Com apoio do BNDES, Itapevi (SP) ganha nova estação de trens metropolitanos

Integrada ao sistema metroferroviário da Grande São Paulo, estação Ambuitá deve atender 2,1 mil passageiros por dia Obra faz parte do projeto de expansão e modernização das linhas 8 e 9, que conta com...

  • Integrada ao sistema metroferroviário da Grande São Paulo, estação Ambuitá deve atender 2,1 mil passageiros por dia

 

  • Obra faz parte do projeto de expansão e modernização das linhas 8 e 9, que conta com apoio de R$ 3,4 bi do Banco, em financiamento e debêntures

 

  • Nos últimos 25 anos, Banco aprovou R$ 37 bi para financiar projetos de mobilidade urbana em SP

 

Com financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a estação Ambuitá, da linha 8-Diamante, foi inaugurada nesta segunda-feira, 5, em Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo. A obra faz parte do projeto de expansão e modernização das linhas 8 e 9 dos trens metropolitanos, que conta com apoio de R$ 3,4 bilhões do BNDES.

A inauguração faz parte das comemorações dos 66 anos do município de Itapevi. A nova estação foi entregue à população há cerca de 30 dias, em operação assistida pela concessionária ViaMobilidade, em parceria com a prefeitura. Durante esse período, os trens circularam com intervalos médios de 30 minutos, sem cobrança de tarifa para os passageiros que embarcaram nas estações Ambuitá, Amador Bueno e Santa Rita.

Iniciadas em abril do ano passado, as obras receberam um investimento total de R$ 26,5 milhões. A estação deverá atender, em média, 2,1 mil passageiros por dia, beneficiando principalmente os moradores dos bairros Jardim Santa Rita, Amador Bueno e Ambuitá com uma alternativa de transporte mais ágil, segura e eficiente. Com isso, espera-se uma redução no tráfego de ônibus e outros veículos na região.

 

WhatsApp Image 2025-05-05 at 10.55.17 (1)

 

Para o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a parceria entre os entes públicos é fundamental para a execução de projetos estratégicos de infraestrutura. “Toda a luta pela democracia é para respeitar o voto e permitir que os entes federados trabalham em conjunto: união, estado e município. Então o prefeito pode ir ao BNDES que estamos lá para atender vocês e os demais prefeitos que estão aqui. E pode ter certeza que, independentemente da atitude partidária, o presidente Lula quer parceria com São Paulo, está olhando para o povo de São Paulo. O BNDES é o banco que mais investe nas obras de infraestrutura do governo de São Paulo e tem o orgulho de estar trabalhando para o bem de São Paulo. Em parceria, porque é isto que a democracia precisa”, afirmou.

Também participaram da inauguração o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente da Assmbleia Legislativa, deputado André do Prado, o prefeito de Itapevi, Marcos Godoy, e o presidente da Motiva Trilhos, Márcio Hannas, entre outras autoridades.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, declarou que o BNDES tem um papel histórico e contínuo de relevância para a infraestrutura do Brasil. Segundo ele, o Banco se destacou no passado por oferecer crédito de longo prazo em um cenário onde isso era raro e, com o tempo, o mercado de capitais passou a atuar nesse segmento, mas o BNDES mais uma vez se adiantou, liderando o avanço do modelo de financiamento de Project Finance, que permite às empresas realizarem grandes investimentos sem comprometer seus balanços. "E nós temos aí a linha 6 do Metrô de São Paulo, que está sendo financiado no Project Finance, a Via Dutra que está sendo financiada no Project Finance. Então o BNDES está na vanguarda", afirmou.

O governador de São Paulo, Tarcisío de Freitas, afirmou que "o BNDES foi e sempre será um Banco importante para a infraestrutura do Brasil". É um Banco que está à frente, que lá atrás se diferenciava dos demais pelo fato de proporcionar um crédito de longo prazo. Aí, o mercado de capitais foi lá e começou a dar crédito no longo prazo. Hoje você até se financia no longo prazo no mercado de capitais, só que aí o Banco foi lá na frente de novo. Deu o primeiro passo para o Project Finance, para desonerar o balanço das empresas. E nós temos aí a linha 6 do Metrô de São Paulo, que está sendo financiado na loja do Project Finance, a Dutra que está sendo financiada na loja do Project Finance. E essa é uma questão que vai liberar muitos recursos das empresas para fazer investimento. Então o BNDES está na vanguarda.

Estação – A nova estação Ambuitá tem duas plataformas de embarque e desembarque, cada uma com 120 metros de extensão e 3,5 metros de largura; saguão de entrada, bilheterias e sanitários acessíveis; área administrativa no piso superior; paraciclo no térreo para acomodação de bicicletas; total acessibilidade, com elevadores, corrimãos, piso tátil e banheiros adaptados; modernos sistemas de sinalização e energia, garantindo a integração da população ao sistema metroferroviário de São Paulo.

 

0830be0b-8224-4b1d-8211-800d018ef90c

 

A nova estação substitui a antiga, inaugurada em setembro de 1949 pela Estrada de Ferro Sorocabana com o nome de “Parada Iracema”. Em 1985, sob gestão da antiga Ferrovias Paulistas S.A. (Fepasa), recebeu novas instalações. Foi desativada e demolida em 2010, já sob administração da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), gerando protestos de moradores.

Desde 2023, o BNDES apoia a expansão e modernização das linhas 8 e 9 de trens metropolitanos de SP por meio de financiamento (linha Finem) e debêntures (100% da terceira emissão), no valor total de R$ 3,4 bilhões, o que corresponde a 65% do investimento.

A ViaMobilidade tem como acionistas a Motiva (antiga CCR) e o RuasInvest. Ao longo de 43 estações e 78 quilômetros de extensão, as linhas 8 e 9 transportam cerca de 850 mil passageiros por dia.

A linha 8 interliga a estação Júlio Prestes, no centro de São Paulo, com os municípios de Itapevi, Jandira, Barueri, Carapicuíba e Osasco, atendendo também os bairros Campos Elíseos, Barra Funda, Lapa, Anastácio e Vila Leopoldina. Conta com 22 estações e 41 quilômetros de trilhos, incluindo o serviço da extensão entre Itapevi e Amador Bueno.

A linha 9 compreende o trecho da rede metropolitana entre as estações Osasco e Bruno Covas/Mendes–Vila Natal, com 21 estações e 37 quilômetros de extensão.

Além da reforma de 30 estações, incluindo a estação Ambuitá, e construção de 5 novas estações, o projeto contempla ainda a adequação da infraestrutura de circulação (vias permanentes, redes aéreas, sistemas de sinalização, de energia e telecomunicações), a modernização dos sistemas de sinalização e telecomunicações, o aprimoramento do sistema de suprimento de energia, com a implantação de novas subestações de energia e cabines seccionadoras, e a execução de uma quarta via permanente na estação Osasco.

O projeto incluiu ainda a aquisição de 36 novos trens de fabricação nacional para operação nas linhas, todos eles já foram entregues pela Alstom. Até o final do ano passado, cerca de 75% das obras já estavam concluídas

Mobilidade em SP – Nos últimos 25 anos, o BNDES aprovou R$ 37 bilhões em financiamentos à mobilidade urbana no Estado de São Paulo, que alavancaram R$ 62 bilhões em investimentos. Foram apoiados 16 projetos de trilhos e 1 projeto de BRT, o que representa a implantação de 89 km de trilhos, 63 novas estações e 268 novos trens. Além disso, houve a modernização de 50 trens e de 203 km de vias.

Os projetos em transporte por trilhos envolvem as linhas 2, 5, 6, 7, 8, 9, 11, 12, 13 e 15, beneficiando cerca de 4 milhões de passageiros por dia, com redução de até uma hora no tempo de viagem, a acessibilidade das populações de baixa renda ao centro de São Paulo, redução do número de acidentes de trânsito e queda nas emissões de CO2 (mais de 500 mil tCO2e/ano) e de materiais particulados.

Dessas operações de mobilidade, encontram-se em andamento a implantação das linhas 6, 8/9, 7 e Trem Intercidades Eixo Norte (TIC Norte), a aquisição de 44 trens para o metrô, e o BRT ABC, que trarão 1,8 milhão de novos usuários para o sistema.

Foto: Agência BNDES

Baixar Imagens