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BNDES - Agência de Notícias

Sat Dec 21 15:41:08 CET 2024 Sat Dec 21 15:41:08 CET 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:14:09 05/06/2024 |INSTITUCIONAL

Ultima atualização: 14:48 05/06/2024

Desembolsos do BNDES devem alcançar US$ 28 bi em 2024, diz Nelson Barbosa na China

  • Em palestra para investidores, em Pequim, diretor do Banco ressaltou que recursos beneficiarão principalmente infraestrutura, indústria e agropecuária

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) deve desembolsar US$ 28 bilhões (aproximadamente R$ 148 bilhões) para vários setores da economia brasileira em 2024. A previsão foi feita pelo diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa, em Pequim, durante o “Seminário Econômico Brasil-China”, nesta quarta-feira, 5.

“Neste ano, nós esperamos desembolsar cerca de US$ 28 bilhões para vários setores, concentrados principalmente em infraestrutura, financiamento industrial e financiamento da cadeia agropecuária”, disse ele, para uma plateia formada por empresários brasileiros e chineses. O diretor integra missão do Governo Federal no país asiático.

Barbosa ressaltou que o Banco é o principal agente de financiamento do desenvolvimento brasileiro e de execução da política de investimento do Governo Federal. “O BNDES tem ativos que totalizam 7% do PIB da economia brasileira. Nós financiamos, diretamente, 5% de todo o investimento feito no Brasil. E, indiretamente, o número chega a 10% porque nossos financiamentos são feitos em parceria com o setor privado e em parceria com agentes internacionais, o que multiplica e alavanca”, destacou.

Banco da transição ecológica - Segundo Barbosa, o BNDES que começou na década de 1950, como um banco industrial, evoluiu para um banco de infraestrutura, mantendo os financiamentos industriais, se transformou no banco de comércio exterior e das micro e pequenas empresas, é, agora, “o Banco da transição ecológica”.

“Procuramos combinar o desenvolvimento com a inclusão social, com distribuição de renda, que é uma característica do governo do presidente Lula, o desenvolvimento tem que ser para todos, não só para poucos, combinando isso também com a preocupação ambiental, com a transição ecológica com a descarbonização da nossa economia, com aumento da eficiência energética e com a preservação do meio ambiente”, detalhou.

Oportunidades de investimento – Ainda no seminário, Barbosa apresentou o Fundo Clima, como oportunidade para investidores chineses, tendo em vista que após a capitalização com US$ 2 bilhões (aproximadamente R$ 10,5 bilhões) e a demanda crescente, o Ministério da Fazenda deve fazer nova emissão de green bonds.

“Esses financiamentos estão abertos a todos os investidores residentes no Brasil. Podem ser firmas brasileiras, podem ser firmas chinesas. Eles financiam processos de descarbonização, de aumento de eficiência energética, de recuperação de áreas degradadas e de inovação”, explicou.

Outra oportunidade apresentada aos investidores chineses foram os projetos de concessão de florestas para exploração sustentável e de crédito de carbono, estruturados pelo Banco, dentro das iniciativas de recuperação de áreas degradadas em florestas.

“Neste momento, estamos estruturando uma área que equivale ao tamanho do país de Portugal, 9 milhões de hectares. Estamos em contrato com vários estados e com o Serviço Florestal Brasileiro para ampliar a área de concessões de manejo de florestas para 25 milhões de hectares, o que equivale ao tamanho do Reino Unido”, revelou. Essas concessões, segundo Barbosa, têm grande potencial de gerar crédito de carbono de alta qualidade, que podem ser utilizadas por empresas brasileiras e por empresas chinesas para compensar suas emissões.

Apoio ao RS - Na terça-feira, 4, integrantes da missão reuniram-se com a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco dos Brics, Dilma Rousseff, ocasião em que ela e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, assinaram carta-compromisso de apoio ao Rio Grande do Sul, formalizando a destinação de US$ 495 milhões (aproximadamente R$ 2,6 bilhões) para a reconstrução do estado. Além dos recursos oriundos do NDB, BNDES, Banco do Brasil e Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) irão disponibilizar outros US$ 620 milhões (aproximadamente R$ 3,3 bilhões), totalizando US$ 1,115 bilhões em investimentos (aproximadamente R$ 5,9 bilhões).

 

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Fotos: Apex Brasil