ele reforçou o papel do Brasil na agenda econômica mundial. "O país é um dos países com maior número de bancos de desenvolvimento: são cerca de 30. E o presidente Lula se esforça por uma nova governança global", disse.

WhatsApp Image 2024-05-21 at 17.45.45Foto: Patrícia Garrido - BNDES / Divulgação


"Segundo estudo da ONU, a cada 1 real gasto em prevenção se economiza 15 reais em reconstrução posterior a desastres. O desafio é materializar riscos cada vez mais frequentes no orçamento anual. A política fiscal tem de levar em consideração o clima. O cálculo não é simples, mas a transição climática chegou: ele tem de ser feito, incorporado nos riscos fiscais de todos os países", disse Nelson Barbosa.

Ivan Oliveira afirmou que as preparações para o G20 envolvem bastante diálogo com os bancos multilaterais e a sociedade civil para construção de soluções. "Os pilares do presidente Lula para o G20 são trabalhar com a fome, pobreza, desenvolvimento sustentável, transição energética e reformular a governança internacional para que ela seja mais eficiente, mais eficaz e impactante. O G20 quer transformar realidades", concluiu.

Assista à integra da entrevista coletiva: