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BNDES - Agência de Notícias

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Por: Agência BNDES de Notícias

Publicação:20:19 02/10/2020 |CULTURA |INDÚSTRIA

Ultima atualização: 13:05 17/10/2023

Apoio do BNDES a cinemas financia salários de mais de 2.300 trabalhadores em 69 cidades

  • Operações preservarão empregos por dois meses

  • Medida incentiva manutenção ou ampliação de postos de trabalho por um ano ao aplicar desconto de até 88% na taxa de financiamento

 

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já aprovou seis operações da linha de apoio emergencial do Fundo Setorial do Audiovisual. Ao todo, elas financiarão até R$ 125,26 milhões para que as empresas realizem pagamentos de salários de mais de 2.300 funcionários e de despesas com cerca de 630 fornecedores, além de contribuir para a manutenção de suas atividades em 69 cidades, em todas as regiões do país. Como contrapartida ao financiamento, as empresas não poderão efetuar demissões durante dois meses. O apoio financeiro conta ainda com um incentivo à manutenção do emprego nos próximos 12 meses, por meio de redução das taxas de financiamento em até 88% para as empresas que preservarem seu quadro de funcionários.

O apoio beneficiará as empresas Praia de Belas (GNC Cinemas), com R$ 20 milhões; Tatu Filmes (Cine Show), com R$ 10,56 milhões; Cinemas São Luiz (Grupo Severiano Ribeiro, responsável também pela marca Kinoplex), com R$ 20 milhões; Redecine (Cinesystem), com R$ 40 milhões; Delta Filmes (Cineart), com R$ 20 milhões; e Arcoplex, com R$ 14,7 milhões – todos com suas salas paralisadas desde março. Espera-se que os recursos possam contribuir para que as companhias atravessem a atual crise e para que os empregos da cadeia do setor audiovisual sofram o mínimo possível.

A linha emergencial complementa a suspensão temporária de financiamentos anteriores do BNDES aproveitada por cinco dos seis grupos apoiados. Eles atuam em um dos setores que mais vem sentindo o efeito da crise e que ainda não esboça os primeiros sinais de retomada econômica.

O diretor de Crédito e Garantia do BNDES, Petrônio Cançado, destacou que “o BNDES tem trabalhado com agilidade e diligência para apoiar o setor, profundamente afetado pela pandemia”. “Pouco mais de um mês após o lançamento do Apoio Emergencial do FSA, aprovamos as primeiras operações”, afirmou.

"Apenas 8% dos municípios brasileiros contam com salas de cinema. Esse apoio do BNDES contribui para manter não apenas as atividades econômicas, mas também o acesso à cultura, inclusive em regiões afastadas dos grandes centros urbanos”, declarou o Ricardo Rivera, chefe do departamento de Telecom, TI e Economia Criativa, que destacou ainda que o apoio “será importante para auxiliar as produtoras e distribuidoras na retenção dos talentos durante a crise".

“Somos uma empresa de 103 anos e já vivemos muitos momentos difíceis, mas o momento atual é sem precedentes”, explicou Luiz Severiano, do grupo Severiano Ribeiro, responsável pelos cinemas Kinoplex. “Sem a ajuda do BNDES e do Fundo Setorial do Audiovisual, não conseguiríamos ultrapassá-lo”, complementou.

“A linha de financiamento emergencial com recursos do FSA, operada pelo BNDES, foi imprescindível e fundamental para garantir a sobrevivência do nosso negócio”, declarou o diretor da GNC Cinemas, Eduardo Difini Leite, que destacou a rapidez do BNDES. “A agilidade na análise e na aprovação, após a aprovação do comitê gestor, mostra o senso de urgência e de profissionalismo desta instituição, neste momento sem precedentes vivido pelo nosso setor, com os cinemas fechados há mais de meio ano”, complementou.

O apoio ao setor audiovisual constitui mais uma das medidas emergenciais para combater os efeitos provocados pela pandemia de Covid-19. Ao todo, as ações emergenciais do BNDES já beneficiaram mais de 232 mil empresas e contribuíram para a manutenção de 7,7 milhões de empregos.

FSA – Criado em 2006, o Fundo Setorial do Audiovisual se destina ao desenvolvimento de toda a cadeia do audiovisual do Brasil. Para tanto, conta com recursos gerados pela própria atividade econômica do setor.

Lançada em julho, a linha de crédito emergencial do FSA foi aprovada pelo Comitê Gestor do FSA e tem como objetivo apoiar o setor que foi gravemente impactado pela pandemia da Covid-19.  Ela dispõe de R$ 400 milhões, que serão destinados à manutenção dos empregos e da cadeia produtiva do setor. Desse total, R$ 250 milhões podem ser acessados por meio de operações diretas com o BNDES – em financiamentos superiores a R$ 10 milhões –, sendo complementado pelo Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que operacionaliza as operações abaixo de R$10 milhões.

Os recursos podem ser utilizados exclusivamente para financiar os custos com salários, fornecedores e gastos operacionais fixos e devem ser aplicados em até 12 meses. O custo financeiro é de TR (que atualmente está em zero) acrescida de 4% ao ano. Caso a empresa tomadora cumpra metas contratuais de manutenção, reposição ou ampliação de postos de trabalho ao longo de 12 meses, terá direito a um custo financeiro reduzido, de TR acrescida de 0,5% ao ano. O empréstimo tem carência de 24 meses e o prazo total para pagamento de até oito anos – o maior de todas as linhas de crédito emergencial lançadas pelo BNDES desde o início da pandemia.