Aviso: Utilizamos dados pessoais, cookies e tecnologias semelhantes de acordo com nossos Termos de Uso e Política de Privacidade. Ao continuar navegando, você concorda com estas condições.

BNDES - Agência de Notícias

Thu Apr 25 22:10:25 CEST 2024 Thu Apr 25 22:10:25 CEST 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:14:57 03/07/2019 |CULTURA |INDÚSTRIA

Ultima atualização: 17:09 03/07/2019

Fotos: João Júlio Mello/Divulgação BNDES

Em expansão, setor de games promove maior evento de desenvolvedores independentes da América Latina

Profissionais, empresários, especialistas e entusiastas de jogos eletrônicos participaram de 26 a 30 de julho, em São Paulo, do 7º Brazil's Independent Games Festival (BIG Festival 2019), maior evento de desenvolvedores de games independentes da América Latina. A agenda do evento incluiu rodadas de negócios, palestras e painéis de debates sobre políticas públicas e de apoio para o setor, ao lado de representantes das instituições Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Digitais (Abragames), Agência Nacional de Cinema (Ancine), Empresa de Cinema e Audiovisual de São Paulo (SPCine) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

Conforme aponta o 2º Censo da Indústria Brasileira de Jogos Digitais, realizado pelo Ministério da Cultura e pela Unesco e divulgado em novembro do ano passado, a indústria de games segue em expansão em todas as regiões do Brasil. O estudo indica que, de 2014 a 2018, o número de desenvolvedoras passou de 142 para 375, um aumento de 164%. Apesar de as empresas ainda se concentrarem no Sul e Sudeste, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que apresentaram o maior crescimento proporcional de novos empreendimentos nos últimos quatro anos.

O censo também revelou que, somente nos últimos dois anos, foram produzidos 1.718 jogos no País, 43% deles desenvolvidos para dispositivos móveis, como celulares, 24% para computadores, 10% para plataformas de realidade virtual e realidade virtual aumentada e 5% para consoles de videogame. Dentro desse universo, foram 874 jogos educativos e 785 voltados ao entretenimento.

 

Em expansão, setor de jogos digitais promove negócios e discussões no maior evento de desenvolvedores independentes da América Latina

 

Desenvolvimento – O setor vem sendo acompanhado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que anteriormente ao censo, em 2017, já havia produzido pesquisa com 151 empresas, em parceria com Ministério da Cultura, Abragames e BIG Festival.

Veja o infográfico com os principais dados da pesquisa Panorama da Indústria Brasileira de Jogos Digitais.

Um dos instrumentos do banco de apoio ao setor é o recém-lançado BNDES Direto 10, com dispensa de garantia, adequado para provedores regionais de internet cujo faturamento gira em torno de R$ 3 milhões. “Em breve, também poderemos apoiar empresas de games com programas de aceleração e fundos de participação acionária”, disse a gerente Fernanda Farah, do Departamento de Telecom, TI e Economia Criativa do BNDES.

Na avaliação da executiva do banco de fomento, o setor é “altamente inovador”, gera renda e empregos de qualidade e atua globalmente. “As empresas já nascem exportadoras”, afirma. “Além disso, o mercado interno brasileiro é um dos principais do mundo”.

Fernanda afirma que os jogos digitais constituem uma nova mídia para difusão cultural. “O game e a animação se encontram na propriedade intelectual. Atualmente, os projetos e as propriedades intelectuais são multiplataforma”, explicou Fernanda.

De acordo com o gerente Fernando Rieche, do Departamento de Empreendedorismo do BNDES, as startups do setor podem ser apoiadas pelo programa BNDES Garagem, da subsidiária BNDES Participações (BNDESPAR). “As tecnologias utilizadas pela indústria de games, tais como simulações utilizando realidade virtual e aumentada, podem gerar transbordamentos para outros segmentos”, explicou.

 

Em expansão, setor de jogos digitais promove negócios e discussões no maior evento de desenvolvedores independentes da América Latina

 

Premiação – Com a missão de fortalecer o ecossistema de games no Brasil, o evento contou com uma competição entre jogos nacionais e internacionais. Este ano foram 54 títulos, dos quais 20 foram desenvolvidos por equipes e estúdios brasileiros. Os games nacionais Adore (Cadabra Games), Starlit On Wheels (Rockhead Studios), Huni Kuin: Yube Baitana (Bobware/Beya Xinã Bena), Spaceline Crew (Coffeenauts) e Cidade em Jogo (Fundação Brava e Flux Games) foram vencedores nas categorias nacional, mobile, diversidade, voto popular e impacto educacional, respectivamente.

 

Mais imagens na Galeria de Fotos