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A restauração florestal da Mata Atlântica, em Santa Catarina, será apoiada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com R$ 3,4 milhões em recursos não reembolsáveis. O crédito, proveniente do Fundo Social do BNDES, será repassado à Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O valor total do investimento para a realização do projeto é de R$ 4 milhões. Os 85% do BNDES são recursos financeiros que não precisam ser devolvidos ao Banco, desde que sejam cumpridas as finalidades do projeto e as regras estabelecidas no contrato.
O reflorestamento será feito em uma área de 302 hectares, equivalentes a 423 campos oficiais de futebol, distribuídos em regiões do Meio Oeste e do Planalto Serrano catarinenses. Além da restauração florestal, o projeto inclui a implantação de um centro de pesquisa aplicada, sob a orientação de 13 professores da UFSC, e a construção de um viveiro de mudas.
A restauração em áreas de Floresta de Araucária será dividida entre 92 hectares no Parque Estadual Rio Canoas, no município de Campos Novos, região do Meio Oeste Catarinense, e 210 hectares no Assentamento de Reforma Agrária Índio Galdino, nos municípios de Curitibanos e Frei Rogério, no Planalto Serrano.
O assentamento abriga, atualmente, 48 famílias com propriedades cuja área média é de 12,6 hectares. As restaurações serão realizadas em áreas de Reserva Legal dentro do assentamento, que são de responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). No local, será construído um viveiro com capacidade anual de geração de 50 mil mudas de espécies nativas, que permitirá a capacitação dos agricultores no processo de coleta, beneficiamento de sementes e produção de novas árvores.
Além de contribuir com o Incra na recuperação das reservas legais dos assentamentos, a instalação do viveiro fortalecerá a restauração da Mata Atlântica.
Base científica – Para o gerente do Departamento de Meio Ambiente e Gestão do Fundo Amazônia, Raphael Stein, a aprovação desse projeto de restauração é o resultado de uma aposta do BNDES que deu certo: “Esse projeto fecha um ciclo de financiamento não reembolsável de projetos de pequeno porte que serviu de base para dar um novo salto de escala nas restaurações, pois há um interesse crescente pelo tema nas políticas públicas e nas empresas”.
Stein explica que o projeto contará com uma forte base científica em torno da atividade de restauração ecológica, pois será acompanhado por uma equipe de professores qualificada e experiente. “A instalação do Centro Reforma, na UFSC, como unidade de pesquisa aplicada, ficará como um importante ativo público para a qualidade da restauração florestal e a capacitação de profissionais no Estado de Santa Catarina”, avaliou.