BNDES - Agência de Notícias

• Obra deve reduzir em até 1h20 o tempo de travessia entre Santo Amaro da Imperatriz e Tijucas

• Banco financiou R$ 703 mi à Arteris Litoral Sul S.A, em 2011, e dez anos depois, via subscrição de debêntures, reforçou apoio ao projeto

Apoiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a maior obra rodoviária que estava em andamento no Brasil, o Contorno Viário da Grande Florianópolis, foi inaugurada nesta sexta-feira, 9. A cerimônia de inauguração em Palhoça, Santa Catarina, contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dos ministros Rui Costa (Casa Civil), o Renan Filho (Transportes) e da diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa.      

A estimativa é que a nova via reduza em até 1h20 o tempo da travessia na região com impacto em 30 mil veículos por dia e em ao menos nove cidades, entre Santo Amaro da Imperatriz e Tijucas. O contorno, que recebeu R$ 3,9 bilhões em investimentos, também diminuirá os custos operacionais de transportadoras.

Com 50 km de pista dupla e seis acessos por trevos, o contorno desviará o tráfego da região metropolitana de Florianópolis, capital de Santa Catarina. A obra tem quatro túneis duplos, vinte passagens em desnível e sete pontes.

Reprodução Arteris Sul

Histórico do apoio - Em 2011, o BNDES financiou com R$ 703 milhões a Arteris Litoral Sul S.A, concessionária responsável pela administração do trecho de 356 km da BR-101 que conecta Curitiba, capital do Paraná, ao município de Palhoça, em Santa Catarina. 

A concessão previa execução de serviços de recuperação, ampliação e outras melhorias da rodovia, entre elas o Contorno Viário de Florianópolis. Contudo, o crescimento populacional na região exigiu alterações no projeto inicial dessa obra, com aumento dos investimentos previstos. 

Com os demais investimentos já realizados e um novo projeto do Contorno, em 2021, a concessionária optou pela emissão de debêntures no valor de R$ 2 bilhões, que permitiu realavancar o projeto, quitando a dívida com o BNDES, assim como prover recursos para a conclusão do Contorno. 

Após ter sido o único financiador do projeto em seu início, momento de maior risco, o BNDES ancorou a nova emissão, ajudando a trazer investidores privados. O Banco subscreveu 6,7% das debêntures (R$ 134 milhões), reduzindo sua exposição inicial e trazendo o mercado para o financiamento do projeto.

“O projeto foi priorizado pelo Governo do presidente Lula porque é uma infraestrutura rodoviária que melhora a qualidade de vida da população e reduz os impactos sobre o clima, pois aumenta a fluidez do trânsito, reduz o tempo gasto nos deslocamentos e contribui para a redução de emissão de gases do efeito estufa”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Segundo a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco, Luciana Costa, ”a participação do BNDES, inicialmente através de um empréstimo bancário, e depois pela subscrição de debêntures, teve papel fundamental na atração de novos investidores e para tornar o projeto uma realidade.”      

“A liberação do Contorno Viário, mais do que impactar no trânsito, vai aumentar a segurança viária de quem trafega na região”, afirmou o diretor superintendente da Arteris na regional Sul, Cesar Sass.

Composta por 22 cidades, a Grande Florianópolis é um dos principais centros financeiros, industriais e turísticos de Santa Catarina. A região concentra 1,2 milhão de habitantes, cerca de 15% da população do estado.

Reprodução Palácio do Planalto