BNDES lança documento com estratégia climática para uma transição justa
No momento em que ocorre a 27ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP), no Egito, que busca avanços na implementação do Acordo de Paris, o BNDES lança o documento “Clima e desenvolvimento – a contribuição do BNDES para uma transição justa”. Nele, o Banco apresenta seu progresso na agenda climática e assume importantes compromissos para um futuro neutro em carbono, reforçando seu apoio ao Brasil na transição justa para a neutralidade do país.
Contribuições do BNDES para alinhar clima e desenvolvimento
O Banco apoia projetos que evitam a emissão de gases de efeito estufa (GEE) em diversos setores da economia. Somente nos setores de energia, mobilidade urbana, florestas, biocombustíveis, iluminação pública, resíduos sólidos e transportes, para os quais já há metodologia de cálculo, a previsão é de que os projetos aprovados desde 2015 estejam contribuindo para evitar a emissão de 86,6 milhões de toneladas de CO2e ao longo de suas vidas úteis, o que equivale a 32 anos das emissões da frota de carros da cidade de São Paulo (SP).
Setores |
Toneladas de CO2e evitadas por projetos apoiados pelo BNDES* |
Que equivalem a: |
Energia renovável |
76,2 milhões |
Produzir a energia consumida no estado do Rio de Janeiro por 27 anos |
Mobilidade urbana |
7,9 milhões |
Três anos sem carros na cidade de São Paulo (SP) |
Florestas nativas |
499 mil |
Plantar 3.133 campos de futebol |
Biocombustíveis |
624 mil |
85 dias sem carros na cidade de São Paulo (SP) |
Iluminação Pública |
279 mil |
Produzir a energia consumida no estado do Rio de Janeiro por 36 dias |
Resíduos Sólidos |
725 mil |
Plantar 5.328 campos de futebol |
Transporte (ferrovias e hidrovias) |
408 mil |
55 dias sem carros na cidade de São Paulo (SP) |
Total dos sete setores |
86,6 milhões |
32 anos sem carros na cidade de São Paulo (SP)** |
* Emissões totais que serão evitadas pelos projetos desses setores ao longo de suas vidas úteis. São considerados projetos de financiamento aprovados pelo BNDES entre janeiro de 2015 e o segundo trimestre de 2022, além de projetos estruturados pelo BNDES cujo leilão aconteceu no mesmo período.
** Cálculo realizado considerando tCO2e emitidas pela frota da cidade de São Paulo (SP) em um dia típico do ano de 2015.
Estratégia de neutralidade justa do BNDES
Apesar de todo o esforço que vem sendo feito, ainda há muito trabalho pela frente para que o país possa promover a mitigação necessária ao cumprimento das metas de suas contribuições nacionalmente definidas (NDC, na sigla em inglês) e se adaptar aos efeitos adversos das mudanças climáticas. Por isso, o BNDES acredita que a questão climática deve perpassar todas as suas ações e ser incorporada à abordagem de desenvolvimento nacional, de forma que seja possível dar passos concretos na promoção de uma transição verdadeiramente justa para a economia brasileira.
Nesse contexto, além de ajustar seu propósito, missão e visão para reforçar o compromisso com o desenvolvimento sustentável, o Banco incorporou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU) a seu planejamento estratégico e aderiu ao Pacto Global da ONU, comprometendo-se com seus dez princípios universais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e corrupção, e contribuindo para a implementação dessa agenda no Brasil.
A estratégia climática definida no planejamento estratégico do BNDES engloba objetivos e premissas, além de compromissos globais de neutralidade, estratégias transversais e setoriais de mitigação e estratégia de adaptação.
Compromissos globais de neutralidade do BNDES:
I) Neutralidade em carbono até 2050;
II) Neutralização das emissões nos escopos 1, 2 e as relacionadas a viagens a negócios e deslocamento de funcionários (casa-trabalho) a partir de 2025;
III) Finalização do inventário das emissões financiadas do escopo 3 para as demais carteiras do BNDES em 2023;
IV) Definição, em 2023, de metas de neutralidade para as carteiras de crédito direto, indireto e renda variável;
V) Definição, em 2023, de metas de engajamento para acelerar a transição dos seus clientes para a neutralidade em carbono; e
VI) Incorporação, em 2023, da contabilização de carbono nos processos de aprovação de apoio a novos projetos.
Para saber mais sobre a estratégia climática do BNDES, o portfólio de soluções que dá suporte à implementação dessa estratégia, além da contribuição do Banco para iniciativas setoriais de mitigação e ações de adaptação, acesse o documento Clima e desenvolvimento – a contribuição do BNDES para uma transição justa.
Conteúdos relacionados
Infográfico: como funcionam os mercados de carbono?
Clima é tema de nova newsletter do BNDES
Neutralidade de carbono: caminhos para o setor de energia
Financiando o desenvolvimento sustentável: o papel dos bancos de desenvolvimento
Sustentabilidade: infográfico apresenta uma breve história do conceito