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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:16:54 17/09/2019 |CULTURA |SUDESTE

Ultima atualização: 15:25 18/09/2019

Fotos: André Telles/Divulgação BNDES

Cais do Valongo terá R$ 1,7 mi do BNDES para novas obras de conservação e ações educativas

• Recursos estão associados a financiamento de R$ 5,2 bi do banco de fomento à State Grid Brazil, para implantação de complexos eólicos e 2,5 mil quilômetros de linhas de transmissão

 

Foi lançada nesta terça-feira, 17, a pedra fundamental do projeto de socialização e valorização do sítio arqueológico do Cais do Valongo, no bairro da Gamboa, região central do Rio de Janeiro. A iniciativa promoverá obras de conservação e ações de educação patrimonial e difusão de informações sobre o sítio, considerado patrimônio histórico da humanidade pela Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco) desde 2017 – no local, desembarcaram cerca de um milhão de escravos africanos durante o período colonial.

Os investimentos no projeto totalizam R$ 2,1 milhões, que serão aplicados pela Xingu Rio Transmissora de Energia (XRTE), sendo que R$ 1,7 milhão será financiado pela linha Investimentos Sociais de Empresas (ISE) do BNDES, direcionada a projetos e programas sociais desenvolvidos por empresas, associações e fundações de todos os portes.

As obras de conservação contemplam a instalação de sinalização e painéis de informação, câmeras de segurança e equipamentos de iluminação, além da substituição do guarda-corpo de forma a ampliar a segurança dos pedestres. Também serão realizadas ações de educação patrimonial com atividades de formação de professores da região e oficinas e aulas-campo voltadas a estudantes das 11 escolas e de instituições de educação e cultura locais. O objetivo é ampliar a compreensão de como o patrimônio pode ser utilizado como ferramenta de educação e o acesso dos jovens moradores a novas experiências de aprendizado.

 

Cais do Valongo terá R$ 1,7 mi do BNDES para novas obras de conservação e ações educativas

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“É um projeto extremamente importante, porque não contempla só o patrimônio histórico, que por si só já é de uma grandeza magnífica, mas também o acesso das crianças das escolas municipais do entorno do Cais do Valongo a essa história tão nossa e que deve ser contada a essa e a outras gerações”, afirmou a economista Vanessa Mesquita Braga, do Departamento de Educação e Cultura do BNDES.

Pequena África – Conhecida como Pequena África, a região onde se situa o Cais do Valongo possui cerca de 30 mil habitantes e conta com 11 escolas e cerca de 7 mil estudantes. Apesar de sua relevância histórica – as ruínas do cais são os únicos vestígios materiais do desembarque de africanos escravizados nas Américas –, muitos moradores do entorno desconhecem o Cais do Valongo e sua importância.

“Ao participar do projeto, entendemos que toda a região da Pequena África seria parte integrante da curadoria, programação e ações de relacionamento com a comunidade”, explicou Ricardo Piquet, diretor-presidente do IDG. “Todos precisamos conhecer a história de luta e resistência dos africanos escravizados no Brasil, que deram origem à nossa rica formação cultural”.

Linha ISE – Os recursos da linha ISE estão associados a um financiamento total de R$ 5,2 bilhões do BNDES à XRTE, da holding State Grid Brazil, direcionado à implantação de complexos eólicos e 2,5 mil quilômetros de linhas de transmissão. Associados ao financiamento, R$ 12 milhões serão investidos em projetos sociais em diferentes municípios nos estados do Pará, Minas Gerais, Tocantins e Rio de Janeiro. Os projetos serão desenvolvidos pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), contratados pela XRTE para prestar serviços de consultoria técnica.

“Estamos orgulhosos de contribuir nesse projeto fundamental para a preservação de uma parte fundamental da história brasileira”, declarou o diretor de Meio Ambiente, Fundiário, Saúde e Segurança da State Grid Brasil, Anselmo Leal. “Desde a fundação da State Grid no Brasil, em 2010, tínhamos claro que, num mesmo propósito do que a nossa matriz na China, buscaríamos ajudar no desenvolvimento social e cultural”, acrescentou o chairman da companhia de energia, Cai Hongxian.