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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:10:51 23/08/2023 |INTERNACIONAL |MEIO AMBIENTE

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

BNDES capta US$ 500 mi com CDB para investimentos em energia, economia verde e alta tecnologia

  • Contrato assinado entre o BNDES e o banco de desenvolvimento chinês marca a retomada da parceria estratégica entre as instituições

  • Recursos também poderão ser destinados a segmentos como infraestrutura, agricultura e prevenção a epidemias, além de contribuir para reforçar o comércio bilateral entre Brasil e China

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB), instituição de fomento do país asiático, assinaram contrato de empréstimo externo no valor de US$ 500 milhões na terça-feira, 22, na África do Sul, durante a 15ª Cúpula dos BRICS. A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, participou da cerimônia de assinatura.

O presidente do Banco, Aloizio Mercadante, destacou a relevância da parceria: “Esta captação com o CDB é mais um passo na direção da diversificação das fontes de recursos para o BNDES, gerando, futuramente, mais emprego e mais renda em nosso País. As captações com organismos internacionais têm papel relevante na retomada dos desembolsos do Banco. Por isso, o BNDES vem envidando esforços para concretizar tais operações de captação, tanto com parcerias institucionais tradicionais, nas quais já existe um longo histórico de cooperação, como também nas operações com novos parceiros”.

Os recursos do empréstimo externo, que contará com prazo de pagamento de até três anos, serão utilizados como parte do orçamento de investimentos do BNDES para operações de financiamento nas linhas já disponibilizadas pelo Banco aos clientes finais, o que inclui a promoção do comércio bilateral entre Brasil e China.

Os clientes destas linhas de financiamento são empresas privadas e entes públicos que demandam crédito do BNDES. Os investimentos, nas condições previstas nas políticas operacionais do Banco, poderão ser feitos em diversos setores, como infraestrutura, energia, manufatura, petróleo e gás, agricultura, mineração, saneamento, agenda ESG, mudança climática e desenvolvimento verde, prevenção a epidemias, economia digital, alta tecnologia e gestão municipal, entre outros.

Sobre os segmentos que serão atendidos pelos recursos, Luciana Costa ressaltou: “O Brasil deve ter a ambição de se tornar uma potência verde. A parceria entre o BNDES e o CDB vai contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento de setores estratégicos para uma transição ecológica e justa”.

A diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natália Dias, afirmou que o novo contrato é um marco na parceria com o banco de desenvolvimento chinês: “Esta captação evidencia a retomada do relacionamento do ponto de vista de empréstimos com o CDB e demonstra o alto interesse dos países asiáticos em relação a oportunidades no Brasil. O tempo recorde entre a negociação do acordo, em março deste ano, e o fechamento do contrato de empréstimo, que será desembolsado nos próximos dias, mostra a disposição de colaboração entre as duas instituições. Esta operação de US$ 500 milhões é só a primeira etapa de um acordo mais amplo, que prevê uma segunda operação de até US$ 800 milhões”.

Ainda segundo a diretora, a iniciativa tem importante significado para o funding do Banco: “Estamos em um momento de maior abertura com os organismos multilaterais, que vêm se tornando uma fonte de recursos cada vez mais importante para o BNDES, dado que oferecem linhas de longo prazo, com custo competitivo e focadas em setores estratégicos para o Banco, como transição energética e infraestrutura”.

Histórico - O relacionamento entre BNDES e CDB teve início em 2007, quando foi negociado o financiamento destinado à construção do Gasoduto Sudeste-Nordeste, que culminou na celebração do contrato de empréstimo externo, formalizando a captação de recursos pelo BNDES, no valor de US$ 750 milhões. Nos anos seguintes foram assinados memorandos de entendimento e acordos de cooperação entre as instituições, que se comprometeram a buscar novas oportunidades de cooperação em projetos com potencial de interesse mútuo dos países.