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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:18:59 02/06/2025 |MEIO AMBIENTE |CENTRO-OESTE |NORDESTE |NORTE
Ultima atualização: 19:09 03/06/2025
O projeto “Produção Sustentável em Comunidades Atingidas da Amazônia” recebeu apoio de R$ 32,3 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia, para promover a segurança alimentar das famílias beneficiadas, a geração de renda e a diminuição da pressão sobre o a floresta e seus recursos naturais.
Este é o segundo projeto do Fundo Amazônia voltado para as comunidades atingidas por grandes empreendimentos, que ampliará o número de famílias beneficiadas de 240 para 600. Além disso, o Amapá passa a integrar o conjunto de estados atendidos, ao lado de Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins.
Durante a abertura da Jornada Nacional das Mulheres Atingidas, realizada em Brasília, nesta segunda-feira, 2, a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, destacou a relevância do projeto do Fundo Amazônia para a recomposição de territórios e o fortalecimento da identidade das comunidades. Segundo a ministra, os investimentos contribuem de forma efetiva para as metas de desmatamento zero até 2030.
A iniciativa é executada pela Associação de Desenvolvimento Agrícola Interestadual (ADAI), em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), e tem como objetivo implementar a tecnologia social PAIS (produção agroecológica integrada e sustentável), desenvolver projetos de fortalecimento da produção sustentável, implantar viveiros para o plantio de árvores nativas, além de oferecer assistência técnica, formação e capacitação para as famílias beneficiadas. A liberação da primeira parcela, de R$ 8,9 milhões, ocorreu em março deste ano.
Com a nova iniciativa, o Fundo Amazônia soma dois projetos de apoio à ADAI. O primeiro, realizado entre 2017 e 2021, destinou R$ 9 milhões à adoção da tecnologia PAIS para a redução do desmatamento. A ação beneficiou 240 famílias, com mais de 56 mil mudas plantadas, geração de R$ 3,1 milhões em renda bruta e mais de 5 mil visitas de assistência técnica.
Rio Doce - Também presente no evento, a diretora de Crédito Digital para MPMEs e Gestão do Fundo Rio Doce, Maria Fernanda Coelho, reforçou o compromisso do Banco com a reparação e o desenvolvimento sustentável em territórios atingidos por tragédias socioambientais. Além da gestão do Fundo Amazônia, o BNDES também passou a atuar, desde novembro de 2024, como gestor financeiro do Fundo Rio Doce, que conta com recursos da ordem de R$ 49 bilhões e é coordenado por 16 ministérios.
“A primeira parcela já foi liberada e a segunda está prevista para 4 de junho. Estamos empenhados em garantir uma execução mais célere e justa desses recursos, após nove anos do desastre”, afirmou Maria Fernanda. Segundo ela, a fase atual é de apresentação e avaliação dos planos de trabalho pelas comunidades atingidas na bacia do Rio Doce.
Promovida pelo MAB, a Jornada Nacional das Mulheres Atingidas reúne cerca de 1.500 participantes, de 20 estados, em uma agenda de debates, marchas e reivindicações por justiça ambiental e políticas públicas. A coordenadora nacional do MAB, Alexânia Rosatto, relembrou os impactos do rompimento da barragem de Mariana (MG) e destacou a importância da mobilização feminina frente à crise climática.
Fundo Amazônia – Gerido pelo BNDES, sob coordenação do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Amazônia capta recursos para prevenir, monitorar e combater o desmatamento, e promover a conservação e o uso sustentável da Amazônia Legal. Também apoia o desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento no restante do Brasil e em outros países tropicais.
"Com uma carteira de 128 projetos apoiados, no valor de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, o Fundo Amazônia já aprovou recursos para projetos em todos os eixos de execução do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento da Amazônia Legal, (PPCdam), desde de projetos de promoção da produção sustentável, gerando renda e melhores condições de vida para os povos e comunidades tradicionais que mantêm a floresta em pé, atingindo mais de 500 organizações comunitárias e mais de 200 mil pessoas, a projetos de ordenamento territorial que já beneficiaram povos indígenas em mais de 120 terras indígenas. O Fundo Amazônia apoia também ações de monitoramento, comando e controle e, recentemente, aprovou projetos dos Corpos de Bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal para combate e prevenção de combates florestais. Mais informações sobre cada um dos projetos apoiados estão disponíveis no site do Fundo Amazônia."