Aviso: Utilizamos dados pessoais, cookies e tecnologias semelhantes de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.
Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:11:36 11/10/2018 |MEIO AMBIENTE |SUDESTE
Ultima atualização: 13:05 17/10/2023
O microempresário Rodrigo Hazime, de Frutal, cidade com 53 mil habitantes localizada no Triângulo Mineiro, foi um dos primeiros a ter o contrato de financiamento do Programa BNDES Fundo Clima - Linha Máquinas e Equipamentos Eficientes aprovado, em julho desse ano.
Rodrigo vai instalar as placas solares no telhado da casa de sua avó e a energia gerada será usada para compensar a conta dessa residência e de mais dois estabelecimentos comerciais de sua propriedade, uma loja de roupas e outra de telefonia celular. O investimento total no projeto foi de R$ 60 mil, sendo que ele financiou R$ 43,4 mil (72%). Contratada na modalidade indireta, por meio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), a operação tem três meses de carência.
“Eu vou produzir minha própria energia. Vamos supor, juntando todos os pontos que eu tenho, se der hoje R$, 1,5 mil, R$ 1,6 mil, R$ 1,8 mil por mês, isso é o que vou ter de economia daqui a alguns anos. A energia, infelizmente, só sobe, não baixa”, disse o empreendedor.
O Fundo Clima possibilita o financiamento de investimentos em sistemas fotovoltaicos, permitindo o acesso inclusive de pessoas físicas. Lançado em junho desse ano, o resultado foi exitoso: cerca de R$ 80 milhões em financiamentos aprovados em menos de 2 meses, no âmbito da Linha Máquinas e Equipamentos Eficientes.
Além de sistemas fotovoltaicos, a linha pode financiar aerogeradores de pequeno porte, geradores de energia a biogás e inversores de frequência. Os financiamentos devem ser contratados junto a bancos públicos e a taxa de juros é de até 4,5% ao ano, com prazo máximo de até 12 anos.
"Essa taxa de juros é muito boa. Fiz umas contas e vou pagar de parcela mais ou menos o que pago de energia. Mesmo que pague mais nos primeiros anos, uma hora vou acabar de pagar o financiamento e então vou ter uma sobra de recurso”, revelou Rodrigo.
Segundo o gerente de Relacionamento Institucional do BNDES, Felipe Lobo, além de contribuir para o meio ambiente e reduzir os gastos de energia os gastos de energia dos clientes, “tais investimentos também beneficiam o próprio sistema elétrico com a implantação do modelo de geração distribuída e promovem o fortalecimento da indústria nacional e da cadeia de fornecedores do setor”.
Como solicitar – No último dia 27 de setembro, o BNDES anunciou o aumento da dotação do Fundo Clima, no valor de R$ 202 milhões, cuja reabertura do protocolo das operações junto aos agentes financeiros ocorre neste mês. O reforço orçamentário é válido apenas para o subprograma Máquinas e Equipamentos Eficientes.
Para solicitar o financiamento aos bancos públicos credenciados no BNDES, os clientes podem: fazer o pedido através da plataforma Canal MPME, no próprio site do Banco, ou seguir o trâmite tradicional junto às agências bancárias dos bancos públicos credenciados, que irão decidir sobre a operacionalização do produto e, em caso positivo, realizarão a análise do crédito das solicitações.
Fundo Clima - Instituído pela Lei 12.114/2009, o Fundo Clima é um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, e seu objetivo é financiar projetos de mitigação das mudanças climáticas.
O BNDES é o agente financeiro da parte reembolsável e membro do Comitê Gestor do Fundo, formado por Ministérios, Indústria, Academia e Sociedade Civil. A carteira atual possui aproximadamente R$ 580 milhões em projetos, sendo mais de R$ 430 milhões já aprovados pelo BNDES, que alavancaram mais de R$ 1 bilhão em financiamentos para redução de emissões de gases do efeito estufa. Estima-se que esses investimentos devem reduzir a emissão de gases do efeito estufa em cerca de 4 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
“O Fundo apoia tecnologias que ainda precisam de incentivo para sua difusão, como a geração solar, o biogás e a economia florestal. Dessa forma, contribui com o compromisso brasileiro, no âmbito do Acordo de Paris, de reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa até 2025”, explicou Raphael Stein, gerente do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia do BNDES.