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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:13:32 01/10/2018 |INFRAESTRUTURA |MEIO AMBIENTE

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

BNDES anuncia R$ 2,2 bi para apoiar investimentos em energias renováveis

Foi realizada na última quinta-feira, 27, a cerimônia de lançamento de lançamento da linha BNDES Finame Energia Renovável, que vai disponibilizar R$ 2 bilhões para o financiamento de investimentos em energias renováveis. No evento, realizado na sede do BNDES no Rio de Janeiro e que contou com a presença do presidente da República, Michel Temer, também foram anunciados R$ 228 milhões em recursos extras para novos financiamentos no programa Fundo Clima - Subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes.

Além de Temer, participaram da cerimônia o presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, os ministros Esteves Colnago (Planejamento), Edson Duarte (Meio Ambiente) e Wellington Moreira Franco (Minas e Energia), o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, e o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella.

 Autoridades

Fontes alternativas – O presidente do BNDES, Dyogo Oliveira, ressaltou que o Brasil já tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e que o país tem avançado nesse sentido, inclusive com a assinatura de acordos internacionais, como o Acordo de Paris, em 2016. Lembrou que, em meados da década passada, matriz brasileira baseava-se em fontes hidrelétricas e térmicas, mas que, em 2017, as fontes de biomassa, éolica e solar já representavam 18% da matriz. No ano passado, só a fonte eólica correspondeu a 13GW da nossa capacidade de geração instalada, o equivalente a uma Usina de Itaipu.

“O BNDES teve um papel fundamental nessa história: foi o primeiro banco a financiar projetos de energia eólica e a criar um programa de desenvolvimento para essa indústria e sua cadeia produtiva”, afirmou o presidente do BNDES. “Hoje, o Brasil tem capacidade plena para produzir geradores, torres, pás, tudo o que é necessário para fazer uma instalação de geração de energia eólica”, observou.

Dyogo também destacou que, como um dos países que mais recebe insolação no planeta, o país tem potencial para avançar rapidamente na produção solar de energia. "O grande impulso que demos para a geração de energia eólica será repetido com a solar, inclusive do ponto de vista do adensamento de sua cadeia produtiva".

 Dyogo Oliveira, presidente do BNDES

Veja mais imagens da cerimônia de lançamento na Galeria de Fotos

 

Em 2017, a energia solar respondeu por apenas 1% da matriz de energia elétrica brasileira. Em 2026, estima-se que essa participação seja de 5%, saltando de 1GW para 10GW e diversificando ainda mais a matriz do país.

Finame Energia Renovável – Já em operação, a linha BNDES Finame Energia Renovável permite que condomínios, empresas, cooperativas, produtores rurais e pessoas físicas adquiriam equipamentos como sistemas de geração de energia solar de até 375 kW, de energia eólica de até 100 kW e de aquecimento de água por meio de placas coletoras solares.

Os equipamentos devem estar habilitados na base do BNDES, que exige que sejam novos, nacionais e cumpram requisitos de conteúdo local. Essa exigência visa a fortalecer a indústria, mão de obra e serviços nacionais; promover o fortalecimento da cadeia produtiva nacional; e facilitar a difusão e a incorporação de conhecimento técnico pela cadeia de fornecedores e seus elos.

Os clientes podem financiar – por meio de bancos privados, públicos e agências de fomento – até 100% do total a ser aplicado nos equipamentos, com prazos de pagamento de até 120 meses e carência de até 24 meses.

O financiamento pode ser corrigido por TLP, Selic ou Taxa Fixa do BNDES, sendo esta última aplicável apenas às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs). O custo final inclui a remuneração do BNDES — de 1,05% ao ano — e a do agente financeiro. Considerando o spread médio dos repassadores de crédito no BNDES Finame a taxa final é de, aproximadamente, 1,3% ao mês às MPMEs.

"O grande impulso que demos para a geração de energia eólica será repetido com a solar, inclusive do ponto de vista do adensamento de sua cadeia produtiva" Dyogo Oliveira

Além de contribuir para o meio ambiente, por se tratar de geração de energia limpa, os consumidores poderão reduzir seus gastos com a conta de luz e, dependendo da região, trocar o excedente por créditos a serem utilizados futuramente. A geração distribuída reduz o risco de interrupção do fornecimento de energia, dado que a multiplicação dos pontos de geração provê maior segurança ao sistema.

Fundo Clima – Lançado em junho deste ano, o Fundo Clima – Subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes visa financiar investimentos em sistemas fotovoltaicos, permitindo o acesso inclusive de pessoas físicas. Em menos de dois meses, teve cerca de R$ 80 milhões em operações de crédito aprovadas.

O novo aporte de R$ 228 milhões vai possibilitar a reabertura do Fundo Clima para novos pedidos de financiamento. Além de sistemas fotovoltaicos, a linha pode financiar aerogeradores de pequeno porte, geradores de energia a biogás e inversores de frequência.

Os financiamentos do Fundo Clima devem ser feitos por intermédio de bancos públicos e a taxa de juros é de até 4,5% ao ano, com prazo máximo de até 12 anos.

 

Vídeo: Dyogo comenta lançamento de linhas para energia renovável