COP28: Coalizão Verde deve mobilizar até US$ 20 bi para a Amazônia em 7 anos
Desenvolvimento sustentável é o foco da aliança, união inédita entre 17 bancos de fomento dos países da região, em parceria com BID, Banco Mundial e CAF União inédita entre o Banco Nacional de Desenvo...
- Desenvolvimento sustentável é o foco da aliança, união inédita entre 17 bancos de fomento dos países da região, em parceria com BID, Banco Mundial e CAF
União inédita entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e 16 bancos públicos de fomento dos países da bacia amazônica, em parceria com Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Mundial e Corporação Andina de Fomento (CAF) deve mobilizar entre US$ 10 e US$ 20 bilhões para negócios e iniciativas na região até 2030. Pioneira na promoção do reflorestamento e desenvolvimento sustentável na Amazônia, a aliança internacional terá seu Comitê Diretor presidido pelo BNDES. O anúncio ocorreu, nesta sexta-feira, 1º, em evento na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai.
“Essa colaboração técnica e financeira permite soluções regionais e mecanismos mais ágeis e abrangentes para encontrar alternativas sustentáveis, de um ponto de vista socioambiental, para a diversa e plural população amazônica, nas cidades e na floresta. Esse é um grande legado que a América Latina pode proporcionar para o mundo”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, que presidirá o Grupo pelos próximos dois anos.
O trabalho será organizado em quatro frentes: soluções inovadoras para mobilização de recursos (subvenções, empréstimos, mercados de capitais e esquemas de financiamento misto, etc.); identificação das necessidades e visões de desenvolvimento local para respaldar novas oportunidades de financiamento; criação de um laboratório de inovação financeira para elaborar produtos para a região e estabelecimento de um marco comum de finanças sustentáveis adaptado ao território para alocação eficaz e transparente de recursos.
Entre os objetivos, ressaltou Mercadante, está a busca por equacionar questões já conhecidas na região. “O Banco identifica como desafios prioritários, a partir de sua experiência na Amazônia, a regularização de terras, a logística, o acesso à energia e à internet, a segurança, o saneamento, a necessidade de desenvolver o ecossistema empresarial e a falta de assistência técnica rural, bem como garantias e instrumentos de mitigação de riscos para atrair investimentos”.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou o potencial transformador da sinergia entre as instituições: “Estamos focando nossos esforços para o fomento e integração de atividades econômicas sustentáveis que ofereçam alternativas voltadas à proteção da saúde do bioma amazônico em benefício das gerações presentes e futuras”.
Os resultados do plano de trabalho apresentados nesta sexta, em Dubai, serão levados à COP-30, que acontece em 2025, em Belém (PA), mesmo local onde a Coalizão Verde foi lançada, durante a Cúpula da Amazônia.
Foto: IADB -Divulgação