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BNDES - Agência de Notícias

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Blog do Desenvolvimento

Desempenho operacional do BNDES em 2023 é tema da 20ª edição dos Estudos especiais do BNDES

Edição n. 20/2024

 

Alinhado às políticas do Governo Federal, o BNDES tem buscado retomar um papel mais ativo no processo de financiamento do desenvolvimento. Assim, o ano de 2023 caracterizou-se por aumento sensível dos dados de consultas, aprovações e desembolsos em todos os setores. O estudo apresenta os principais destaques operacionais de 2023, tanto por recortes agregados quanto nas atuações mais específicas e características do BNDES.

Em 2023, as consultas ao BNDES atingiram R$ 271 bilhões, o que representa um crescimento de 88% em relação a 2022. Trata-se do maior valor de consulta dos últimos dez anos. As consultas apontam para a formação de uma carteira de projetos potenciais, que tende a se refletir, com algum espaçamento temporal, em elevação das aprovações e dos desembolsos. As aprovações atingiram R$ 175 bilhões (o maior valor desde 2015), uma alta de 32% em comparação a 2022. Já os desembolsos atingiram R$ 114 bilhões (o maior valor desde 2016), com crescimento de 17% vis-à-vis o ano de 2022.

 

Consultas, aprovações e desembolsos do BNDES (2018-2023)

Gráfico1 - Consultas, aprovações e desembolsos do BNDES (2018-2023)

Fonte: BNDES

 

É possível notar, primeiramente, que houve crescimento das aprovações em todos os setores de apoio do BNDES à economia. As aprovações para o setor Agropecuário atingiram R$ 41 bilhões, com alta de 53% em relação a 2022. O setor de Comércio e Serviços apresentou crescimento de 25%, com valores nominais aprovados que atingiram R$ 23 bilhões. A Indústria também teve um volume de aprovações significativo, superando o patamar dos R$ 30 bilhões. Outro destaque importante foram as aprovações para a Infraestrutura, que atingiram R$ 79 bilhões, traduzindo uma expansão de 23% relativamente ao ano anterior.

O BNDES também desempenhou papel bastante importante no atendimento às micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) em 2023. O apoio total cresceu 52% em 2023, atingindo R$ 107 bilhões, divididos entre R$ 63 bilhões em aprovações de financiamento e R$ 44 bilhões alavancados por meio dos fundos garantidores (FGI, FGI-PEAC, FGEnergia e PEAC Crédito Solidário ao RS).

 

Operando a taxas de mercado

O bom desempenho operacional do BNDES em 2023, com seus desembolsos atingindo R$ 114,4 bilhões, ocorreu, de forma majoritária, a taxas de mercado, com custo financeiro em TLP ou mesmo a Taxa Selic. A parcela do apoio financeiro do BNDES com recursos incentivados foi inferior a 20% dos desembolsos totais (R$ 21,2 bilhões), sendo majoritariamente composta por liberações do Plano Safra 2023/24, em que o BNDES é um executor da política pública do Governo Federal em operações de repasse (operações indiretas) via agentes financeiros credenciados. Cerca de 81% dos desembolsos (totalizando R$ 93,1 bilhões) do BNDES ocorreram a taxas de mercado.

É importante salientar que a recuperação do desempenho operacional do BNDES não tem como objetivo uma volta ao passado. O novo Banco tem a intenção de elevar seu volume de desembolsos proporcionalmente ao Produto Interno Bruto (PIB), com transparência e mensuração de impacto, visando tão somente atingir sua média histórica de longo prazo – entre 1995 e 2013 –, que gira em torno de 2% do PIB, como mostra o gráfico abaixo.

 

Desembolsos do PIB (% do PIB)

Gráfico 2 - Desembolsos do PIB (% do PIB)

Fonte: BNDES

 

A retomada da atuação histórica do BNDES traz grandes desafios, particularmente em relação a suas fontes de funding. É importante que a instituição não apenas preserve suas fontes tradicionais, como o FAT, precavendo-se das possíveis alocações de despesas que estão originalmente fora do escopo de atuação do fundo, como também busque fontes alternativas de captação. Recursos advindos de fundos públicos e da possibilidade da emissão de um instrumento incentivado de renda fixa de mercado (Letras de Crédito do Desenvolvimento – LCDs) serão importantes, assim como a retomada das captações internacionais. O BNDES do futuro deverá aliar um volume maior de operações com a efetividade de sua atuação, sempre atento a temas relevantes para a economia brasileira, como inovação, enfrentamento da transição climática, transformação digital, infraestrutura, neoindustrialização e competitividade externa.

 

>> Acesse o estudo completo aqui

 

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