Aviso: Utilizamos dados pessoais, cookies e tecnologias semelhantes de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

BNDES - Agência de Notícias

Fri Apr 26 00:55:48 CEST 2024 Fri Apr 26 00:55:48 CEST 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:12:50 31/12/2021 |ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA |SUDESTE

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Reprodução da internet

Em leilão organizado pelo BNDES, Rio vende por R$ 2,2 bi 3º bloco de saneamento

• Com ágio de 90% em relação ao valor mínimo, Grupo Águas do Brasil levou lote

• Projeto abrange 20 municípios e bairros da Zona Oeste da capital

• Serão 13,7 milhões de pessoas atendidas com serviços de água e esgoto 

• Para universalizar serviço, concessionará deve investir R$ 4,7 bilhões

O consórcio SAAB II (grupo Águas do Brasil), representado pela corretora Itaú, foi o vencedor do leilão organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o último dos quatro blocos de concessão regionalizada dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do Estado do Rio de Janeiro. A oferta do grupo foi de R$ 2,2 bilhões, 90% acima do valor mínimo estipulado para outorga do serviço (R$ 1,16 bilhão).

Considerando todos os quatro blocos, 13,7 milhões de pessoas passarão a contar com serviços de água e esgoto até 2023.Com o leilão, o BNDES e o Estado do Rio de Janeiro concluem o processo de concessão regionalizada dos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto, que vinham sendo prestados pela CEDAE. A companhia permanecerá responsável por captar, tratar e fornecer água para os concessionários, no âmbito dos grandes sistemas da Região Metropolitana.

Considerando todos os lotes de concessão, o projeto de saneamento do Rio de Janeiro, que é o maior do gênero no Brasil, deve gerar 45 mil empregos e investimentos de mais de R$ 32 bilhões.Para o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, a conclusão dos leilões de saneamento do Rio de Janeiro representa o início de uma nova etapa, que culminará com a despoluição da Baía de Guanabara daqui a alguns anos: “A partir de agora, as condições para transformação do saneamento estão colocadas”, declarou.

Abrahão destacou a atuação do BNDES como estruturador de projeto, além de provedor de crédito. “Nossa carteira é muito grande, com mais de 160 ativos, um valor de investimento estimado em R$ 360 bilhões, sem considerar as privatizações. Em saneamento nossa carteira inclui entre 35 e 40 milhões de pessoas e nós já atingimos (com os leilões concluídos) cerca de R$ 18 milhões de pessoas”, concluiu.

“O leilão da CEDAE que ocorreu em abril e foi complementado hoje, mostra que o mercado está maduro, compreende e aposta no Brasil, a partir, inclusive, do nosso cartão de visitas, que é o estado do Rio de Janeiro”, declarou o ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho. “Nós temos certeza de que o investimento feito no Rio de Janeiro é um investimento feito no Brasil, na nossa imagem, na nossa autoestima” complementou.

No primeiro leilão, realizado em abril, foram arrematados os blocos 1, 2 e 4, com um valor 134% superior ao mínimo estipulado no edital, com arrecadação de R$ 22,6 bilhões. A Aegea, que venceu a concorrência para os blocos 1 e 4, usou sua prerrogativa de retirar a proposta para o bloco 3.“Nossa meta é o desenvolvimento”, disse o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro. Ele declarou ainda que o estado demonstrou a responsabilidade com o ambiente negócio durante o processo de estruturação das concessões.

Bloco 3 - Com o sucesso do primeiro leilão, 14 novas cidades optaram por integrar o bloco 3, que passou a contar com 21 municípios: Bom Jardim, Bom Jesus do Itabapoana, Carapebus, Carmo, Itaguaí, Itatiaia, Macuco, Natividade, Paracambi, Pinheiral, Piraí, Rio Claro, Rio das Ostras, Rio de Janeiro (Zona Oeste/AP-5), São Fidélis, São José de Ubá, Sapucaia, Seropédica, Sumidouro, Trajano de Moraes e Vassouras, ampliando para 2,7 milhões o total de pessoas beneficiadas.

Os investimentos necessários para se atingir 99% de abastecimento de água e 90% de tratamento de esgoto foram estimados em R$ 4,7 bilhões, e a expectativa é de que sejam gerados 4.700 empregos diretos e indiretos. Não há previsão de aumento real de tarifas a serem cobradas. Adicionalmente, a tarifa social aplicada pela CEDAE, destinada à população de mais baixa renda, deverá ser expandida para até 7,5%. A concessão tem prazo de duração para exploração do serviço de 35 anos, idêntico ao praticado nos outros três blocos já licitados.

Leilões - Considerando os leilões dos quatro blocos, foram arrecadados R$ 24,8 bilhões. Os contratos de concessão dos três blocos leiloados em abril de 2021 foram assinados em agosto de 2021. Em 1º de novembro, a concessionária Águas do Rio (Aegea) iniciou as operações na área de concessão dos blocos 1 e 4 e até fevereiro de 2022 a Iguá deverá assumir a operação do bloco 2. 

Estruturação de projetos - O BNDES já realizou outros cinco leilões de saneamento entre setembro de 2020 e dezembro de 2021. Ao todo, os leilões de Cariacica, região metropolitana de Maceió, Amapá, Rio de Janeiro (blocos 1,2 e 4) e interior de Alagoas beneficiarão 14,5 milhões de pessoas em 119 municípios com melhoria nos serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto. Além disso, as operações gerarão investimentos de R$ 37 bilhões e arrecadaram R$ 27 bilhões em outorgas.

O Banco organizou ainda o leilão da parceria público-privada (PPP) de esgotamento sanitário dos municípios de Cariacica e Viana (ES) e está à frente de projetos de concessão e/ou de PPP de saneamento também nos Estados do Ceará e Paraíba.