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BNDES - Agência de Notícias

02:25 10 de October de 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:16:18 21/08/2024 |AGRICULTURA |MEIO AMBIENTE |NORDESTE

Ultima atualização: 16:12 22/08/2024

Vinícius Martins - Divulgação / BNDES

BNDES e Governo do Ceará assinam contrato do Sertão Vivo

  • Recursos beneficiarão 63 mil famílias de pequenos agricultores do estado, em 72 municípios com vulnerabilidade social, climática, hídrica ou alimentar

  • Com nove operações previstas para todo o Nordeste, iniciativa deve contemplar quase 500 mil famílias (cerca de 2 milhões de pessoas)

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Governo do Ceará assinaram nesta quarta-feira, 21, o contrato da iniciativa Sertão Vivo, no valor de R$ 251,6 milhões, para melhorar o acesso à água na produção rural e implantar Sistemas Produtivos Resilientes ao Clima em 72 municípios cearenses com incidência de vulnerabilidade social, climática, hídrica ou alimentar.

A estimativa é de que 63 mil famílias de agricultores familiares (cerca de 250 mil pessoas) dessas localidades sejam beneficiadas com a iniciativa. O Sertão Vivo é uma parceria do BNDES com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), da Organização das Nações Unidas (ONU), para projetos no semiárido nordestino. No total, serão destinados R$ 1,8 bilhão para municípios de todos os estados do Nordeste, beneficiando cerca de 2 mil pessoas. O contrato do Ceará foi tratado durante reunião da diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, com o governador do Estado, Elmano de Freitas, nesta quarta-feira, na sede do Banco, no Rio de Janeiro.

Os recursos para o projeto são compostos de uma parcela de recursos reembolsáveis (financiamento) e outra não reembolsável (sem pagamento). No Ceará, do total aprovado pela iniciativa Sertão Vivo, R$ 212 milhões são em forma de financiamento ao Estado, e os R$ 39,6 milhões restantes não precisão ser pagos. Os recursos permitirão implantar sistemas de produção aderentes ao clima — como quintais produtivos e sistemas agroflorestais com espécies nativas da caatinga, adaptadas ao semiárido — e construir reservatórios de água para uso na lavoura, como cisternas-calçadão, barreiros trincheira e barragens subterrâneas.

“Esse é um momento superimportante, em que assinamos o contrato do Sertão Vivo com o Ceará, o primeiro dos nove estados do Nordeste a assinar um contrato. São R$ 250 milhões, chegando a 250 mil pessoas no rural cearense. Um projeto que vai ser referência também para o mundo, gerando resiliência climática, aumentando a produção de alimentos, enfrentando a pobreza, enfrentando a crise climática”, afirmou a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello.

“Eu queria muito agradecer ao BNDES, primeiro pelo edital para todos os estados do Nordeste, ajudando todas as agricultoras e agricultores familiares para que a gente possa cada vez mais desenvolver práticas de convivência com o semiárido, aumentando a renda e as oportunidades para o nosso povo”, disse o governador do Ceará, Elmano de Freitas.

As ações estão alinhadas às diretrizes do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027 do estado e ao seu planejamento de longo prazo (Ceará 2050), que, em seus eixos e programas, enfatizam a redução da pobreza rural, o acesso à água, a elevação do padrão de vida dos agricultores familiares, a inclusão socioeconômica e a sustentabilidade ambiental.



Capa_SVFoto: Vinícius Martins - BNDES / Divulgação