Começa a operar a linha 3 do VLT, que liga a Central ao Santos Dumont em apenas 18 minutos

● Novo trecho marca a conclusão do projeto de implantação do sistema, que contou com financiamento de R$ 746,5 mi do BNDES A linha 3 do sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) do Rio, que liga a...

● Novo trecho marca a conclusão do projeto de implantação do sistema, que contou com financiamento de R$ 746,5 mi do BNDES

 

A linha 3 do sistema de veículos leves sobre trilhos (VLT) do Rio, que liga a Central do Brasil ao Aeroporto Santos Dumont em apenas 18 minutos, iniciou no sábado, 26, às 12h, a operação com passageiros. A viagem inaugural do novo trecho foi feita no período da manhã, com a participação do prefeito Marcelo Crivella e do presidente da concessionária VLT Carioca, Márcio Hannas.

Com a linha 3, o sistema de bondes modernos consolida uma rede de 28 km de trilhos, 29 paradas e estações e 32 trens que circulam desde junho de 2016 no Centro e Região Portuária do Rio. O trecho integra o projeto de implantação do VLT na capital fluminense, que conta com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no valor de R$ 746,5 milhões, que corresponde a 42% do total investido na obra.

“Essa inauguração marca a conclusão do projeto, que começou a operar para os jogos olímpicos de 2016 e que hoje transporta mais de 87 mil passageiros por dia útil nas linhas 1 e 2, segundo dados de setembro de 2019”, ressalta o chefe do Departamento de Mobilidade Urbana do BNDES, Rafael Pimentel.

A concessionária estima que o novo trecho agregue mais de 30 mil passageiros ao sistema. “Além de conectar dois polos geradores de viagem – Central e aeroporto –, favorece também os usuários das outras linhas, porque reduz o intervalo entre as composições nos trechos em que as estações são atendidas por mais de uma linha, como por exemplo entre as estações Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont, da linha 1”, observa Rafael Pimentel.

O percurso da nova linha conta com 10 paradas, três delas novas: Cristiano Ottoni-Pequena África, Camerino-Rosas Negras e Santa Rita-Pretos Novos, as duas últimas na Avenida Marechal Floriano. Os nomes homenageiam ícones da cultura africana, batizados em consenso com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e organizações do movimento negro e sociedade civil.

As paradas Central e Cristiano Ottoni-Pequena África terão serviço compartilhado com a linha 2, enquanto as paradas Candelária, Sete de Setembro, Carioca, Cinelândia, Antônio Carlos e Santos Dumont atenderão às linhas 1 e 3. Nos trechos compartilhados, os intervalos entre os trens são de, aproximadamente, 3 minutos, como já ocorre na região da Rodoviária.

A linha 3 permite também novas conexões para os usuários do sistema. Próximo à parada Praça Cristiano Ottoni-Pequena África estão estações de trem e metrô (Central), além do terminal de ônibus Américo Fontenelle. Já a parada Camerino fica próxima a um dos acessos do metrô da Presidente Vargas.

O benefício de transferência entre linhas segue mantido no período de até 1 hora. É possível fazer a baldeação entre as três linhas ou no mesmo sentido nesse período. Só há nova cobrança em caso de mudança de sentido na mesma linha.

Como em outras áreas, o novo corredor do VLT reúne parte da história do Rio. Prédios como o Colégio Pedro II, o Palácio Itamaraty e o Centro Cultural Light, além da Igreja de Santa Rita, são algumas das atrações a serem visitadas ou apreciadas na viagem.

“A inauguração da linha 3 é fundamental para a consolidação de um importante projeto de mobilidade que já faz parte do cenário carioca”, afirma Marcio Hannas. “O VLT é um indutor de desenvolvimento e do turismo no Centro e Região Portuária, já que conta com vários equipamentos culturais no entorno de suas paradas e estações e faz conexão direta com todos os modais que chegam ao centro da cidade. O BNDES foi um parceiro fundamental para a realização e execução do projeto.”

 

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Foto: Divulgação VLT Carioca

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