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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:15:30 03/10/2024 |MEIO AMBIENTE

Ultima atualização: 17:01 03/10/2024

ClimateScanner: BNDES sedia etapa final de treinamento sobre auditoria climática global

  • Ferramenta, que já capacitou cerca de 240 auditores de 141 países, será apresentada no próximo mês, na COP29 do Azerbaijão

 

  • Projeto têm apoio de até US$ 1 milhão em recursos não reembolsáveis do Banco

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sediou, nesta quinta-feira, 3, evento que marcou a etapa final de capacitação de auditores para atuação no ClimateScanner, projeto global que visa avaliar de forma padronizada as políticas governamentais no enfrentamento das emergências climáticas. Participaram do encontro o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e o representante residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Claudio Providas.

Desenvolvido pelo TCU, na qualidade de presidente da Organização Internacional de Entidades Fiscalizadoras Superiores (Intosai, na sigla em inglês), em parceria com Instituições Superiores de Controle de 17 países, o ClimateScanner já capacitou cerca de 240 auditores dos 141 países que aderiram a plataforma até agora. Os primeiros resultados da ferramenta serão apresentados na COP29, que ocorrerá em novembro, no Azerbaijão.

“Essa iniciativa da Intosai é estratégica. Talvez seja a única com abrangência planetária para refletir sobre essa tragédia ambiental que estamos atravessando”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “O BNDES fez questão de apoiar o projeto desde o início, porque ele está totalmente alinhado às prioridades do Banco de ser verde, comprometido com a sustentabilidade ambiental e com uma transição energética justa”, completou Mercadante, chamando a atenção para a necessidade de os bancos públicos criarem fundos para urgências climáticas.

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Foto:  Vinícius Martins / Divulgação BNDES


O presidente do TCU, Bruno Dantas, destacou que o objetivo do ClimateScanner é fiscalizar não apenas o cumprimento das políticas climáticas adotadas pelos países, mas também sua eficácia. Segundo ele, este é maior projeto já desenvolvido pela Intosai desde a sua fundação, em 1953. “Um dos principais objetivos do Brasil na presidência da Intosai foi amplificar a voz global das Instituições de Controle. Dialogando com todos os países-membro, identificamos as mudanças climáticas como idioma comum a todos nós. Escolhemos lutar para que o mundo tenha um ambiente mais sadio e para que as mudanças climáticas sejam combatidas de forma austera”, afirmou.

Claudio Providas, representante do PNUD no Brasil, ressaltou que mitigar os efeitos de crises climáticas custa mais caro do que investir em projetos para evitar ou minimizar esses danos. “A mudança climática já está aqui. A única maneira de resolver é com investimentos claros”, defendeu.

Pronta-resposta - Mercadante também afirmou que a instituição criou uma estrutura de pronta-resposta para lidar com desastres climáticos. Como exemplo, lembrou a seca e as enchentes no Rio Grande do Sul, além das queimadas em diversas regiões do país. No Rio Grande do Sul, o BNDES já aprovou R$ 10,5 bilhões para a recuperação do Estado. O Banco também aprovou R$ 405 milhões em recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia para corporações que combatem incêndios e está engajado no esforço de recuperação da vegetação da caatinga e do semiárido nordestinos, com iniciativas como o Sertão Vivo e o Floresta Viva. 

Ele lembrou que o BNDES é o banco público que mais financiou energia limpa e renovável na história, segundo levantamento da Bloomberg. Na avaliação do presidente, a transição energética é cara e não será feita sem políticas públicas.

Sul Global - Mercadante também criticou o que chamou de subfinanciamento das ações para enfrentar a crise climática e defendeu que os países do Sul Global recebam maior atenção, especialmente os mais pobres. “Precisamos de uma visão mais articulada, mais consistente e mais generosa com os países pobres. Esperamos que o ClimateScanner coloque isso na agenda da negociação e da diplomacia internacional”, ressaltou Mercadante.

ClimateScanner - Em maio deste ano, o BNDES formalizou o apoio de até US$ 1 milhão em recursos não reembolsáveis para a etapa de conclusão do ClimateScanner. Além do apoio financeiro, o acordo previu a disponibilização de técnicos do BNDES especializados em financiamento à resiliência climática para participar do projeto.

A iniciativa, liderada pela presidência da Intosai, exercida pelo TCU, permite uma auditoria rápida e padronizada das ações governamentais de combate à mudança climática. Sua metodologia, desenvolvida ao longo de 2023 por um grupo executivo de 17 Instituições Superiores de Controle ao redor do mundo, está organizada sob três eixos - governança, financiamento climático e políticas públicas -, nos níveis nacional e internacional.

Desenvolvida com linguagem simples, navegação amigável e recursos visuais, a plataforma disponibiliza um modo inovador de acompanhar as políticas públicas de enfrentamento às mudanças climáticas, dando às instituições de controle do mundo inteiro condições de realizar uma avaliação independente das ações governamentais.

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