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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:20:45 14/03/2023 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Agência BNDES

Diretoria apresenta lucro de 2022 e projeta dobrar tamanho do BNDES para 2% do PIB até 2026

“Nosso projeto é voltar ao patamar histórico dos desembolsos do BNDES desde o início da implantação do Real que é de 2% do PIB. Para isso, queremos dobrar o tamanho do BNDES até 2026 para que possa cumprir seu papel de desenvolvimento econômico e social”, declarou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva concedida nesta terça, 14, na sede do banco, no Rio de Janeiro.

Mercadante estava acompanhado dos diretores (Luciana Costa, Natália Dias, Tereza Campello, Helena Tenório, José Luis Gordon, Nelson Barbosa e Alexandre Abreu) durante apresentação dos resultados referentes ao ano de 2022, em que o BNDES registrou lucro recorrente de R$ 12,5 bilhões. Esse montante alcança R$ 41,7 bilhões de lucro líquido, em 2022, com o impacto da reclassificação do investimento em JBS (R$ 5,8 bilhões), de coligada para não coligada, das alienações de ações de R$ 2,3 bilhões, com destaque para Eletrobras e JBS, além de receitas de dividendos de R$ 18,4 bilhões, com destaque para Petrobras (R$ 17,2 bilhões).

O diretor financeiro, Alexandre Abreu, destacou que o BNDES seguiu a tendência de redução de ativos, o que vem ocorrendo desde 2015. Nos últimos oito anos, os ativos do Banco caíram de R$ 1,4 trilhão, no final de 2014, para R$ 684 bilhões, em 2022, uma queda real de 51% no período. “O BNDES hoje tem o mesmo tamanho que em 2008”, apontou Abreu. Ao comentar sobre a carteira de crédito, Abreu ressaltou que a carteira de crédito está, em números corrigidos, no mesmo patamar de 2008, mas com queda de 30% em termos de participação do PIB. “É um fator preocupante, uma vez que o principal ativo gerador de receita vem caindo, se continuar, vamos ter problemas em termos de resultado”, alertou o diretor.

Tesouro – Aloizio Mercadante revelou que o BNDES repassou ao Tesouro Nacional R$ 873 bilhões em valores nominais, desde 2015, ao considerar os pagamentos contratuais e antecipados de financiamento da União, FAT, dividendos e tributos federais. Esse valor supera em R$ 227 bilhões a soma de todos os desembolsos realizados no período (R$ 646 bilhões, entre 2015 e 2022). “O BNDES transferiu a mais R$ 254 bilhões que o subsídio que recebeu, de R$ 414 bilhões, entre 2008 e 2014. Cinco vezes o lucro líquido, vinte vezes o recorrente. Não é papel do BNDES financiar o Tesouro nesta velocidade”, disse o presidente.

Mercadante destacou que o BNDES precisa rever essa relação com o Tesouro para que possa resgatar o seu papel histórico de instrumento estratégico de desenvolvimento do Brasil. “Nós temos o valor da TLP que é de cinco anos. Existem outros prazos que o Tesouro Nacional utiliza para se financiar. Queremos poder utilizar outras taxas para diferentes clientes.”, esclareceu.

FuturoO diretor de Planejamento, Nelson Barbosa, apresentou aos jornalistas o plano do que vem sendo chamado de BNDES do Futuro, que passa por uma agenda de diversificação de funding; investimento em infraestrutura, com fábrica de projetos, inclusão produtiva, com foco em micro, pequenas e médias empresas, gestão climática, inovação e reindustrialização, transição energética, exportações e diversidade e equidade. Barbosa reforça a necessidade de estabelecer taxas adequadas para o desenvolvimento dessa agenda. “Usar as taxas que o Tesouro usa facilita, pois há taxas de cinco anos, de três anos que podem ser utilizadas em alguns casos. Mas precisamos de uma mudança estrutural, pois a taxa sozinha não muda o tamanho do Banco. Estamos conversando com a Fazenda sobre a criação de uma Letra de desenvolvimento, LCD, que poderia ser utilizada por bancos de desenvolvimento para captar recursos e que seria isenta de Imposto de Renda”, explica o diretor.

Aloizio Mercadante enfatizou a necessidade de abertura de mercados para que a indústria do Brasil volte a se modernizar, gere emprego, renda e possa ganhar escala e competitividade. “98% do mercado está fora do Brasil. Para nossas empresas terem competitividade, elas precisam exportar. Disputar o mercado internacional gera emprego, renda e impostos. Isso a ajuda a modernizar a indústria que precisa ser inovadora e verde. O Mundo não terá futuro sem o Brasil”, concluiu ao citar frase da diretora Luciana Costa, também presente ao evento. 

As demonstrações financeiras do BNDES e suas subsidiárias, além da apresentação à imprensa, estão disponíveis no Portal de Relações com Investidores do BNDES https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/relacoes-com-investidores

 

FOTO ANDRE TELLES 2 BNDES COLETIVA 14 MAR 2023-29

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