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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:15:43 07/06/2022 |SAÚDE |NORTE

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Equipada pelo BNDES, unidade de saúde fluvial entra em operação em Santarém (PA)

Com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entra em operação nesta terça-feira, em Santarém (PA), a Unidade Básica de Saúde Flutuante Abaré II. O barco fará atendimento itinerante a 39 comunidades ribeirinhas da região. Serão mais de 4.700 pessoas atendidas. Os recursos são provenientes do Matchfunding Salvando Vidas.

Distantes dos centros urbanos, as comunidades ribeirinhas que passarão a contar com o novo equipamento, eram, até então, atendidas pelo barco Abaré I, hoje sobrecarregado pela assistência também de comunidades do rio Tapajós, que abrange a zona rural de três municípios: de um lado Santarém (Reserva Extrativista - Resex), do outro Belterra (Floresta Nacional - Flona) e mais ao sul Aveiro. O Abaré II ficará dedicado ao atendimento das comunidades ribeirinhas do Rio Arapiuns, enquanto o Abaré I atende àquelas do Rio Tapajós, garantindo maior regularidade, frequência, qualidade e integralidade no atendimento dos programas de saúde.

Abaré 2

 

 “Contribuir para que o atendimento público de saúde chegue às populações mais vulneráveis da Amazônia é um orgulho para o BNDES e um legado estrutural do Matchfunding Salvando Vidas”, conta diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha.

O BNDES foi responsável pela aquisição e instalação de equipamentos, entre eles os de ultrassonografia, esterilização, concentrador de oxigênio, reanimador pulmonar e mesa de exames. O apoio do BNDES ocorreu no âmbito do Matchfunding Salvando Vidas, que arrecadou R$ 140,7 milhões e já beneficiou mais de 1.500 unidades de saúde no país que atendem o SUS. Especificamente para o presente projeto, foram destinados R$ 737 mil, sendo metade com recursos do BNDES. A ação está sendo executada pelo Projeto Saúde e Alegria que e também é apoiada pela Iniciativa União Amazônia Viva, responsável pela outra metade do valor.

 “É um modelo ativo, em que o atendimento vai até a casa do paciente, importante num contexto como o da Amazônia, com populações dispersas, longas distâncias”, explica o médico Fábio Tozzi, coordenador de Saúde Comunitária do Projeto Saúde e Alegria. “Imagina um idoso, doente, tendo que se deslocar no sol forte ou na chuva por horas de canoa até a localidade mais próxima que conta com um Posto de Saúde, e quando chega lá, os serviços acabam sendo muito limitados, pouco resolutos, por falta de equipamentos, insumos e profissionais”, complementa.

 

Abaré 4

Partindo de Santarém, a viagem até as comunidades ribeirinhas tem duração média de 9 a 12 horas e o barco permanece nas comunidades realizando atendimento durante 10 a 15 dias, retornando, em seguida, a Santarém. A unidade – que se encontrava parada e necessitando de reparos desde 2018 – será doada em comodato para a Prefeitura Municipal de Santarém que irá fortalecer a Estratégia Saúde da Família nas comunidades ribeirinhas, com acompanhamento e prevenção de doenças como diabetes, hipertensão e infarto, além de realizar atendimentos de pré-Natal e odontologia.

Projeto Saúde e Alegria – O Centro de Estudos Avançados de Promoção Social e Ambiental (CEAPS), mais conhecido como Projeto Saúde e Alegria (PSA), é uma instituição civil, sem fins lucrativos, que atua na Amazônia, destacando-se pelas atividades especialmente desenvolvidas nos setores de saúde, saneamento e educação e, mais recentemente, na promoção e apoio a processos participativos de desenvolvimento comunitário integrado e sustentável, em ações de ordenamento territorial, fundiário e ambiental, dentre outras. Hoje atua diretamente nos municípios de Santarém, Belterra, Aveiro, Juruti e em Itaituba, no oeste do estado do Pará.