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Publicação destaca o bioetanol como alternativa rápida e barata para reduzir emissões

 

Editada pelo BNDES em parceria com o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) e os ministérios das Relações Exteriores (MRE), de Minas e Energia (MME) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a publicação “Bioethanol: fast track to mobility decarbonization – Summary for policy makers” é um resumo do livro de mesmo nome, que tem previsão de lançamento no início de 2025 e reunirá autores e especialistas da academia, do setor privado e do governo brasileiro para detalhar os atributos tecnológicos, socioeconômicos e ambientais do bioetanol.

 

O resumo antecipa as discussões que estarão contidas no livro (que contará com versões em português e em inglês) e busca fornecer dados técnicos e científicos para subsidiar formuladores de políticas na proposição de um caminho tecnológico que possa ajudar o mundo a alcançar transições de energia rápidas, acessíveis, inclusivas e renováveis.

 

O setor de transportes é responsável por 20% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionadas à energia e a maior parte dessas emissões vem do transporte rodoviário, o que torna a descarbonização do setor um dos principais desafios da agenda ambiental. Com produção cada vez mais sustentável e grande potencial de redução de emissões, o bioetanol possui uma das menores pegadas de carbono do mundo, com capacidade de reduzir as emissões em até 90% quando comparado à gasolina. É também uma tecnologia drop-in que pode ser implementada com relativa rapidez, usando a infraestrutura existente.

 

Hoje, mais de 70 países já promovem a mistura de diferentes porcentagens de etanol na gasolina. Alguns, principalmente a Índia, estão aumentando os níveis de mistura para reduzir as emissões e melhorar a qualidade do ar. No Brasil, a gasolina contém 27% de etanol, e o nível de mistura deve chegar a 30%. Além disso, o desenvolvimento de motores flex-fuel permitiu o uso de bioetanol puro (E100). 85% da frota brasileira, o equivalente a 33,7 milhões de carros, pode usar tanto bioetanol puro quanto gasolina misturada ao bioetanol.

 

Os biocombustíveis sustentáveis também serão essenciais para a redução das emissões de longo prazo nos setores de aviação e marítimo, bem como para a produção e transporte de hidrogênio. Conforme estimado pela Agência Internacional de Energia (IEA), a expansão do mercado global de biocombustíveis é inevitável para o alcance das metas globais de emissões líquidas zero, como uma solução viável, imediata e complementar.

 

A transição para uma economia sustentável de baixo carbono em todo o mundo deve ser um processo inclusivo que considere a necessidade de criação de empregos, respeite a diversidade e contribua para o desenvolvimento social. Ao mesmo tempo, deve ser uma oportunidade para o desenvolvimento de novas indústrias, por meio de inovações tecnológicas e atração de investimentos. A criação dessas oportunidades, particularmente nos países em desenvolvimento, contribuirá para a redução das desigualdades globais.

 

A experiência brasileira demonstra como a bioenergia é uma solução sustentável, de baixo custo e competitiva para os esforços de descarbonização. O Brasil acredita firmemente que a produção e o uso de biocombustíveis sustentáveis representam uma grande contribuição do Sul Global para as transições energéticas globais. A cooperação internacional – seja bilateral, regional ou multilateral – é uma ferramenta fundamental para alcançar todo o potencial dos biocombustíveis nos esforços globais de descarbonização e os diversos benefícios que os biocombustíveis podem trazer para uma gama diversificada de nações e comunidades.

 

A publicação destaca, portanto, que, por meio da cooperação entre especialistas, legisladores, reguladores e representantes da indústria, os países podem aprender com as experiências e melhores práticas uns dos outros e melhorar a regulamentação, a política, a produção, a eficiência e a sustentabilidade, contribuindo assim para um mercado estável de biocombustíveis, tanto nacional quanto internacionalmente.

 

Este texto foi adaptado da introdução da publicação “Bioethanol: fast track to mobility decarbonization – Summary for policy makers”.

 

Acesse aqui a publicação

 

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