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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:21:35 24/01/2024 |MEIO AMBIENTE |NORDESTE |NORTE
Ultima atualização: 12:48 25/01/2024
Um projeto da empresa re.green pretende restaurar 12,8 mil hectares de áreas degradadas no bioma Amazônia, em propriedades no município de Maracaçumé, no Maranhão, e em municípios a serem definidos no estado do Pará, além de 2 mil hectares no bioma Mata Atlântica, nos municípios de Potiraguá e Eunápolis, na Bahia.
A extensão e o tamanho desse desafio equivalem a mais de 13,7 mil campos de futebol e devem receber financiamento de R$ 186,7 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O apoio inclui R$ 80 milhões em recursos do Fundo Clima, como parte do investimento já anunciado pelo Banco ao programa Arco da Restauração, que prevê a destinação de até R$ 1 bilhão para ações de reflorestamento na Amazônia. Outros R$ 106,7 milhões do financiamento se darão por meio da linha BNDES Finem e estão destinados a projetos de recuperação e conservação de ecossistemas e da biodiversidade.
A re.green restaura florestas nativas em áreas historicamente degradadas, selecionadas a partir de inteligência espacial e com base em seu potencial de regeneração. As áreas plantadas receberão cerca de 100 espécies diferentes de vegetação nativa, contribuindo para a conservação da biodiversidade nas regiões, assim como para a captura de carbono. A estimativa é de que em torno de 4,1 milhões toneladas de CO2 equivalente sejam retirados da atmosfera em um período de 25 anos, o que equivaleria a quase dois anos de emissões dos carros em circulação na cidade de São Paulo.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, destaca que “o apoio ao projeto sinaliza a prioridade conferida pelo Banco às ações de restauração dos biomas brasileiros, que têm potencial de contribuir decisivamente para capturar carbono, conservar a biodiversidade do país e promover o desenvolvimento sustentável em regiões sensíveis”. Campello lembra que o Arco da Restauração – anunciado pelo presidente Lula, pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, na COP-28 – conta, além de R$ 550 milhões do Fundo Clima, com R$ 450 milhões do Fundo Amazônia.
Para a diretora financeira da re.green, Ana Luiza Squadri, o financiamento realça a importância das soluções baseadas na natureza para a economia. “Este é um marco importante para o setor da restauração florestal, que pode ser um dos mais proeminentes na economia verde, e o Brasil tem um potencial enorme para liderar esse processo. O financiamento do BNDES representa a atração de capital capaz de alavancar esse segmento promissor da economia. Na re.green acreditamos que é possível fazer a restauração em larga escala devolvendo serviços ecossistêmicos ao planeta e contribuindo com as populações locais”, completa Squadri.
A empresa atua com parceiros locais, como coletores de sementes, produtores de mudas e viveiristas, ajudando a capacitar e movimentar uma cadeia de manejo florestal sustentável.
A iniciativa terá impactos positivos para a regulação do clima, conservação da biodiversidade e inclusão social de comunidades contempladas no projeto, que deve mobilizar aproximadamente 2,2 mil empregos diretos e indiretos durante o período de restauração das áreas.
A partir das áreas restauradas, a re.green poderá também gerar créditos de carbono para comercialização no mercado voluntário internacional. O projeto está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nº 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e nº 15 (Vida Terrestre) da ONU.