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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:18:47 17/09/2024 |INSTITUCIONAL |MICRO, PEQUENAS E MÉDIAS
Ultima atualização: 09:52 18/09/2024
Ao proferir nesta terça-feira, em São Paulo, a palestra magna do Global SME Finance Forum 2024, a diretora Financeira e de Crédito Digital para MPMEs do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, Maria Fernanda Coelho, destacou o evento como uma oportunidade para discutir soluções de complexos problemas globais, como a erradicação da pobreza extrema e o desenvolvimento sustentável.
Segundo Coelho, a realização do evento no Brasil em 2024 está alinhada com a agenda do país no G20. No bloco, o governo Lula propõe concentração de esforços para acelerar a transição energética e consolidar um modelo de desenvolvimento mais sustentável. “Os desafios impostos pela mudança climática exigem a erradicação da pobreza, sem que se comprometa o dinamismo econômico: um sonho que pode se tornar realidade”, segundo Maria Fernanda Coelho.
Maria Fernanda Coelho reforçou que o fomento dos mercados das pequenas e médias empresas deve olhar para a dimensão social da realidade. Apesar dos avanços tecnológicos e do aumento da produtividade agrícola, 11% da população mundial vive abaixo da linha da pobreza, por isso uma das metas das Nações Unidas é erradicar a pobreza extrema até 2030, um desafio global que demanda esforço coletivo.
Meio ambiente e clima – Ao alertar que as mudanças climáticas já afetam todos os países do mundo, a diretora mencionou os recentes alagamentos no Rio Grande do Sul e a seca na região Norte do Brasil, eventos que impactaram profundamente a economia, e mais ainda a população vulnerável e os pequenos negócios.
“O BNDES tem desempenhado um papel fundamental para minimizar os efeitos das tragédias ao atuar junto ao governo federal”, destacou Maria Fernanda. “Após as enchentes no Sul, o Banco mobilizou R$ 15 bilhões em crédito, além de oferecer condições especiais para capital de giro, investimento e reconstrução, prorrogação de contratos”.
No governo Lula, o BNDES participa da retomada das políticas públicas focadas em investimento, geração de emprego e combate à fome. “Apoiar pequenas e médias empresas é essencial para atingir esses objetivos”, ponderou a diretora. “No Brasil, por exemplo, as ofertas de empregos formais feitas pelas pequenas e médias empresas são de cerca de 65% do total. E seu papel na economia mostrou resultados no segundo trimestre deste ano, quando o índice de desemprego do país ficou em 6,5%, a menor taxa alcançada para o período desde 2014”.
Crédito digital a MPMEs –Coelho apresentou ao público do fórum outras ações que têm sido realizadas pelo BNDES, como a consolidação de uma carteira de crédito para MPMEs que, atualmente, ultrapassa R$ 145 bilhões e atende 443 mil clientes. O Banco conta com mais de 80 instituições financeiras, incluindo cooperativas de crédito e bancos regionais de desenvolvimento.
Um dos desafios do BNDES é ampliar o crédito em regiões menos desenvolvidas, como a Amazônia e o Nordeste, cujos índices de desenvolvimento humano (IDH) estão abaixo da média nacional. “A instituição tem consciência de que a desigualdade regional impacta o ambiente de negócios das pequenas empresas e diminui as chances de sucesso empresarial e que ampliar o crédito disponível pode fomentar o desenvolvimento local”, analisa a diretora.
Maria Fernanda Coelho defende a necessidade de pensar em arranjos financeiros que transcendam fronteiras e promovam maior integração regional, fornecendo recursos em condições mais acessíveis para todos os países. “A experiência do BNDES demonstra que essa integração é possível”, argumentou.