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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:12:16 28/11/2023 |MEIO AMBIENTE |NORDESTE |NORTE |SUDESTE |SUL

Ultima atualização: 18:21 29/11/2023

Tânia Rêgo - Agência Brasil

BNDES e Petrobras investem R$ 47,3 milhões na recuperação de manguezais e restingas

No âmbito da iniciativa Floresta Viva, oito projetos vencedores do edital “Manguezais do Brasil” vão contar com R$ 47,3 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Petrobras para ações de recuperação da vegetação nativa em áreas de manguezal e restinga nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil. A iniciativa está voltada à recuperação de áreas degradadas para proteção da biodiversidade e adaptação às mudanças climáticas.

Os recursos, não reembolsáveis, serão aplicados na recuperação de 1.757 hectares de vegetação, o equivalente a cerca de 2,2 mil campos de futebol, em três macrorregiões (Costa Norte, Nordeste/Espírito Santo e Sul/Sudeste) definidas pelo Plano de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas e de Importância Socioeconômica do Ecossistema Manguezal, do ICMBio. A gestão operacional e a execução dos projetos ficarão a cargo do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), parceiro gestor do Floresta Viva.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, defendeu que os ecossistemas são de grande importância ecológica, social e econômica. “Devido à sua localização na costa litorânea, os manguezais e restingas sofrem ameaças decorrentes da expansão urbana e de atividades humanas. Com este apoio a projetos de recuperação, vamos contribuir para a conservação da biodiversidade e dos recursos hídricos, a remoção de dióxido de carbono da atmosfera e a geração de emprego e renda nas comunidades impactadas”, disse.

"O manguezal, ecossistema do bioma Mata Atlântica que será restaurado por esses projetos, é um importante aliado na mitigação das mudanças climáticas. Através dessa parceria com o BNDES, reforçamos nossa contribuição para transformar nossos resultados em retorno para a sociedade e o meio ambiente", afirmou Jean-Paul Prates, presidente da Petrobras.

Selecionados - O projeto “CO2 Manguezal”, da Fundação Vovó do Mangue, vai receber aproximadamente R$ 5,4 milhões para ações de restauração de 200 hectares na área da Área de Proteção Ambiental Baía de Todos os Santos e da Reserva Extrativista Marinha Baía do Iguape (BA). “A ideia é atuar nas comunidades em dois ou três municípios (Maragogipe, São Francisco dos Santos e Vera Cruz), a partir da educação ambiental de crianças e adultos", explicou Luiz Carlos, diretor geral da fundação.

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Reprodução: Fundação Vovó do Mangue

Para a restauração de 316 hectares manguezais no Paraná, o projeto “Entre Mangues e Caranguejos”, da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), terá apoio de R$ 5,7 milhões. Em área correspondente a antigas pastagens de búfalos da Reserva Natural Papagaio-de-cara-roxa (RNPCR), em Guaraqueçaba (PR), a iniciativa inclui monitoramento de fauna a partir da avaliação dos estoques de caranguejo-uçá. "O edital proporciona mais uma oportunidade para a SPVS e seus parceiros para fortalecerem a agenda da conservação na Grande Reserva Mata Atlantica, onde o conceito de produção de natureza vem sendo aplicado. Este projeto, em especial, vai colaborar de forma concreta com a conservação dos manguezais do país", afirmou o diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges.

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Viveiro SPVS. Foto por Reginaldo Ferreira

Os outros projetos vencedores são: “Manutenção do Estoque Natural”, da Fundação Espírito-santense de Tecnologia (FEST), no estuarino dos rios Piraquê-Açu e Mirim, em Aracruz (ES): R$ 7,1 milhões; “Regenera Guará”, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Guaratiba (RJ): R$ 5,4 milhões; “Verde é Vida: Manguezais da Baía de Guanabara”, do Instituto Terra de Preservação Ambiental, na Área de Proteção Guapimirim e da Estação Ecológica Guanabara (RJ): R$ 5,7 milhões; “Replanta Mangue”, da Organização Sertaneja dos Amigos da Natureza (SOS Sertão), na Área de Proteção Ambiental da Barra do Rio Mamanguape, na Área de Relevante Interesse Ecológico Manguezais da Foz do Rio Mamanguape e na Terra Indígena de Barra do Mamanguape (PB): R$ 4,5 milhões; “Re-MARE”, da Fundação Sousândrade de Apoio à UFMA, na Área de Proteção Ambiental Upaon-Açú/Miritiba/Alto Preguiças: R$ 4,7 milhões e “Junta Verde”, do Instituto Coral Vivo, na Reserva Extrativista de Cassurubá (BA): R$ 8,5 milhões.

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