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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:16:33 12/02/2025 |INSTITUCIONAL |NORTE
Ultima atualização: 18:17 13/02/2025
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Universidade Federal do Pará (UFPA) firmaram nesta quarta-feira, 12, em Belém, instrumento de cooperação visando à criação da Casa BNDES na COP30, dentro do conjunto arquitetônico de Mercedários, que atualmente passa por intervenções de restauro e manutenção com apoio não reembolsável de R$ 36,3 milhões do BNDES, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O espaço deve concentrar programações do BNDES nas dependências do Mercedários UFPA durante a realização da 30ª edição Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, que acontece em Belém de 10 a 21 de novembro de 2025.
A formalização da parceria foi assinada pela diretora socioambiental e presidente interina do BNDES, Tereza Campello e pelo reitor da UFPA, professor Gilmar Pereira da Silva. Participam do evento a vice-reitora da UFPA, professora Loiane Prado Verbicaro, o diretor da Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (Fadesp), demais membros da Administração Superior e equipe do Mercedários UFPA, além da comitiva do BNDES e representantes do Instituto Vale Cultural, da Arquidiocese de Belém, Museu Paraense Emílio Goeldi, Governo do Estado, Escritório do Ministério da Cultura no Pará, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Prefeitura de Belém e Projeto Circular. Após a assinatura, os convidados puderam fazer uma visita guiada às obras.
O Mercedários UFPA é um conjunto arquitetônico de localização estratégica na região do centro histórico de Belém e passa, atualmente, por obras de restauro no âmbito de um projeto elaborado pela equipe do Laboratório de Conservação, Restauro e Reabilitação da UFPA (Lacore/UFPA), e submetido à chamada pública Resgatando a História, do BNDES Fundo Cultural, que apoia a recuperação do patrimônio histórico material, imaterial e de acervos memoriais de todo o país. O projeto conta ainda com apoio do Instituto Cultural Vale e da UFPA, e parceria com a Fadesp, que é a fundação de apoio da UFPA.
"Investir em restauração de patrimônio histórico é uma das prioridades do BNDES, uma decisão ousada que nos dá muito orgulho. O BNDES é um dos grandes financiadores do patrimônio nacional. Tenho certeza de que estamos no caminho certo. O Brasil tem um patrimônio histórico riquíssimo, importantíssimo, muitas dessas estruturas em risco, e a gente fazendo esses investimentos, nós estamos nos antecipando para evitar outras tragedias, como o Museu Nacional”, afirmou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.
Além das atividades acadêmicas e científicas já em andamento no Mercedários UFPA, o espaço abrigará a nova Galeria de Arte da UFPA (GAU), uma livraria da Editora da UFPA, o Museu de Ciências do Patrimônio Cultural, um projeto de ensino da Escola de Música da UFPA, e um novo auditório com capacidade para 175 pessoas. O projeto tem orçamento total na ordem de R$ 46 milhões. Para a COP30, estão previstas a conclusão da restauração de parte do Mercedários UFPA e toda a pintura externa do conjunto. As obras seguem até junho de 2027, com a etapa de restauro focada na Igreja de Nossa Senhora das Mercês e seus bens integrados.
O reitor da UFPA, Gilmar Pereira da Silva, lembrou que o Mercedários é um espaço da universidade com vocação ligada à conservação do patrimônio cultural paraense e que poderá ser aberto à população. “Aqui, desenvolvemos ações acadêmicas, científicas e de extensão. O projeto de restauração desse espaço, que está em pleno curso graças ao apoio de muitos parceiros, incluindo o BNDES, é, para a UFPA, motivo de muita alegria, pois garante a consolidação desse local também como um espaço de exaltação da nossa história”, afirmou.
Complexo – O conjunto arquitetônico em restauração corresponde ao complexo que congrega a Igreja de Nossa Senhora das Mercês (propriedade da Arquidiocese) e o antigo Convento dos Mercedários (propriedade da União), hoje a unidade Mercedários da UFPA. Construído originalmente em 1640 e refeito em 1748, trata-se de um dos mais importantes conventos coloniais da Amazônia, um dos maiores conjuntos arquitetônicos no contexto da Região Norte do Brasil.