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Por: Agência BNDES de Notícias
Publicação:15:03 15/05/2025 |INSTITUCIONAL
Ultima atualização: 16:22 15/05/2025
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no primeiro trimestre de 2025. O valor representa alta de 7,3% frente ao resultado do mesmo período em 2024. Nos primeiros três meses do ano, o Banco também apresentou alta nas aprovações e nos desembolsos, que superaram as marcas dos últimos cinco anos, mantendo a trajetória de crescimento das operações diretas e indiretas (via agentes financeiros repassadores de recursos do BNDES). Com valor total de R$ 594 bilhões no dia 31 de março deste ano, a carteira de crédito expandida mantém trajetória de crescimento, com alta de 14,2% frente ao primeiro trimestre de 2024 e de 24% em relação a 2023.
Os números foram apresentados em entrevista coletiva de imprensa, nesta quinta-feira, 15, na sede do Banco, no Rio, pelos diretores Alexandre Abreu (Financeiro e de Mercado de Capitais) e Nelson Barbosa (Planejamento e Relações Intitucionais). Também participaram os diretores Jose Luis Gordon (Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior), Walter Baère (Jurídico), Tereza Campello (Socioambiental) e Helena Tenório (Pessoas, TI e Operações).
As aprovações de crédito somaram R$ 33,3 bilhões, aumento de 35% em relação ao primeiro trimestre de 2024 e de 158% sobre 2022. O volume cresceu em todos os setores, com destaque para o aumento de 100% na infraestrutura (R$ 13,2 bilhões), em comparação com 2024. Entre os projetos aprovados, R$ 7,3 bilhões para a EcoRioMinas Concessionária de Rodovias S.A. investir em três rodovias federais (trechos da BR-116, BR-465 e BR-493) entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais, beneficiando 36 municípios nos dois estados. E o apoio de R$ 2,4 bilhões para a expansão da Linha 2-Verde do metrô de São Paulo (SP).
Em relação ao primeiro trimestre de 2024, as aprovações de crédito para o setor de comércio e serviços cresceram 20% (R$ 5,3 bilhões). Na agropecuária a alta foi de 9% (R$ 7,4 bilhões) e, para a indústria, o crescimento foi de 7% (R$ 7,4 bilhões).
Considerando o recorte de micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o apoio somou R$ 34,7 bilhões, aumento de 87,7% comparado ao primeiro trimestre de 2024 e de 381,9% a 2022. As aprovações de crédito somaram R$ 13,2 bilhões e as garantias prestadas por fundos garantidores em operações realizadas por agentes financeiros alcançaram R$ 21,5 bilhões.
“Os resultados do primeiro trimestre de 2025 mostram que o BNDES continua sendo uma das instituições públicas que mais tem contribuído com o governo Lula para o desenvolvimento do Brasil. O lucro líquido continuou crescendo, assim como as aprovações de crédito em todos os setores da economia, mesmo com uma taxa de juros bastante difícil e num cenário geopolítico muito desafiador. O Banco, mais uma vez, apresenta um resultado exuberante, mostrando a competência, a seriedade e o papel decisivo na democratização do crédito”, afirma o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Os desembolsos do BNDES atingiram R$ 25,2 bilhões no trimestre, aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2024 e de 70% frente a 2022, garantindo a continuidade do crescimento da carteira expandida. Já as consultas alcançaram R$ 53,1 bilhões, redução de 13% em relação ao primeiro trimestre de 2024, mas aumento de 46% comparado a 2023 e de 271% sobre 2022.
“O BNDES representou 1,4% do fluxo de crédito na economia do primeiro trimestre de 2025. Dos R$ 33,3 bi aprovados, a maior parte – 75,4% - foram a custos de mercado. Dos 21,6% com recursos incentivados, o Plano Safra representou 18,5% do total aprovado pelo Banco”, afirmou o diretor Nelson Barbosa.
Reconstrução do RS - Segundo Barbosa, foram aprovados R$ 28 bilhões para o Rio Grande do Sul, sendo cerca de R$ 20 bi para a linha de crédito emergencial, outros em suspensão de pagamentos, garantia. "Foram 8 mil operações de crédito, 5 mil operações de garantia, suspensão dos pagamentos de 73 mil contratos, 4,6 mil empregos gerados nas empresas apoiadas e uma rápida recuperação do Rio Grande do Sul, que cresceu bem mais que o resto da economia no ano passado. É um dos casos de reconstrução pós-eventos extremos mais bem sucedidos dos últimos tempos”, explicou.
Inadimplência - A inadimplência de 0,001% (90 dias) permanece expressivamente inferior à do Sistema Financeiro Nacional (3,22% geral e 0,33% para grandes empresas em março de 2025), evidenciando a solidez da carteira de crédito do BNDES.
“A gente percebe o mercado aumentando a inadimplência, mas o BNDES a mantém estável”, disse Alexandre Abreu.
Lucro líquido – No primeiro trimestre de 2025, o lucro líquido total foi de R$ 5,6 bilhões, 7,3% superior ao resultado apurado no mesmo período de 2024, enquanto o lucro líquido recorrente de R$ 2,7 bilhões permaneceu estável, com variação positiva de 0,9%.
As receitas oriundas das reversões de provisão para risco de crédito de R$ 1,5 bilhão, liquida de efeitos tributários, e o recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio de R$ 0,8 bilhão, oriundos de Petrobras, influenciaram o lucro total do trimestre.
“A carteira de crédito que temos agora, em termos nominais, é a maior desde o quarto trimestre de 2017. Vínhamos perdendo carteira e estamos recuperando desde 2023”, afirmou diretor Financeiro Alexandre Abreu. “O aumento da carteira de participações societárias reflete a valorização dos nossos ativos, principalmente JBS. Desde que o Banco entrou na empresa, a ação subiu de aproximadamente R$ 5 para R$ 42,33, posição máxima histórica registrada em 21 de março”, completou.
Ativos – Em 31 de março de 2025, os ativos totais do Sistema BNDES somaram R$ 861 bilhões, aumento de R$ 20 bilhões (2,4%) em relação a dezembro de 2024 e de 24,9% sobre 2022.
Os financiamentos de créditos, repasses, debêntures e outros ativos de concessão de crédito, que compõem a carteira de crédito expandida, atingiram o montante de R$ 594 bilhões em 31 de março de 2025 (1,6% acima de dezembro de 2024 e 34,1% de aumento sobre o primeiro trimestre de 2022), influenciado pela integralização de debêntures e pela apropriação de juros e atualização monetária.
A carteira de participações societárias totalizou R$ 87,6 bilhões, aumento de 7% em relação à posição de dezembro 2024 e de 40% sobre 2022, com a valorização dos investimentos em empresas não coligadas. Petrobras, JBS, Eletrobras e COPEL seguem como principais empresas investidas em termos de carteira total.
Fontes de recursos – Em 31 de março de 2025, o saldo do FAT era de R$ 451 bilhões, representando a parcela mais significativa da estrutura de funding do BNDES (55,2% dos passivos onerosos da instituição). O aumento de R$ 3 bilhões em relação ao saldo em 31 de dezembro de 2024 é oriundo, principalmente, da apropriação de juros e ingresso de novos recursos.
O valor devido pelo BNDES ao Tesouro Nacional totalizou R$ 40 bilhões em 31 de março de 2025. O montante de R$ 20 bilhões recebido em 2024 para apoio ao estado do Rio Grande do Sul foi repassado do Fundo Social, no âmbito do artigo 27 da Lei nº 14.981, de 20 de setembro de 2024, objetivando a cobertura de operações contratadas por beneficiários que tiveram perdas materiais nas áreas afetadas pelos eventos climáticos extremos ocorridos nos meses de abril e maio de 2024.
No primeiro trimestre de 2025, o BNDES captou R$ 4,4 bilhões de recursos por meio da emissão de Letras de Crédito do Desenvolvimento (LCDs), sendo o saldo total de captações internas de R$ 18,9 bilhões em 31 de março de 2025.
O passivo com captações externas atingiu R$ 35 bilhões em 31 de março de 2025, com acréscimo de 2,9% no trimestre. Os recursos oriundos das captações de R$ 2,7 bilhões junto ao CDB – China Development Bank e de R$ 421 milhões junto à AFD – Agência Francesa de Desenvolvimento foram parcialmente compensados pelo efeito da desvalorização do dólar norte-americano no saldo devedor dos contratos.
Essa expansão nas fontes de recursos tem possibilitado a contínua ampliação e diversificação de funding, com foco na redução do custo de captação e no fortalecimento da competitividade do Sistema BNDES.
Patrimônio líquido – O patrimônio líquido atingiu R$ 168,2 bilhões, em 31 de março de 2025, aumento de R$ 9,8 bilhões frente ao encerramento de 2024, em virtude do lucro líquido de R$ 5,6 bilhões no trimestre e do efeito positivo do ajuste a valor de mercado de ativos (principalmente ações e debêntures) de R$ 4,3 bilhões, líquido de tributos.
Tal como as demais instituições financeiras, o BNDES passou a adotar os padrões internacionais determinados pela Resolução CMN nº 4.966/2021. Os principais efeitos da adoção inicial das mudanças de práticas (sem impacto no resultado) referem-se à reversão de parte da provisão para risco de crédito e dos respectivos impactos tributários decorrentes da mudança de metodologia. Além desses efeitos, cabe destacar que os resultados com eventuais vendas de ações passaram a ser reconhecidos diretamente em Lucros Acumulados, no Patrimônio Líquido, mas, para a melhor compreensão do desempenho do período, serão somados ao Lucro Líquido e divulgados como Lucro Líquido Ajustado.
Índice de Basileia – O BNDES mantém índices de capital sólidos com Índice de Basileia bem acima do mínimo regulatório. Em 31 de março de 2025, o Índice de Basileia atingiu 28,6% (28,2% em 2024), mantendo situação confortável com relação do limite de 10,5% exigido pelo Banco Central. O aumento reflete as variações do patrimônio líquido mencionadas.
Para acessar as demonstrações financeiras completas do BNDES e suas subsidiárias, acesse o Portal de Relações com Investidores: bndes.gov.br/relacoes-com-investidores