Estudo mostra impacto do BNDES na produtividade agropecuária

Estudo lançado pelo BNDES apresenta estimativas da efetividade dos financiamentos do Banco para investimentos em máquinas e equipamentos agrícolas. O trabalho informa que, desde 2017, a parcela de desembolsos do Banco para esse setor tem ficado acima de 20% do total, e que o crédito rural do BNDES responde por cerca de 55% do total de recursos destinados a investimento na agricultura do país nos últimos anos.

O RAE identifica que os financiamentos do Banco impactam positivamente na produtividade do setor, por meio do aumento da mecanização da lavoura.

É importante destacar, por exemplo, o caso da cana-de-açúcar, cuja mecanização da colheita suprime a necessidade de queimada para a realização dos cortes, resultando também na redução das emissões de CO₂ (ganho ambiental). Além disso, a qualificação da mão de obra diminui condições insalubres de trabalho e favorece atividades mais especializadas, como operar e manter o maquinário.

A dimensão ecológica tende a ser beneficiada pelo emprego de máquinas e equipamentos mais eficientes, com mais tecnologia embarcada e menos poluidoras. O suporte ao plantio direto e os equipamentos georreferenciados e controlados por computador, por exemplo, permitem o uso mais eficiente do maquinário, a racionalização de adubos e defensivos e a redução dos impactos no meio ambiente.

No que diz respeito ao uso da terra, os resultados do estudo indicam que a expansão da oferta de crédito rural para máquinas e equipamentos conduz à intensificação do uso da terra, com ampliação da área de lavoura e redução da área de pastagem, mantida a área total destinada à agropecuária.

Tomados em conjunto, esses resultados apontam um importante papel do crédito do BNDES para o aumento da produtividade do setor agropecuário a partir de incentivos à mecanização.

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