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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:10:40 08/05/2025 |AGRICULTURA |MEIO AMBIENTE
Ultima atualização: 12:49 08/05/2025
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) formalizaram, nesta quarta-feira, 7, um protocolo de intenções que marca o início de uma parceria estratégica voltada à inovação tecnológica, sustentabilidade ambiental e segurança alimentar no Brasil. A assinatura ocorreu durante a solenidade em comemoração aos 52 anos da Embrapa, realizada em Brasília (DF), e contou com a presença do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
A cooperação entre as instituições prevê iniciativas em áreas como restauração florestal, desenvolvimento de sementes adaptadas às mudanças climáticas, bioeconomia, cadeias produtivas sustentáveis e produção de máquinas e equipamentos agrícolas. O protocolo também contempla ações no âmbito do Programa de Governança e Modernização das Empresas Estatais, com foco na sustentabilidade financeira e institucional da Embrapa.
“Estamos construindo uma parceria com grande potencial de impacto. O BNDES vai contribuir com recursos e inteligência para que a Embrapa amplie sua capacidade de gerar inovação, apoiar a agricultura familiar e liderar a resposta do Brasil aos desafios climáticos”, afirmou Mercadante. “Viemos aqui para quebrar o pires e pensar o futuro da Embrapa, com protagonismo, estrutura e sustentabilidade financeira”, completou.
Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, a cooperação representa um passo estratégico para enfrentar os desafios do setor. “A parceria com o BNDES é fundamental para que possamos atender os novos desafios da agropecuária brasileira, tais como o reflorestamento na Amazônia, o recaatingamento no Nordeste Brasileiro, bem como a inovação de máquinas e implementos agrícolas para agricultores familiares. A parceria também é importante para a modernização da governança e gestão da Embrapa, com um novo modelo de captação de recursos gerados pela empresa. E, por fim, uma atenção ao ecossistema de inovação, atuando próximo a startups que se dedicam ao setor agropecuário, fortalecendo as parcerias público-privadas.”
Entre as ações previstas estão a estruturação de um fundo conjunto de investimentos em pesquisa e inovação, o desenvolvimento de soluções para a produção de bioinsumos e o fortalecimento de modelos produtivos resilientes nos biomas Amazônia e Caatinga. O protocolo também prevê estudos para valorização do patrimônio da Embrapa, bem como a identificação de novas fontes de financiamento e mecanismos que garantam retorno institucional às inovações geradas.
Assinaram o protocolo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá; a diretora de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler; a diretora de Administração da Embrapa, Selma Beltrão; e o presidente do Conselho de Administração da Embrapa (Consad), Carlos Augustin.
A parceria busca ainda fomentar o diálogo entre Estado e mercado na construção de uma agricultura mais sustentável, inovadora e inclusiva, com especial atenção à agricultura familiar e à geração de renda no meio rural.
Mercadante também citou oportunidades de parcerias entre o banco e a estatal de pesquisa para ações de reflorestamento e de enfretamento de extremos climáticos e desastres naturais.
Nesse sentido, o protocolo também prevê o estabelecimento de mecanismos de colaboração para desenvolvimento da agricultura sustentável e para restauração dos biomas brasileiros. O banco ultrapassou a marca de R$ 650 milhões em recursos não reembolsáveis para projetos de restauração ecológica desde 2023.
“Estamos atuando na restauração de florestas no Brasil em uma área de 9,2 milhões de hectares, equivalente ao território de Portugal. A Embrapa precisa estar nesse processo, na definição de espécies, nas adequações necessárias”, exemplificou Mercadante. Outra ação é no enfrentamento de extremos climáticos, como ocorreu em 2024 no Rio Grande do Sul, a maior tragédia climática do Brasil neste século.
Este ano, os gaúchos estão enfrentando um novo período de seca, que está comprometendo culturas locais, como a soja. “Precisamos da Embrapa para temos resiliência na produção e que a agricultura continue sendo pujante no Estado”, afirmou o presidente do BNDES.