Nova edição do BNDES Setorial traz análises sobre cinco setores
A edição 49 do periódico BNDES Setorial traz cinco novos artigos produzidos pelos analistas setoriais da instituição, abordando as áreas de economia criativa, aeroespaço e defesa, comércio exterior, complexo agroalimentar e petróleo e gás. A publicação contou com a participação de 14 autores do BNDES, além de um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Veja a seguir alguns destaques do livro:
- No artigo O mercado consumidor de animação no Brasil, os economistas Diego Nyko e Patricia Zendron apresentam uma estimativa do tamanho desse mercado no país, a partir de metodologia própria que considera os conteúdos de animação veiculados em TV paga, TV aberta, cinema, video on demand (VoD), games e aplicações corporativas. O valor encontrado pelos autores, de R$ 4,9 bilhões (para 2016), mostra que há uma demanda promissora para o crescimento da atividade no país.
- A Organização Mundial do Comércio (OMC) vem mediando o conflito entre as duas maiores empresas do setor aeronáutico mundial, Boeing e Airbus, representadas respectivamente por EUA e União Europeia. O tema é explorado em detalhes no artigo dos engenheiros Sérgio Varella e Nelson Tucci e do arquiteto João Alfredo Barcellos, todos da Área de Comércio Exterior do BNDES. O estudo A disputa comercial no setor aeronáutico: EUA/Boeing versus UE/Airbus na Organização Mundial do Comércio revela que, embora recorrente, o apoio governamental a programas de desenvolvimento de aeronaves é alvo de questionamentos de ambos os lados na OMC e que ainda não há uma solução no horizonte.
- A partir de uma ampla revisão do histórico brasileiro de apoio à exportação, em especial de serviços, artigo da economista Elydia Hirata e do contador Vladimir Matheus de Souza, ambos da Área de Comércio Exterior do BNDES, contribui para o debate sobre a atuação do Banco. Os autores mostram que os questionamentos sobre o apoio da instituição a esse tipo de exportação, por vezes, partem do princípio de fiscalização do custo dos insumos que compõem a exportação. Porém, toda a normatização brasileira sobre o tema aponta que o cumprimento do objetivo apoio ocorre pela ótica de país vendedor, cujo interesse é a realização da venda. O estudo Histórico do apoio público brasileiro às exportações, com ênfase na exportação de serviços apresenta de forma sistematizada o arcabouço legal brasileiro sobre o assunto, com foco nas definições e nas formas de comprovação trazidas por ele.
- A tilápia é a espécie mais produzida na aquicultura brasileira, porém ainda tem pouca inserção no mercado internacional. O artigo Potencial e barreiras para a exportação de carne de tilápias pelo Brasil procura analisar os fatores que afetam a competividade da tilápia brasileira, elaborando um diagnóstico de sua cadeia produtiva. A análise é fruto da colaboração entre os analistas da Área de Indústria e Serviços do BNDES Artur Yabe, Diego Duque e Guilherme Baptista, e o pesquisador em economia e gestão da inovação da Embrapa Pesca e Aquicultura Manoel Xavier Pedroza Filho.
- A produção de petróleo em terra no Brasil teve início na década de 1940 e somente a partir de 2003 passou a declinar. Hoje, campos terrestres já maduros e marginais dependem de investimento em técnicas de recuperação avançada de petróleo para desenvolver seu potencial produtivo. No artigo Produção de petróleo terrestre no Brasil, discute-se a possibilidade de recuperação desses campos por pequenas e médias empresas, os chamados produtores independentes de petróleo. Os autores André Pompeo, Cássio Teixeira, Marco Aurelio Rocio e Haroldo Fialho, da Área de Energia do BNDES, indicam que o investimento na revitalização desses ativos pode ser um caminho para impulsionar o desenvolvimento de diversos municípios brasileiros, em geral de baixa renda e baixo índice de desenvolvimento humano (IDH).
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