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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:19:38 06/05/2019 |INDÚSTRIA

Ultima atualização: 15:54 07/05/2019

Rossana Fraga - Divulgação/BNDES

Seminário debate eficiência energética e impactos ambientais para a mobilidade

  • Promovido pelo BNDES, evento reuniu nesta segunda, 6, no Rio, acadêmicos e executivos dos setores público e privado

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) promoveu nesta segunda-feira, 6, no Rio, o seminário O Futuro da Mobilidade: Mais Eficiência Energética e Menos Impacto Ambiental. Na ocasião, especialistas debateram estratégias empresariais e políticas públicas voltadas às tecnologias de eletrificação veicular e ao desenvolvimento de combustíveis de baixo carbono, entre outros temas.

Em vídeo gravado, exibido na abertura do seminário, o presidente do BNDES, Joaquim Levy, ressaltou o potencial do Brasil para ser referência em economia de baixo carbono: “Nossa matriz energética se compõe por 43% de fontes renováveis, notadamente a biomassa da cana-de-açúcar, enquanto a média mundial não chega a 14%. Por isso, temos muito a contribuir com essa discussão, inclusive amadurecendo um posicionamento estratégico para o BNDES sobre o tema. Queremos contribuir para o amadurecimento de políticas q criem emprego e renda, protejam o meio ambiente e enfrentem mudanças climáticas”.

O BNDES vem apoiando projetos de engenharia automotiva para eletrificação veicular baseados em etanol e outros combustíveis de baixo carbono. O banco também dispõe de instrumentos – como o BNDES Finem, o Fundo Clima e o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) – de fomento ao setor sucroenergético, que contribui para o aumento anual de etanol e da cogeração a partir da biomassa. “Só na última década o BNDES desembolsou mais de R$ 50 bilhões para este fim”, pontuou Levy. Ele destacou ainda a possibilidade de se ampliar o uso de gás natural veicular (GNV) com o crescimento da produção decorrente do pré-sal.


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Intitulado Uma visão estratégica sobre o futuro da mobilidade no Brasil, o primeiro painel do seminário reuniu o superintendente de Biocombustíveis e Qualidade da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Carlos Orlando, e o presidente da Datagro, Plínio Nastari (foto). Orlando apresentou o panorama da produção de biocombustíveis no Brasil, mercado em que ocupamos a vice-liderança na produção tanto de etanol quanto de biodiesel. Plínio Nastari, por sua vez, salientou que o setor de transportes vem aumentando sua participação no consumo de energia do Brasil, fato que enseja investimentos em tecnologias veiculares e de biocombustíveis. “Se tivermos políticas estáveis que deem credibilidade para o desenvolvimento destas tecnologias, o Brasil pode se tornar um polo exportador para o mundo”, analisou.


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Na sequência, no painel Tecnologias automotivas disponíveis e em desenvolvimento para aumento de eficiência energética e redução do impacto ambiental, foram abordados os desafios tecnológicos impostos à engenharia automotiva na busca por soluções rentáveis, eficientes e ecológicas em transportes. Em debate, conceitos como eletrificação de motores, tecnologias veiculares flex-fuel e o diferencial competitivo para o país que o etanol pode representar.  “A rota tecnológica do etanol depende do trabalho conjunto de governo, empresas e universidades. O BNDES pode ter o papel de induzir para que este desenvolvimento aconteça no curto, no médio e no longo prazo”, concluiu o diretor de Assuntos Regulatórios da Fiat-Chrysler, João Ireneu Medeiros (foto), que dividiu o painel com o diretor de Tecnologia da Mahle Metal Leve, Ricardo Abreu.


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O diretor técnico da Anfavea, Henry Joseph (foto), e o diretor industrial, sistema e mobility da WEG, Valter Knis, compuseram o terceiro painel do evento, que discutiu os “Desafios e perspectivas para adoção das tecnologias automotivas no mercado de veículos pesados”. Para Henry Joseph, o caminho para os mercados de veículos pesados no Brasil envolve a combinação entre biocombustíveis e eletrificação. “Já exportamos a tecnologia flex fuel, que superou a dos Estados Unidos e hoje é exportada para lá", avaliou o diretor da Anfavea, que previu que no futuro todos os meios de transportes serão movidos exclusivamente por eletricidade. Valter Knis, por sua vez, fez uma apresentação com abordagem técnica sobre processos físico-químicos que envolvem motorização e eletrificação.


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No último painel do seminário – Emissões Globais e Estratégias de Mitigação – o professor da Unicamp, Gonçalo Pereira (foto), alertou sobre os malefícios das emissões excessivas de CO2 na atmosfera, em especial os efeitos das mudanças climáticas.  Segundo o acadêmico, o paradigma da eficiência de motores elétricos precisa ser discutido, já que a produção das baterias requer utilização intensiva de carvão, combustível altamente poluente. Na visão de Gonçalo, os biocombustíveis são a resposta para os desafios energéticos de combustíveis para o Brasil. “O BNDES vem fazendo um excelente trabalho nesse sentido”, comentou.


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No mesmo painel, a subchefe do departamento de energia do Ministério das Relações Exteriores, Clarissa Glória (foto), apresentou o case da matriz energética da Alemanha, país que se esforça em introduzir a eletrificação dos seus veículos. Para a executiva, do ponto de vista ambiental, a iniciativa possui resultados questionáveis. “O Brasil está à frente da Alemanha nessa questão. A gente possui uma fonte limpa de energia, e o biocombustível é o nosso grande diferencial. Mas são necessários mecanismos de pesquisa, investimentos e políticas públicas para consolidarmos nossa posição internacional”, acrescentou. 


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Encerrando o seminário, o superintendente da Área de Indústria e Serviços do BNDES, Marcos Rossi (foto), lembrou o compromisso do Banco com a descarbonização da economia. “Colocamos esse foco em nosso planejamento estratégico. É importante para geração de emprego e para a exportação não só de combustível, mas também de tecnologia”, afirmou.

Apoio – Historicamente, o BNDES vem apoiando tanto o desenvolvimento de novas tecnologias veiculares quanto de combustíveis de baixo carbono, seja nas etapas de pesquisa & desenvolvimento ou no investimento em capacidade produtiva. Na última década, o banco desembolsou mais de R$ 50 bilhões para o setor sucroenergético, contribuindo para um aumento na produção anual de etanol suficiente para abastecer 4,5 milhões de veículos e evitar a emissão de 12 milhões de toneladas de gás carbônico.

No que diz respeito a tecnologias veiculares, através do programa BNDES Proengenharia, o Banco apoia desde a concepção e reestilização de veículos até a implantação e modernização dos centros de engenharia das empresas produtoras. Além disso, o banco também financia o desenvolvimento de novos motores para veículos pesados que atendam às exigências da legislação ambiental (euro 6). Outro destaque recente foi o apoio, com R$ 6,5 milhões, via BNDES Funtec, a projetos de pesquisa & desenvolvimento de modelos de estações residenciais e comerciais de recarga para veículos elétricos.

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Assista à íntegra da gravação do evento em vídeo: