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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de notícias

Publicação:18:47 07/02/2023 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Aloizio Mercadante toma posse e anuncia o BNDES do futuro

“Nós estamos aqui não para debater o BNDES do passado, mas para construir o BNDES do futuro, que será verde, inclusivo, tecnológico, digital e industrializante”, anunciou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em seu discurso de posse, nesta segunda, 6, no Rio. Além de detalhar a agenda atuação econômica do Banco para o futuro, o presidente apresentou um programa de mudanças internas na instituição.

Mercadante reafirmou o compromisso com a igualdade de gênero e raça, que farão parte, inclusive, da estratégia de negócios do BNDES. “Seremos promotores de uma sociedade mais justa e inclusiva por meio das nossas linhas de crédito e das ações de fomento que empoderem economicamente os negros e negras deste país”, declarou. O dirigente enfatizou o comprometimento em estabelecer ambiente de trabalho livre de assédios e revelou que o Banco planeja a retomada de concursos públicos –  desta vez, estabelecendo cotas a exemplo das utilizadas no acesso às universidades públicas brasileiras.

O presidente anunciou que está em desenvolvimento, sob a coordenação da ministra Anielle Franco, o museu sobre a história da escravidão no Brasil, que ficará localizado no Valongo (na região portuária da cidade do Rio de Janeiro), que foi a porta de entrada que recebeu mais escravos africanos em todo o mundo.

Exportações - Entre os destaques, o presidente afirmou que o BNDES trabalhará para ampliar as exportações brasileiras com bens industriais de alto valor agregado, fortalecendo o desenvolvimento de uma indústria mais digital, mais limpa, circular, mais inovadora e descarbonizada. “Noventa e oito por cento do mercado mundial está fora do Brasil.  Para serem competitivas, as empresas brasileiras precisam exportar, como tem defendido também o Ministro Alckmin, ganhar escala e se integrar às cadeias globais de valor. O BNDES deve apoiar o pré-embarque e o pós-embarque das exportações de bens e produtos. Na verdade, Presidente, nós estamos desenvolvendo um projeto para a constituição de um Eximbank no BNDES a exemplo do que já existe nas principais economias do mundo”, disse Mercadante.

Aloizio Mercadante enfatizou também que o Banco apoiará as micro, pequenas e médias empresas, maiores geradoras de emprego e renda do país, com vistas a um impulso tecnológico. Serão R$ 65 bilhões em crédito indireto para MPMEs, cooperativas de crédito e economia solidária, além da oferta de garantias para impulsionar ainda mais crédito privado. Entretanto, o presidente do BNDES aponta a necessidade de estabelecer uma parceria com o Congresso Nacional para debater e ajustar a Taxa de Longo Prazo do BNDES (TLP), de modo a torná-la mais competitiva, sobretudo, para as micro, pequenas e médias empresas. “Atualmente, a TLP apresenta enorme volatilidade e representa um custo financeiro acima do custo da dívida pública federal, o que penaliza de forma desnecessária as micro, pequenas e médias empresas”, ressaltou Mercadante.

Outro ponto importante do discurso de Aloizio Mercadante diz respeito à infraestrutura que, segundo pontuou, apresenta um “hiato de investimentos da ordem de R$ 226 bilhões, ou seja, 2,6% do PIB, ao ano”. O presidente afirmou que o BNDES precisará de parcerias com o sistema financeiro privado, que poderá contribuir com redução de riscos, abertura de novos mercados, alongar prazos e elaborar bons projetos de investimentos. “O investimento privado em infraestrutura, que foi, de R$ 131 bilhões em 2022, precisará ser alavancado fortemente com o suporte do BNDES”, alertou.

O BNDES vai trabalhar para uma transição justa a uma economia de baixo carbono, que enfrente a catástrofe ambiental e a tragédia social do país.  Segundo Mercadante, o BNDES do futuro irá liderar pelo exemplo, será mais presente, atuante e parceiro do sistema financeiro privado, além de mais diverso, plural e inclusivo.

Em seus discursos, o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin destacaram a importância do BNDES na promoção do desenvolvimento do país, na geração de empregos e redução das desigualdades e da pobreza. O presidente Lula fez uma defesa veemente da instituição e reiterou que tem “muita fé” no presidente Aloizio Mercadante e que ele fará um bom trabalho à frente da instituição.

O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin ressaltou a volta da ciência e das pesquisas em biotecnologias, entre elas o hidrogênio verde, e afirmou que com um EximBank, um banco financiador de exportações, e com a economia verde, o Brasil é futuro do desenvolvimento e, citando a encíclica Populorum Progressio (1967), do Papa Paulo VI, disse que “desenvolvimento é o novo nome da Paz”.

Ao final de seu discurso, o presidente Lula recomendou que o BNDES “não tenha medo de emprestar pra quem precisa e tem capacidade de endividamento” e conclamou: “É hora de colocar a mão na massa pra economia voltar a crescer”.

Veja a íntegra do discurso de Mercadante aqui:

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/imprensa/noticias/conteudo/discurso-de-posse-do-presidente-do-banco-aloizio-mercadante