BNDES - Agência de Notícias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou neste ano, de janeiro a setembro, R$ 1,525 bilhão para o setor sucroenergético, crescimento de 7% em relação ao valor liberado em igual período do ano passado (R$ 1,419 bilhão). Os dados foram apresentados nesta terça-feira, 29, durante a 19ª Conferência Internacional Datagro sobre Açúcar e Etanol, em São Paulo (SP), pelo chefe do Departamento do Complexo Agroalimentar e Biocombustíveis do BNDES, Mauro Mattoso.

De acordo com o executivo do banco de fomento, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelos investimentos das usinas já estabelecidas no mercado em produção e estocagem de etanol.

Biometano – Em sua apresentação, Mattoso destacou o “enorme potencial” de produção de biometano pelo setor sucroenergético: 56 milhões de metros cúbicos por dia, quantidade suficiente para gerar 10.565 MW (75% da potência instalada da hidrelétrica de Itaipu), ou substituir 52 milhões de litros de óleo diesel (50% do consumo do combustível pelo setor agropecuário). Todo esse gás poderia ser aproveitado não apenas para gerar energia elétrica nas usinas térmicas, mas também para abastecer veículos e ainda na rede de distribuição.

Mauro Mattoso, chefe do Departamento do Complexo Agroalimentar e Biocombustíveis do BNDES

“Os investimentos em biogás e biometano se beneficiarão da reabertura em breve do Fundo Clima, que contará com orçamento de aproximadamente R$ 190 milhões”, afirmou Mattoso. “Os projetos já podem inclusive serem protocolados no BNDES. O Banco já conta com dois projetos aprovados tanto para bioeletricidade a partir do biogás quanto para produção e teste de utilização do biometano em substituição ao diesel”.