
O que é biodiversidade?
O que é biodiversidade?
Biodiversidade – ou diversidade biológica – se refere à variedade de vida no planeta, em todas suas formas. Ela engloba todas as espécies, com sua diversidade genética, e inclui dos organismos mais simples aos ecossistemas mais complexos.
Nós dependemos da biodiversidade não só para nossa saúde e bem-estar – água, alimentos, medicamentos – mas também para a estabilidade do clima e, ainda, para o crescimento econômico. Nossa sociedade, nossas economias e nossos sistemas financeiros estão integrados a essa diversidade biológica, de modo que sua prosperidade e resiliência dependem da saúde e da resiliência da própria natureza e biodiversidade.
A biodiversidade é resultado de bilhões de anos de evolução e da influência humana. A riqueza da biodiversidade terrestre é imensa e ainda há uma série de espécies da fauna e da flora que sequer foi descoberta.
De acordo com o Fórum Economico Mundial, a atividade humana já degradou um terço do solo global, destruiu mais de 85% das áreas úmidas e 50% dos recifes de corais do planeta. A maior parte da contribuição da natureza para a vida humana não é 100% substituível e, em parte, é realmente insubstituível.
Uma dos maiores riscos à humanidade dessa década, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial de 2020, é a perda da biodiversidade e o colapso dos ecossistemas. Precisamos fazer mais.
Biodiversidade brasileira
O Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, são mais de 116 mil espécies animais e mais de 46 mil espécies vegetais conhecidas, espalhadas por seis biomas terrestres e três grandes ecossistemas marinhos. Esses biomas abrigam mais de 20% do total de espécies do mundo, encontradas em terra e água.
Muitas das espécies brasileiras são nativas e diversas destas têm importância econômica mundial, como o abacaxi, o amendoim, a castanha do Pará, a mandioca, o caju e a carnaúba.
O Brasil abriga ainda uma rica sociobiodiversidade. De acordo com o MMA, são mais de 200 povos indígenas e diversas comunidades, como quilombolas, ribeirinhos, caiçaras e seringueiros, entre outros com conhecimento tradicional fundamental para a conservação da biodiversidade e cujas culturas têm como elemento essencial o convívio harmônico com a natureza.
A biodiversidade do Brasil não se resume à Amazônia.
Dois dos seis biomas terrestres brasileiros abrigam ecossistemas considerados hotspots de biodiversidade: Mata Atlântica e Cerrado. O Brasil tem ainda o maior trecho contínuo de manguezais do mundo – 1,3 milhão de hectares – e os maiores ambientes de recife do Atlântico Sul Ocidental, distribuídos ao longo de 3 mil km da costa do nordeste do país.
Por que precisamos falar sobre biodiversidade?
A natureza está em crise. Segundo relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês), os fatores que afetam direta ou indiretamente essa degradação se aceleraram nos últimos cinquenta anos: mudanças no uso da terra e dos oceanos, exploração direta de organismos, mudanças climáticas, poluição e invasão de espécies exóticas. Esses fatores são causados por outros que, por sua vez, estão relacionados ao comportamento humano como modelos de consumo e produção, dinâmicas e tendências populacionais, comércio e inovações tecnológicas.
Além de riscos diretos para a saúde e sobrevivência humana, a Taskforce for Nature Financial Disclosure (TNFD) aponta que essa situação cria riscos para as empresas, para os fornecedores de capital, para os sistemas financeiros e para as economias – riscos que vêm aumentando em gravidade e frequência.
A relevância da biodiversidade na economia pode ser percebida no peso da disponibilidade de água para a maioria das atividades, da qualidade do ar para processos não só produtivos, da existência de espécies vivas para a bioeconomia, de onde se extrai a maioria dos insumos, entre outras inúmeras evidências.
No entanto, como já apontado, é possível conservar, restaurar e utilizar a natureza de forma sustentável e, ao mesmo tempo, atingir outras metas da sociedade. Para tal, precisamos de esforços urgentes e orquestrados na direção de uma mudança transformadora.
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