Atividade econômica do início de 2024 surpreende positivamente e mostra resiliência
Edição n. 21/2024
A exemplo dos últimos anos, que correspondem basicamente ao pós-pandemia, a atividade econômica iniciou 2024 surpreendendo positivamente e mostrando resiliência. Diversas instituições, tanto do setor público quanto do privado, já revisaram suas estimativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para números próximos a 2,0%. A mediana de mercado do Relatório Focus, do Banco Central do Brasil (BCB), que havia iniciado o ano em 1,5%, já está em 2,02%.
Tabela 1: Projeção de algumas casas para o PIB em 2024 (var.% a.a.)
Fonte: BNDES, BCB/Focus, Bradesco, Itaú, Santander, MF/SPE, Ipea e BCB/RTI.
Gráfico 1: Projeção de mercado (mediana do Relatório Focus) para o PIB de 2024 (var.% a.a.)
Fonte: BCB. Relatório Focus, 19 de abril de 2024.
Apesar de ser menor do que em 2023, a composição do crescimento projetado para 2024 deverá ser de melhor qualidade do que a observada no ano anterior, quando houve grande influência de fatores exógenos.
Diversos são os fatores que estão contribuindo para a economia nesse início de ano:
- Pagamento de precatórios de R$ 93,1 bilhões no fim de 2023, e pagamento de boa parte dos precatórios de 2024 no primeiro bimestre do ano;
- Antecipação de pagamento de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para o primeiro semestre;
- Mercado de trabalho aquecido;
- Melhoria das condições de crédito para pessoa física (PF);
- Continuidade do ciclo de afrouxamento monetário e aumento do financiamento corporativo; e
- Retomada da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) (alta da produção e da importação de bens de capital e alta da produção de ônibus e caminhões).
De forma preliminar, as estimativas apontam uma trajetória da atividade econômica em 2024 muito semelhante à ocorrida em 2023, com um primeiro semestre dinâmico e um segundo semestre em desaceleração. Com esse cenário em perspectiva, espera-se que a economia tenha um crescimento de 0,7% na margem no primeiro trimestre (com ajuste sazonal) e 2,2% do PIB em 2024.
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