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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:14:51 22/08/2019 |INSTITUCIONAL |SUDESTE
Ultima atualização: 18:20 22/08/2019
Adolescentes de 15 a 18 anos vindos de famílias de baixa renda encontram o primeiro emprego e a oportunidade de desenvolver competências para o ambiente de trabalho em uma iniciativa de inclusão social no Rio de Janeiro. Com o programa Jovem Aprendiz, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) oferece aos jovens formação técnica e experiência de trabalho compatíveis com seu desenvolvimento físico, moral e psicológico.
Desde seu lançamento, em 2007, cerca de 370 adolescentes concluíram o programa. Desse total, hoje 61% só trabalham, 15% apenas estudam e outros 15% trabalham e estudam. Os jovens participantes também continuaram a formação escolar, sendo que 61% concluíram o ensino médio, 17% ingressaram em faculdades ou universidades, 4% estão cursando o nível médio, e 6% concluíram o ensino técnico.
Com duração de 1 ano e 5 meses, o programa contempla atividades teóricas e práticas e é desenvolvido por intermédio de organizações não governamentais, sem fins lucrativos, atuantes nas causas de adolescentes em situação vulnerável e na promoção do desenvolvimento de jovens. Os jovens aprendizes pertencem a famílias inscritas no cadastro único, em condição de vulnerabilidade socioeconômica.
De acordo com João Victor Monteiro, que atualmente trabalha no setor de Protocolo, o banco de fomento proporciona uma excelente oportunidade de aprendizado. “Estou conhecendo diferentes áreas e aprendendo sobre novas funções”, afirmou. “Com esse aprendizado, aumento meu conhecimento e ganho mais experiência, que serão usados no futuro”.
Crescimento e amadurecimento profissional são as grandes lições para outra jovem aprendiz, Camille Florentino, lotada na Área de Administração e Recursos Humanos. “Aprendi a me comunicar melhor e trabalhar em grupo”, avaliou. “Hoje vejo que mudei tanto a maneira de pensar quanto o jeito de agir. Tenho mais responsabilidade e criei também uma nova visão do ambiente administrativo”.
Para o gerente José Luiz Penido, também da Área de Administração e RH, cuidar do Programa Jovem Aprendiz é motivo de “muito orgulho”. “Conseguimos inserir jovens em condições de vulnerabilidade no mercado de trabalho”, disse. “Esss jovens contribuem de imediato para o aumento da renda familiar. E o principal legado é aumentar as chances de empregabilidade no futuro”.
Em maio deste ano, o BNDES recebeu uma nova turma com 35 novos aprendizes, sendo 16 no turno da manhã e 19 pela tarde. Eles iniciaram a prática de aprendizagem com atividades administrativas nas instalações do Banco, o que inclui supervisão pedagógica e atividades teóricas. Os jovens são remunerados com um salário mínimo nacional por mês, sendo assegurados os demais direitos trabalhistas e previdenciários. Além dos benefícios determinados em lei, recebem auxílio-refeição e assistência médico-odontológica.
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Júlia Faria, de 15 anos, mora no Catumbi, um bairro humilde na região central da capital fluminense. Vive com os avós e dois irmãos. Aos dois anos de idade, perdeu o pai. Apesar de toda dificuldade, destaca a união da família e diz que nunca faltou nada. Sempre ao seu lado, a mãe, que apoia e incentiva os estudos, ficou desempregada no ano passado, o que trouxe novo aperto temporário, mas felizmente os avós ajudam a superar esse momento. Agora a mãe trabalha com Uber para prover os sustentos em casa, enquanto o irmão continua a busca por emprego. Sua maior alegria foi ter conseguido entrar no programa para ajudar no sustento da casa e investir nos estudos.
Ana Karla Santos tem 16 anos e conta que sua mãe é sua maior inspiração, pela trajetória difícil que superou com grande força e sacrifício. Sem as mesmas oportunidades, sua mãe não chegou a concluir os estudos, pois sofreu com um abandono, tendo que, aos 14 anos, cuidar dos irmãos, época em que começou a fazer limpeza como empregada doméstica. Por tudo isso, Ana Karla valoriza ainda mais a chance desse primeiro emprego.
Luana Almeida sempre teve um sonho de trabalhar e ajudar a família. Em 2018, foi morar com o pai e, este ano, voltou a morar com a mãe, que a ajudou na busca de emprego na condição de jovem aprendiz. Elogia o convívio com a equipe do programa: “são incríveis e todos os colegas são bem atenciosos”.