BNDES - Agência de Notícias

• Para o setor industrial, foram destinados R$ 14 bi ao estado no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB)
  
  
• Duplicação da BR-163, principal corredor logístico do estado, é um dos projetos apoiados pelo Banco
  
  
• Obras para ampliar a produção de biocombustíveis, de fontes renováveis e da infraestrutura de distribuição e transmissão de energia são outros projetos financiados 

Responsável por 30% da produção agrícola do Brasil e com uma população de 3,7 milhões de pessoas, Mato Grosso teve um volume de crédito aprovado pelo BNDES de R$ 29 bilhões, entre janeiro de 2023 e abril de 2025. Só para indústria, no âmbito da Nova Indústria Brasil (NIB), política de desenvolvimento industrial do governo Lula, foram destinados R$ 14 bilhões ao estado.

Os dados foram apresentados pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, durante cerimônia de lançamento do programa Solo Vivo, na cidade de Campo Verde, em Mato Grosso, neste sábado, 24. O evento contou com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva, dos ministros Carlos Favaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Marcio Macedo (Secretaria-Geral da Presidência) e do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes.

Em seu discurso, o presidente Lula destacou o papel do BNDES no financiamento para duplicação da principal rodovia do Estado, a BR-163, corredor logístico responsável por transportar mais de 20% da exportação agrícola do país. "O BNDES anuncia investimento para a BR-163, que vai ser construída pelo governo do Estado. Hoje, o BNDES é um banco exemplar no mundo inteiro, a sua taxa de inadimplência é de 0,001%", afirmou Lula.

O presidente também destacou o papel do banco na retomada da economia. "O BNDES voltou a ser um banco de investimento para ajudar no desenvolvimento da indústria, do agronegócio e das exportações brasileiras, porque é para isso que o BNDES existe e é por isso que o BNDES é grande e respeitado no mundo", disse Lula.

O Banco aprovou apoio financeiro no valor de R$ 5,05 bilhões para a Concessionária Nova Rota do Oeste duplicar 444 km da BR-163. Na operação, o BNDES subscreveu R$ 4,575 bilhões em debêntures e aprovou financiamento no valor de R$ 475 milhões, por meio do BNDES Finem. A oferta de debêntures foi coordenada pelo BNDES com o BNP Paribas, que também investiu na emissão. O projeto de duplicação desse trecho da rodovia, além da implementação de melhorias, tem investimento total de R$ 9 bilhões.

Foto: Clevton Donini - BNDES

Mercadante destacou a importância da obra. "Nesta rodovia, circulam US$ 33 bilhões em mercadorias por ano. Em parceria com o governo do estado, encontramos uma solução que vai diminuir o tempo de viagem em 1h30, vai trazer muito mais segurança, muito mais produtividade para escoar a produção, vai gerar mais emprego, qualidade de vida e melhorias para o estado. Isso só foi possível porque o presidente Lula determinou que o BNDES trabalhasse de forma republicana, com qualquer prefeito e governador. É o que queremos, trabalhar para o Brasil melhorar", disse Mercadante.

Em Mato Grosso, o BNDES está presente em outros projetos rodoviários no estado, como as rodovias MT-100, a MT-246 e MT-130.  “Além disso, para agricultura, o banco aprovou neste primeiro semestre de 2025 um total de R$ 1,76 bilhão de crédito, contra R$ 200 milhões no mesmo período do último ano do governo anterior. Ninguém fez mais que o governo Lula para desenvolver a agricultura desse estado", afirma Mercadante.

Indústria e infraestrutura - O presidente do BNDES também destacou operações do Banco para indústria e para infraestrutura. Em 2025, Mato Grosso vai produzir, só na chamada "segunda safrinha", cerca de 133 milhões toneladas de milho, um volume recorde.  "Uma das razões para esse resultado é o crédito agrícola, a outra é a agroindústria. Desde 2023, o banco aprovou operações de crédito para quatro usinas de biocombustíveis. "À medida que temos uma indústria em Mato Grosso, estamos gerando valor agregado, recolhendo mais imposto, gerando mais empregos e estabilizando a vida do produtor rural", explicou Mercadante.

No setor de energia, o Banco aprovou operações de crédito que somam R$ 11 bilhões e incluem investimentos para implantação de 22 usinas fotovoltaicas, para melhoria dos serviços de distribuição de energia e para construção de duas linhas de transmissão, com extensão de 1,3 mil quilômetros. "Temos feito um esforço muito grande para desenvolver toda a infraestrutura", disse o presidente do BNDES.