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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:18:47 18/12/2019 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 12:11 19/12/2019

André Telles/BNDES

BNDES apresenta plano trienal para apoiar transformação do país e melhorar vida dos brasileiros

  • Plano completa entrega das cinco metas anunciadas pelo presidente Gustavo Montezano em sua posse, há cinco meses

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou nesta quarta-feira, 18, seu plano trienal para o período 2020-2022. Elaborado para apoiar a transformação da sociedade e a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros, o plano completa a entrega das metas anunciadas pelo presidente da instituição, Gustavo Montezano, em sua posse, no dia 16 de julho, e cumpridas já nos primeiros cinco meses de gestão.

Na avaliação de Montezano, o Banco está pronto para a sociedade. “Não faltarão recursos para bons projetos: o BNDES é o banco mais preparado para entregá-los”, afirmou. “Vamos fazê-los”.

Ao assumir o cargo, o presidente se comprometeu publicamente a cumprir cinco metas e elas foram integralmente cumpridas: ter um BNDES mais aberto à sociedade, acelerar a venda de participações societárias, pagar a dívida com o Tesouro, aumentar a qualidade da prestação de serviços ao Estado brasileiro e apresentar o plano trienal.

Plano trienal – Do plano trienal, Montezano destaca a forma como o BNDES mede seu desempenho. “Por razões históricas, o Banco media seu sucesso pelo desembolso ou lucro: era vincular o tamanho da instituição ao desenvolvimento que ela trazia ao Brasil”, ponderou. “Com a tecnologia avançando, o mercado de capitais evoluindo, as políticas públicas mudando e a sociedade cada vez mais conectada e mais próxima, era preciso mudar isso. Hoje, nossa medição de sucesso é o impacto na vida do cidadão: o que importa é quantas pessoas têm acesso ao saneamento, quantas crianças estão na escola, qual a produtividade do País, qual o preço do gás que temos, qual a preservação das nossas florestas”.

De acordo com o superintendente da Área de Planejamento Estratégico do BNDES, Pedro Iootyy, o plano trienal foi construído com alto envolvimento da casa. “Foi um processo amplamente participativo, com ampla escuta da sociedade, conselheiros e clientes, e alinhamento constante com as políticas dos ministérios”, assegurou.

Conforme explicou a gerente Lavínia Barros de Castro (AP/DEPLAN/GELP), o trabalho começou pelos diagnósticos setoriais, “para entender quais as grandes agendas que precisavam ser destravadas para impulsionar os investimentos, em quais delas faz sentido a presença do BNDES e o que precisamos fazer internamente para destravar os investimentos, como, por exemplo, flexibilizar condições e fluxo de amortização, rever garantias, oferecer produtos novos”. Foram feitas projeções de investimentos e levantadas as contribuições do Banco ao País para os próximos três anos.

Em pesquisa com a participação de 1.505 empregados (59% do quadro de funcionários do Banco), 27,2% apontam o emprego como o principal ponto pelo qual a sociedade deveria reconhecer a contribuição do BNDES ao País. Dos colaboradores ouvidos, 25% priorizaram a produtividade e a competitividade entre as cinco grandes agendas do Banco.

 

interna-tratada

 

Orientações estratégicas – Para o setor de infraestrutura, as orientações estratégicas são desenvolver e apoiar projetos para aumentar produtividade, ampliar acesso e promover infraestrutura integrada e sustentável, com destaque para os segmentos de saneamento, mobilidade urbana, logística, energia e petróleo e gás. A agenda também contempla a melhoria da qualidade e eficiência na prestação dos serviços de educação, saúde e segurança.

Na estrutura produtiva, a orientação é apoiar o aumento da produtividade, da competitividade e do emprego, integrando inovação, exportação, empreendedorismo e descarbonização. Aí estão incluídos segmentos como agroindústria, tecnologia da informação e comunicações, economia criativa, bens de capital, indústria automotiva, bens de consumo e serviços e indústria de base. No campo da difusão tecnológica e inovação, o plano trienal busca promover a transformação para a economia do conhecimento e sociedade digital. Outra grande agenda é ampliar o acesso de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) ao mercado de crédito e de capitais.

 

“Esse banco de serviços já está atuando como um hub de oportunidades para o Estado brasileiro”. (Gustavo Montezano)

 

Para a sustentabilidade, a orientação estratégica é promover a transição para uma economia resiliente e de baixo carbono e apoiar a proteção e recuperação de matas e florestas. O plano também contempla a modernização do Estado e desenvolvimento territorial, para promover a eficiência do setor público e reduzir as desigualdades regionais. Por fim, o Banco aposta na desestatização para melhorar a prestação de serviços públicos com a atração investidores privados, por meio de PPPs, concessões e privatizações.

Entregas – O plano estabelece metas de entregas à sociedade até 2022 em cada modalidade de atuação do BNDES. Como banco de serviços e fábrica de projetos, está prevista a estruturação de projetos que, futuramente, venham a dar acesso ao saneamento a 20 milhões de pessoas ainda não atendidas pelo sistema. No segmento de iluminação pública, a meta é estruturar projetos que, no futuro, levem um serviço mais eficiente a 14 milhões de pessoas. Em logística, a proposta é estruturar projetos que promovam gestão privada em portos públicos, abrangendo 30% das trocas comerciais nacionais, e extensão de rodovias concedidas em 20 mil quilômetros. Outras metas são a venda de 15 empresas estatais estaduais e outras 15 federais, além da estruturação de cinco fundos imobiliários.

 

plano-trienal-bndes-38Entregas de serviços e "fábrica de projetos" previstas até 2022. Confira as demais aqui

 

No apoio com a concessão de crédito, as entregas previstas incluem: aumento da potência instalada de energias renováveis em 2 GW; extensão de trechos implantados duplicados ou modernizados de estradas de ferro e de rodagem, em 2,5 mil e 5 mil km, respectivamente; atendimento da demanda de 1 milhão de usuários por dia útil por sistemas de mobilidade urbana de média e alta capacidade; ampliação do número de habitantes em domicílios com acesso às redes de água e esgoto em 900 mil e 5,5 milhões, respectivamente; novos acessos de serviços de banda larga fixa, beneficiando 8 milhões de pessoas, distribuídas por 2,5 milhões de domicílios; 1 milhão de alunos das educações básica e profissionalizante beneficiados por instrumentos financeiros criados pelo Banco; 150 unidades de saúde que atendem ao SUS construídas ou modernizadas; 20 projetos voltados à melhor eficiência dos serviços de segurança pública nos municípios mais violentos do País; 1,2 milhão de empregos indiretos gerados, mantidos ou ambos, em média, por ano; apoio a 450 mil MPMEs e pessoas físicas.

Sustentabilidade financeira – Em sua apresentação, o presidente Gustavo Montezano ressaltou ainda que o BNDES é “extremamente estável – possivelmente, um dos bancos mais estáveis do mundo”. “Desconheço outro com tamanha previsibilidade de resultados e cobertura de despesas”, afirmou.

A decomposição da média dos resultados financeiros do BNDES nos últimos dez anos comprova que a venda de parte da carteira de renda variável não afeta a sustentabilidade financeira da instituição, pois a lucratividade sem as operações de mercado de capitais (R$ 11,6 bilhões) é equivalente a cerca de cinco vezes a despesa administrativa do Banco (R$ 2,2 bilhões).

Numa estimativa baseada na atual carteira de crédito, a receita contratada total de spread no período de 2020 a 2027 é de R$ 40 bilhões, valor suficiente para que a carteira de crédito e as operações de tesouraria cubram quatro vezes a despesa administrativa do BNDES.

Outras metas – A primeira meta, “BNDES Aberto para a população brasileira”, marca uma mudança de cultura e de procedimento na instituição. Foi implementada por meio de uma série de ações, que incluíram o lançamento do hotsite aberto.bndes.gov.br para a prestação de esclarecimentos pela internet, além de entrevistas, notas à imprensa, campanha publicitária, consulta pública de dados abertos, colaboração com o Ministério Público Federal, entre outras.

Para vender parte da carteira da subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR), o Banco alterou regulamentos, passou a ver os riscos de outra forma e modificou a forma de mensurar o valor desses ativos. Segundo Montezano, em apenas três meses e meio, as mudanças já foram aprovadas pelo Conselho de Administração. Além disso, o BNDES deu mandato a um grupo de bancos para executar a oferta de ações da JBS, trabalha para contratar um sindicato de bancos buscando vender as ações ordinárias da Petrobras e precificou nesta terça-feira, 17, a primeira transação, envolvendo sua participação integral na Marfrig.

O compromisso de devolver R$ 126 bilhões ao Tesouro foi cumprido. Com a economia em juros em razão da antecipação do pagamento, o valor caiu para R$ 123 bilhões. Também foram pagos à União R$ 9,5 bi de dividendos, que não estavam integralmente previstos.

Como banco de serviços, o Banco voltou a protagonizar a cena da definição de política econômica nacional, liderando a conduzindo a agenda de PPPs, concessões e privatizações. “Quando a gente assumiu, o Banco tinha uma carteira de 48 projetos, 7 estatais e R$ 83 bilhões em Capex equivalente em seus mandatos; em quatro meses, isso virou R$ 191 bilhões em Capex, 20 estatais e 78 projetos, e mais 98 oportunidades foram mapeadas”, comparou Montezano. “Esse banco de serviços já está atuando como um hub de oportunidades para o Estado brasileiro”.

O compromisso de devolver R$ 126 bilhões ao Tesouro foi cumprido. Com a economia em juros em razão da antecipação do pagamento, o valor caiu para R$ 123 bilhões. Também foram pagos à União R$ 9,5 bi de dividendos, que não estavam integralmente previstos.

Como banco de serviços, o banco de fomento voltou a protagonizar a cena da definição de política econômica nacional, liderando a conduzindo a agenda de PPPs, concessões e privatizações. “Quando a gente assumiu, o BNDES tinha uma carteira de 48 projetos, sete estatais e R$ 83 bilhões em Capex-equivalente em seus mandatos; em quatro meses, isso virou R$ 191 bilhões em Capex, 20 estatais e 78 projetos, e mais 98 oportunidades foram mapeadas”, comparou Montezano. “Esse banco de serviços já está atuando como um hub de oportunidades para o Estado brasileiro”.

 

Confira a apresentação (ppt) do Plano Trienal 2020-2022

 

Assista à gravação da íntegra do evento