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BNDES - Agência de Notícias

Wed Apr 24 03:44:37 CEST 2024 Wed Apr 24 03:44:37 CEST 2024

Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:10:10 24/03/2022 |ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA |MEIO AMBIENTE |SUDESTE

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Agência BNDES

BNDES e Estado do Rio assinam protocolo para projetos de reflorestamento da mata atlântica

- Programa Floresta Viva, matchfunding criado pelo BNDES, receberá doações de R$ 200 milhões do programa estadual Florestas do Amanhã e outros R$ 70 milhões da CEDAE.

- BNDES também doará mais R$ 200 milhões de contrapartida

- Cerimônia que deu início às ações da agenda Rio2030 ocorreu no Cristo Redentor

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS) firmaram ontem protocolo de intenções para participação do Estado no programa Floresta Viva. Pelo acordo, assinado entre o diretor de Crédito Produtivo e Socioambiental do BNDES, Bruno Aranha, o governador do Estado do Rio,Cláudio Castro , e o secretário da Seas, Thiago Pampolha, iniciativas para reflorestamento da Mata Atlântica receberão doações de R$ 200 milhões do BNDES, R$ 200 milhões que fazem parte do programa Florestas do Amanhã do Governo do Rio e outros R$ 70 milhões da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae).

O Floresta Viva é um matchfunding criado pelo BNDES que estimula o apoio privado a projetos de restauração florestal com espécies nativas e com sistemas agroflorestais nos vários biomas do território brasileiro por meio de aportes complementares por parte do Banco. Os R$ 200 milhões do Estado fazem parte do programa estadual Floresta do Amanhã, que tem o objetivo de reflorestar 1.100 hectares de Mata Atlântica com o plantio de 2,5 milhões mudas de espécies endêmicas do bioma, em 29 unidades de conservação e em outras áreas prioritárias espalhadas pelo território fluminense.

“Estou muito feliz em poder fazer esse anúncio da parceria entre o BNDES e o governo do Estado num dos maiores programas de reflorestamento de floresta nativa no Estado do Rio, que é a conjugação de esforços do Florestas do Amanhã e do Floresta Viva. Convido as demais empresas que se juntem a essa parceria para que possamos atingir os objetivos do desenvolvimento sustentável e os compromissos para o processo de descarbonização feitos pelo Brasil”, discursou Bruno Aranha durante o evento, realizado aos pés do Cristo Redentor, no Morro do Corcovado.  “O Brasil tem o maior capital ambiental do planeta, e, portanto a vocação para ser um centro de negociação destes créditos de carbono do mundo. A certificação de projetos gera a possibilidade de emissão destes créditos. E esse é um grande instrumento para gerar financiamento climático.”

A solenidade marcou o início da Rio2030 e contou com representantes da Autoridade do Desenvolvimento Sustentável, das Águas do Rio e da Firjan. A benção inicial foi dada pelo padre Omar, reitor do Santuário do Corcovado, seguida pela apresentação sinfônica da Orquestra Maré do Amanhã.

“Inauguramos novos tempos no Estado do Rio de Janeiro baseado no tripé trabalho, diálogo e parcerias. O Floresta Viva, em parceria com o BNDES, é um desses marcos. Ao firmar esta ação voltada para o desenvolvimento sustentável fluminense, pensamos não somente nesta, mas nas futuras gerações que aqui vão habitar”, explicou o governador do Rio, Cláudio Castro. “ Inclusive, desafio o BNDES a dobrar o valor dessas doações muito em breve”, complementou, em tom divertido.

"A garantia da segurança hídrica no estado passa pela proteção, conservação e recuperação da nossa Mata Atlântica. Hoje pactuamos um acordo importante que vai garantir o fortalecimento do programa desenvolvido na secretaria, o Florestas do Amanhã, e proporcionar maior equilíbrio ambiental para o Rio de Janeiro”, destacou o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, Thiago Pampolha.

 

 



O Governo do Estado do Rio de Janeiro se junta a parceiros como Petrobras, Coopercitrus, Energisa, Grupo Heineken, Itaipu, Governo de Mato Grosso do Sul, Philip Morris Brasil e Vale (Fundo Vale). Estas empresas devem investir até R$ 250 milhões no Floresta Viva pelos próximos sete anos, cabendo outros R$ 250 milhões ao BNDES.  

Floresta Viva – A iniciativa tem como finalidade a execução de projetos para conservação ecológica e aumento da cobertura vegetal, restauração de bacias hidrográficas com espécies nativas de biomas, além do fortalecimento da estrutura técnica e de gestão da cadeia produtiva do setor de restauração ecológica. A redução de processos erosivos, o desenvolvimento da paisagem e a melhoria do microclima são outros dos objetivos deste programa.

Os projetos e investimentos devem ser sustentáveis pelos beneficiários finais do apoio, considerando os aspectos financeiros, sociais, ambientais, institucionais e de governança pertinentes. A arrecadação será feita por meio de matchfunding, modelo de financiamento que junta recursos não reembolsáveis do BNDES com os de outras instituições apoiadoras.

Florestas do Amanhã – É o programa desenvolvido pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (Seas) e pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão que pretende recuperar 1.100 hectares via compensação ambiental e plantar 2,5 milhões de árvores em 20 unidades de conservação e outras áreas prioritárias. Os recursos virão da compensação ambiental que precisa ser obrigatoriamente depositada no Fundo da Mata Atlântica.

BNDES e Rio de Janeiro – A adesão do Estado do Rio de Janeiro ao programa Floresta Viva do BNDES não é a primeira parceria entre Banco e Estado. Em dezembro de 2021, foi concluído o processo de concessão regionalizada dos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto, que vinham sendo prestados pela CEDAE. As empresas Iguá, Águas do Rio e Águas do Brasil assumiram as novas concessões. Considerando todos os lotes de concessão, o projeto de saneamento do Rio de Janeiro, que é o maior do gênero no Brasil, tem a perspectiva de geração de 45 mil empregos e investimentos de mais de R$ 32 bilhões. O presidente das Águas do Rio, Alexandre Bianchini, lembrou em discurso a meta de tratamento de 90% do esgoto do Rio de Janeiro até 2033, em linha com o novo marco regulatório do setor.  O Estado do Rio de Janeiro possui 17 milhões de pessoas e 92 municípios.

Sobre o BNDES – Fundado em 1952 e atualmente vinculado ao Ministério da Economia, o BNDES é o principal instrumento principal instrumento do Governo Federal para promover investimentos de longo prazo na economia brasileira. Suas ações têm foco no impacto socioambiental e econômico no Brasil. O Banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas, além de linhas de investimentos sociais, direcionadas para educação e saúde, agricultura familiar, saneamento básico e transporte urbano. Em situações de crise, o Banco atua de forma anticíclica e auxilia na formulação das soluções para a retomada do crescimento da economia.